SÉRGIO MAESTRELLI
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

RETRATANDO URUSSANGA


Unindo mente e coração, o professor Vicente De Bona Filho imprimiu em papel o seu, que depois se transformou nosso, “Benedetta em Retratos”. Depois de anos de garimpagem e postagens em seu Facebook carregado de história, nas dependências do Ristorante Marias e Rosa ele, acompanhado de dezenas de amigos, lançou o seu primeiro livro. Do Facebook para o papel, eternizando imagens das décadas de 60-70, cenas, muitas das quais a nossa geração teve a oportunidade de viver. Ele deu voz e vez à inúmeros personagens que fizeram a história de Urussanga nesse período.

A ação cultural teve a participação da professora Karla Ribeiro e o prefácio a cargo do Mestre Bortolotto. Uma obra que ficará para a história para registrar a nossa história.

Ele merece um grande aplauso. Aqui, feliz e realizado ao lado de suas duas mulheres: Liz e Laís - esposa e filha.





“É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa. Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal”. Assim pode ser definida mais uma edição da Festa de Santo Expedito, a de número 21 no Capitel de Granito em Rio Carvão. Muitos fiéis à missa ao ar livre concelebrada pelos padres Fernando e Valdemar, dentre eles, Marta Costa Zappelini, a mãe, e Lévison, o filho. E lembre-se em sua vida sempre do mantra: “Hodie e não Cras”, ou Hoje e não Amanhã.


OPINAR OU NÃO OPINAR?

O ser humano em sua trajetória sobre o planeta Terra, a cada geração enfrenta, desde Adão e Eva, desafios enormes. Dominou o fogo, inventou a roda, produziu a pólvora, descobriu o vinho e a cerveja, sonhou em voar e voou. No período de Willian Shakespeare, o dilema era Ser ou não Ser, eis a questão. Com a Revolução Industrial surgiu o Ter ou não Ter. E em nossos dias, o dilema é Opinar ou não Opinar. Nesses nossos tempos cada vez mais interativos, opinar produz desgaste. Não opinar pode produzir dividendos e não produz antipatia ou desafetos. Dante Alighiere, em sua obra “A Divina Comédia”, quando criou os departamentos no inferno, reservou o local mais quente para os muristas. Aqueles que gostam de ficar em cima do muro (cada vez mais difícil, pois os muros estão sendo substituídos por cercas com lanças afiadas), afinal, melhor que ser rei é ser amigo do rei e receber as benesses. Numa revolução, apenas o rei perderá a cabeça, ele não. Como diria o povo, o melhor mesmo em casos polêmicos é ficar atrás da moita e depois debandar e se agregar ao lado vencedor. Em momentos decisivos, estes representantes são partidários da frase: “Não sou contra e nem a favor, muito pelo contrário.”





Los Viñales – A saga de uma Família - livro de autoria de A.N. Vignale, Hermínio Antônio da Silva Filho e Fernanda Reda Vignale. Foi em dezembro e com coquetel de lançamento no Paraíso da Criança. Este conjunto efetuou apresentações em nossa cidade no passado.

Estava programado para este momento cultural, mas um problema inesperado nos tirou da rota e infelizmente não pudemos comparecer. Adquirimos o livro na Miotello’s e ontem acabei a sua leitura. O livro nos mostra que tudo é muito passageiro e nesta vida é tudo areia que se esvai por entre os dedos. Conta a trajetória de três irmãos que deixaram a Itália e seus pais em virtude do momento político vivido com Mussolini e o Fascismo. Fugindo da possível perseguição ou represália, os irmãos zarparam para a América aportando em Montevideu.

De lá, a separação não desejada e inevitável. Um irmão fica em Montevideo e falece prematuramente aos 48 anos vítima de um acidente. O outro irmão ruma pra a Argentina e não se teve dele, mais notícias. E Michele, o caçula, procura o seu futuro no Brasil. E nunca mais os irmãos se reencontraram, o mesmo ocorrendo com seus pais. Aliás, houve apenas um encontro, quando Michele doente em seu quarto, em Sombrio, numa visão disse ter recebido a visita de sua mãe, fato este também narrado por seu filho que se encontrava doente na mesma época. A vida dos seres humanos sempre mais carregada de sofrimento e tragédia do que de alegria e felicidade. Infelizmente esta é a sina da passagem do ser humano nesse planeta.


DA SÉRIE “A TURMA SÃO FOGO”

A semana de 14 a 21 de abril de 2024, pela intensidade dos acontecimentos políticos vivida pela comunidade urussanguense com agitação, polarização, estarrecimento e digladiação em grau máximo, em termos de história, só pode ser comparada ao período político vivido no início do século passado em que houve atritos radicais entre a Maçonaria e “La Chiesa” (A Igreja Católica). Naquele período, o sangue quente do italiano ferveu. Dois grupos protagonizaram um antagonismo total, das “vias de fato” às ameaças de morte. De um lado o grupo do pároco Luigi Marzano, Jacintho De Brida, Sperandio Damiani e Torquato Tasso, dentre outros. Na outra ponta da corda, as famílias Caruso Mac Donald (Giuseppe) e Bez Batti (Luca). As animosidades culminaram com o forçado retorno do Padre Luigi Marzano para a Itália e o proferimento de famosa profecia transmitida oralmente através das gerações dos imigrantes. Como pano de fundo, as manifestações das lutas visando a disputa pela primazia entre o poder civil e eclesiástico envolvendo o denominado controle do rebanho dos fiéis de um lado e o controle do rebanho dos eleitores no outro. Tudo fruto como herança da fervilhante política então reinante da velha Itália. Problemas de lá transportados também na bagagem para cá.


