SÉRGIO MAESTRELLI
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

A ÁGUA NÃO FICA ATRÁS DA MOITA


Depois de, nos últimos dois anos, levarmos os vereadores Bonetinho, Casagrande, Zé Biz, Nel, Defesa Civil Regional, servidores lotados no Meio Ambiente, chefe de gabinete, secretário de obras, alertar prefeito e vice, entre outros, foi a vez de visitar o local, nesta semana, Emerson Scrins, coordenador chefe da Defesa Civil. Mostramos para ele que, na Serrinha, a culpa pelo atual “status quo” não é só da chuva.

Tem outros gatos nesse balaio. Um deles atende pelo nome de “sistema de drenagem”, implantado de modo inconcluso, ineficiente e agravado pela absoluta falta de limpeza e manutenção. E aí, meu amigo, a água encontra o ambiente ideal para fazer a farra que fez e continuará fazendo, se nada de urgente for realizado. A água quer circular, vivente, não quer ficar atrás da moita. Para solucionar um problema de modo eficiente é preciso, antes, conhecer com profundidade as suas causas. Algumas ideias veiculadas na administração pública tidas como solução para a Serrinha não passam de grandes bobagens, tentando solucionar outras bobagens anteriores. Questionados pelo vereador Odivaldo Bonetti (PP) sobre os problemas da Serrinha, Emerson e Rosinei, presentes na sessão legislativa, foram enfáticos e apontaram o sistema de drenagem como responsável maior. O Attenti Ragazzi já alertava esse problema à prefeitura desde o início da implantação do malfadado sistema de drenagem. Não foi novidade para nós e nem para os agricultores que residem no entorno da área. E acrescentamos para fortalecer a argumentação: não há nenhum registro de deslizamento de porte naquela área de preservação permanente e pontilhada de nascentes no período anterior ao asfaltamento. O asfaltamento foi positivo, excelente, porém detalhes comprometeram o processo. A intervenção foi desastrada. De qualquer forma, é preciso registrar e elogiar os trabalhos realizados pela Secretaria de Obras (com o Sangaletti) e da Defesa Civil (com o Scrins) em outros pontos do município, os quais foram seriamente danificados pela fúria da natureza e pelo descaso dos homens, lembrando que o preventivo é mais importante que o paliativo e o corretivo.


CARTAZ ???

Defendemos, recentemente, numa das reuniões preparatórias da Ritorno Alle Origini, que uma festa como a do Vinho, a da Vindima Goethe e a da Ritorno Alle Origini precisam do tradicional cartaz. O cartaz representa a carteira de identidade da festa. Alguém contra argumentou dizendo: “Maestrelli, cartaz e folder já eram, é coisa do passado, ultrapassados. Tu é da era analógica. Estamos na era digital”. Não concordo, mas respeito a opinião dos contrários. A essência está na argumentação das ideias. É evidente que, neste posicionamento, “há um equívoco”, utilizando a expressão da minha amiga de escola Hevelise Belloli. Grandes festas nacionais, como a Festa da Uva de Caxias do Sul, a Oktoberfest de Blumenau, a Festa Pomerana de Pomerode, a Festa do Imigrante em Timbó, eventos de ponta, eventos top, mantêm seus cartazes em suas sucessivas edições. Na semana passada, em mais um encontro das entidades para levar adiante as ideias a serem implementadas com o presidente Dado Savi Mondo na Ritorno, discutiu-se as opções para a confecção do referido cartaz. Por enquanto é segredo, não é ainda o momento de divulgá-lo, mas garanto aos leitores do Panorama que será emblemático. Everaldo, o Dado, na organização da Festa, vem tomando decisões importantes e na nossa óptica, certeiras e precisas. E ele não está a fim de jogar “dados” com quem quer que seja (entidades ou Poder Público). Dado quer uma festa com foco na italianidade, na cultura e nas tradições.

O resto deve ficar para outra oportunidade. Presidente tem que exercer o cargo de presidente com a devida autoridade, pois, se a festa for um sucesso, será um sucesso de todos. Se representar uma derrota ou fracasso, será somente do presidente. Fatos negativos não tem paternidade.

É preciso teste de DNA. E todos correm do exame, apesar do mesmo ser pago pelo SUS. Teremos uma grande festividade em maio. A grande maioria dos urussanguenses está com sede de “Ritorno” e a comissão, demais colaboradores e entusiastas da causa também. A Ritorno Alle Origini deste ano, a exemplo das anteriores, vai se constituir num verdadeiro hino de louvor aos nossos antepassados, que foram vitoriosos. A maior prova disso é que hoje estamos aqui. Se fracassados fossem, hoje simplesmente nós não existiríamos. Viva a Ritorno que traz para o presente e para as novas gerações toda a história e bravura de nossos nonos, de nossos pais. E aguardem o belíssimo cartaz. Vai valer a pena esperar.


O ESPANTO DO BUGIO

O bugio do Morro da Caixa D’Água emitiu um sonoro “ohhh” de incredulidade e disse: “um primo meu de Azambuja diz que morre e não vê tudo. Eu sou um privilegiado. Posso dizer que já vi de tudo na Benedetta e não morro”. Até o bugio anda confuso, desorientado, desequilibrado, alvoroçado, nesses tempos de polarização. No mundo dos humanos, nunca vi tanta besteira e tanta bobagem por metro quadrado, ou em linhas escritas nas redes sociais, um ótimo instrumento, porém o mau uso é que, como diria Odorico Paraguaçú, “estravanca” tudo.


RODOVIA DOS MINEIROS

No duelo “Barro&Buraco&Boeiro” versus asfalto, por enquanto, a realidade é esta. MDB 2 Km, PT 0,5 km e demais partidos 0 km. O PSD teve seu momento com Jair Nandi&Júlio Garcia.

Com o presidente da ALESC o partido poderia ter laçado o Moisés, mas não o laçou. Chutaram a gol, mas não marcaram.

O PP teve seu momento com Gustavo&Leti&Zé Milton. Como líder do Moisés na ALESC, ele, o Zé Milton, também estava com a corda na mão, mas não laçou o Governador Moisés, o autointitulado “governador municipalista”. Também chutaram a gol, mas não marcaram. O vereador Bonetinho com João Paulo Kleinubing (DEM-União Brasil) estendeu o manto preto na Serrinha, mas o ineficiente sistema de drenagem cisma em botar água de pirita no excelente vinho da obra.

Agora vivemos o momento do PL com São Jorginho, com seu cavalo e sua espada contra o dragão. Com ele volta à cena o MDB. Com o comando da Secretaria de Infraestrutura e com a caneta BIC na mão, quem sabe agora o próprio MDB conclua o que começou, já pensando em 2024, ano de eleição que está ali na esquina.

Quem sabe, agora vai.



A Caixa D’Água do Hospital Nossa Senhora da Conceição, um símbolo arquitetônico da referida entidade e da cidade, pela beleza e funcionalidade. De acordo com informações da Direção, ela requer uma restauração para mantê-la “em forma”. Os reservatórios que são construídas atualmente em prédios ou outras construções maiores não passam de uma verdadeira caixa de sapato, ou caixa de fósforo em estilo gigante. Como obra de arte no campo da arquitetura, niente.


PÍLULAS

  • 21 de março, próxima 3ª feira, data importante para a professora Karla Ribeiro. Apresenta para a banca examinadora sua Defesa de Doutorado – Lettere (1578-1585) Filippo Sassetti – tradução comentada para o português. É a Karla voando alto no Mundo das Letras.

  • No reino animal, depois do ser humano, o animal com a maior língua é o camaleão. Ele tem a língua maior que o próprio corpo, consegue capturar um inseto a uma distância de 25 centímetros e tem visão de 360º. A do homem atinge apenas 150º. Então, podemos dizer que o ser humano tem língua de mais, visão de menos e escuta muito mal.

  • Aprenda, num segundo, que o melhor lugar do mundo é o nosso, apesar das bocas de lobo sem tampas e das lajotas soltas.

  • No Governo Nandi, havia deficiências no recolhimento do lixo por parte da municipalidade. A ideia da terceirização aflorou no Paço como a solução para o problema e todos se empolgaram. Busque nos arquivos da rádio e do jornal Panorama e você irá verificar que o Atteti Ragazzi não curtiu a euforia, afirmando que o problema não seria solucionado, apenas transferido. Não deu outra. Tá tudo como antes nas lixeiras do Dante. Salvo raríssimas exceções, serviços terceirizados, infelizmente, estão virando sinônimo de serviços deteriorados.

  • Alguém nos indagou: “Maestrelli, dá para fazer acontecer a cultura e o turismo a pé?” Dá, mas demora mais, bem mais, muito mais. Motorizados, a gente chega antes. Vive-se em Urussanga realidades que desafiam a ficção e que permeia governos, sejam eles azuis, ou vermelhos. Um veículo para o Departamento de Cultura e Turismo, como diria o Ronaldo Coutinho, é “algo estupidamente necessário”.

  • Tinta branca sendo espalhada pelas nossas ruas. Positiva a revitalização da sinalização do trânsito. Que bom se o branco da paz também fosse espalhado no relacionamento de todos aqui na Benedetta.

  • A Epagri, copromotora das primeiras edições das festas do Vinho e da Ritorno Alle Origini, num processo acelerado, vem saindo de cena desses eventos. A cada nova edição ocorre um distanciamento maior. Participação nos desfiles, cursos da indústria artesanal rural, olimpíadas rurais, cursos de degustação, concurso de vinho, Mulheres Agricultoras, exposição de animais, concurso fotográfico, cantina na Praça D’Itália, quiosque na entrada do parque... Quase tudo é passado. Alguns são os motivos, porém apenas um é fundamental.

  • Não sei se tu me entendes.


ATTENTI RAGAZZI

Tem alguém aqui em Urussanga que, pelo comentário efetuado, se deduz que tem o sentido do olfato bastante desenvolvido, acima do normal para os humanos. É mestre em identificar cheiros e odores, porém parece que ele tem o sentido da audição bastante comprometido, pois tem dificuldade enorme em ouvir verdades. Oxalá que ele tivesse, também, o sentido da visão bastante requintado, tanto quanto o do seu nariz, porém infelizmente não tem. Tem visão míope. Mas a oftalmologia pode corrigir essa deficiência.



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