PÍLULAS

  • 20 de Abril de 2024 – O calendário gregoriano marcou os 49 anos de apresentação do Programa Dominical de Andorinha Mensageira por parte de Rosa Miotello. Foram mais de 2.500 domingos. O mais antigo programa no ar do rádio catarinense teve até hoje apenas dois apresentadores: Monsenhor Agenor Neves Marques, de 1952 a 2006, e Rosa Miotello, a partir de 1975 até os dias atuais. Haja pique! Há 73 anos uma Andorinha Mensageira faz o percurso do Planalto Serrano às brancas areias do Atlântico Sul. Levanta voo todos os domingos independentemente da previsão meteorológica do Ronaldo Coutinho.

  • Como diria a Kamola, “vê se você não me amola.”

  • Enquanto as diversas associações de municípios distribuídas pelo Estado têm por prioridade a conquista de ações, a nossa AMREC tem como prioridade trazer de volta os prefeitos filhos pródigos que se afastaram da Casa do Pai. Quanta energia gasta por picuinhas. Enquanto isso, os problemas do povo ficam à deriva. Poreta questa região carbonífera neste quesito. Vai de arrasto até o fim do ciclo dos prefeitos atuais.

  • Enquanto os italianos de lá cantam o “Funiculi, funiculá”, os italianos daqui cantam “cozinha aqui e cozinha lá”.

  • Revendo alguns textos em nossas caixas de papel Xerox, encontramos este bilhete: “Sempre contente e sempre para frente”. Assim era Zulma Maestrelli Fontanella. Com ela não tinha tempo ruim e nem trovoada que assustava. Que o diga o Rubens, o Dr. Água, seu marido, um urussanguense que com competência inseriu o seu nome e sua história no Samae, um profissional que nunca entrou pelo cano. Não é mesmo, Rosane?

  • No período Bolsonaro, durante os dias macabros da Covid-19, uma pergunta foi insistentemente formulada: “Onde estão as vacinas, Bolsonaro?” Agora, com o Brasil atingindo 3,5 milhões de casos de dengue, contra 1,6 milhão em 2023 e com registros de 1.600 mortes, a pergunta é: “Onde estão as vacinas, Nísia?” A ministra Nísia Trindade, apesar do forte símbolo do sobrenome, continua patinando no cargo e vive sob dois fogos: o fogo amigo e o fogo cruzado da oposição. Tá faltando picadas em relação ao Aedes.

  • Com relação à pílula publicada na semana passada fazendo referência às condolências do Poder Legislativo que são enviadas a algumas famílias enlutadas, dentro de um processo digamos seletivo, recebemos alguns comentários positivos. Temos certeza que o presidente da Casa, vereador Luan Francisco Varnier, saberá com sensibilidade e bom senso que lhe é peculiar, dar o devido encaminhamento a esta questão, atualmente mal conduzida.

  • “O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas acima de tudo, o tempo traz verdades.” – Vereador Erotides Borges Filho, o Tidinho, eleito relator da Comissão de Investigação e Processante.

  • Pisando nas brasas do chamado fogo amigo, que queima tanto ou mais que o fogo da oposição. O presidente Lula chamou a atenção do vice-presidente Alckmin afirmando que o mesmo deve demonstrar mais agilidade com os congressistas. Tem que conversar mais, disse o presidente. E com relação ao ministro da fazenda Haddad, que dialogue mais com o congresso ao invés de ler livros. Lula tem por característica priorizar o “fazer fazendo”, a prática, e deixar de lado o que ele considera como sendo “cultura inútil”. Lula recentemente afirmou acerca de um de seus auxiliares: “Fala bonito, mas também não resolve nada”. Ele não deixa de ter certa razão.

  • “Este momento é um momento de celeridade, de agilidade e de rapidez, para que saia de uma vez por todas do papel algumas obras em várias comunidades.” Na opinião do vereador Luan, o Deplan pouco funciona, e no lugar de facilitar, ele atrasa a vida das pessoas. É uma morosidade e uma demora gigante, alertando o líder do Governo Nandi para tal realidade.

  • Então, um attenti ragazzi a todos os secretários, diretores, coordenadores, responsáveis por setores que assumiram.

  • Que assumam com o pé no acelerador e não no freio e na marcha em ponto morto com o tradicional comentário: “Preciso de dois meses para tomar pé da situação do meu departamento, da minha diretoria, da minha secretaria”. A paciência da população é um poço que se esgotou e que todos os que estão assumindo estejam cientes de tal realidade.

  • Caso contrário, começam a andar ao redor do povo e a possibilidade de por ele ser tragado é enorme.

ATTENTI RAGAZZI

E a equação e a questão “Urussanga”?

É mole ou é duro.

É mole, mas vai endurecer.

Como diria o manezinho da Ilha, segue reto toda a vida...

Fui!!! E já voltei.


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