SÉRGIO MAESTRELLI
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

FÉRIAS?

O período do “dolce far niente” está chegando ao fim para um grande número de pessoas. Somos da opinião que quem gosta do que faz dispensa férias. Pequenas paradas são necessárias, agora férias prolongadas iniciam com entusiasmo e se concluem com marasmo, tédio e tornam-se enjoadas. Uma música de Moacir Franco era muito tocada nas rádios, na década de 70. Quem tem mais de 50 anos já ouviu a canção “Férias, Férias”.

A letra diz: Cai, cai, cai / no mês de dezembro que vem,/ o tempo de férias meu bem/ Vai quem quer/ A mim ninguém leva mais não/ Pois férias já sei como são./E tem o seguinte, eu já não tenho vinte”. “O cachorro late, o menino berra, o mosquito torra, o salário é baixo, a cerveja é quente, o compadre ronca” e também, as abelhas e os gambás atacam a uva madura, a piscina vaza, a grama cresce e isso me aborrece. Muitos dizem: férias?

Ainda bem que elas estão na reta final neste curto mês de fevereiro.



CUICA, NOVO PRESIDENTE DA ACRIC

Luiz Henrique Martins, o Cuíca, foi eleito presidente da ACRIC (Associação Comunitária do Rio Carvão).

A Associação permanece em boas mãos. Ele já demonstrou competência no exercício de cargos públicos e comunitários. Reúne as credenciais.

Com experiência, visão ampla, hábil negociador, ele saberá conduzir as tratativas, visando conquistas para a comunidade, entre elas, a implantação do manto preto. Cuíca tem o conhecimento como um de seus alicerces e tem uma grande capacidade de estudar e analisar ambientes.

Na Administração 2013-2016, na condição de vice-prefeito, foi peça chave. Nos momentos mais decisivos, marcou presença, e as decisões mais acertadas desse período tem as suas digitais. Algumas visíveis e outras praticamente invisíveis, mas têm. Sua capacidade de ouvir e argumentar constitui algo evidente e transparente. Foi vice-prefeito, mas teve estatura de titular. Numa de nossas crônicas do passado intitulada “O Fator e o Efeito Cuíca” está registrada essa sua atuação. Ele, na condição de presidente da ACRIC, deverá puxar alguns projetos, e os demais moradores do Rio Carvão devem ajudar a empurrá-los. Quando uns puxam e outros empurram, a coisa acontece. Que ele seja tão eficiente na condução da ACRIC como as caçambas foram eficientes no transporte de carvão.



“ESTRANHEI”, DISSE O PADRE CARMINATI

E como anda o estoque de vinho, no nosso dia a dia? Como anda o vinho no casamento, na família, na comunidade? Não está faltando o vinho da iniciativa, o vinho da vontade, o vinho da motivação, o vinho da amizade, o vinho do vamos em frente?

Que haja sempre vinho em nossos barris.

Pe. Carminati se disse surpreso ao vir para Urussanga, a Capital do Vinho, e ver uma Urussanga praticamente sem parreiras. Achava que cada família teria pelo menos um pé.

As novas gerações precisam se conscientizaram o suficiente para descobrir o sabor do vinho, resgatando e preservando a nossa cultura.

Por enquanto, Pe. Carminati, estão todos ocupados com o Zap.

Como diria o Tóni Fornasa, “é ai que eu dizia”.


PÍLULAS


  • Boca de lobo é problema. Se está aberta, tem gente que nela cai. Se está fechada, a água não passa. E agora, José?

  • “Um cavaquinho pela manhã, fartura “in mezzo giorno” e janta leve. Um jantar pesado é um veneno. À noite, o corpo foi feito para descansar. E se você jantar pesado, o estômago terá que trabalhar e não descansará”. Otávio Sorato, o Amigo do Vinho Goethe, que teve uma vida mais que centenária, sendo citado pelo amigo Dário Alves Batista.

  • Poupança tem retirada recorde de R$ 33,6 bilhões em janeiro, revela Banco Central. Foi a maior retirada mensal já registrada desde o início da série histórica em janeiro de 1995. Lá se vão 28 anos. As retiradas recordes não foram feitas para comprar picanha evidentemente.

  • A Estação Meteorológica de Urussanga vai completar este ano 90 anos, funcionando sem interrupção na coleta de dados. Sua história teve início com a CCC em 1923, na Localidade de Rio Deserto. Foi transferida para o Parque do Vinho e de lá para a Estação Experimental da Epagri de Urussanga.

  • Deputado Zé Milton, cogitado para assumir a ALESC, não obteve êxito na caminhada. Um dos fatores que talvez tenha pesado perante seus atuais colegas é ter tido no curriculum o cargo de ex-líder do Governo Moisés na Assembleia, representando aquele governo que, mesmo com a máquina na mão, não conseguiu nem chegar ao 2º turno.

  • Muitos perguntam: o que tem a ver o Coliseu Romano com a nossa imigração? Outros também perguntam: o que tem a ver a Torre de Pisa com a imigração de Azambuja, ou o Baile de Máscaras e a Gôndola com a imigração italiana de Nova Veneza? Parece existir um empate técnico entre os três municípios. A construção da réplica do Coliseu de Roma no Parque para alguns não parece ser algo tão irreal assim e fora de contexto. Nessa história, tem gente que ironiza o Coliseu por não representar a nossa cultura, mas defende a Torre de Piza, a Gôndola e o Baile de Máscaras. Para a turma “dos contra” é um delírio; para a turma do “a favor” é um colírio. Já o amigo Lírio está indeciso em formular a sua opinião. Pediu mais tempo para análise. Então, tá.

  • E por falar em símbolos italianos por que será que em Urussanga muitas coisas se iniciam e não prosperam? Emperram no meio do caminho? Vejamos três exemplos: A Praça D’Itália já teve sua Torre de Piza, muito antes de Azambuja, mas foi removida e jogada na área de depósitos e entulhos do parque e lá apodreceu. O Baile de Máscaras teve início em Rio Maior, mas não vingou. Explodiu em Nova Veneza, não é mesmo Cenilda Mazzucco? O Mosaico teve início com as Manas Bonetti, na sede da Associação Friulana em Rio Maior. A Casa de pedra era o lugar ideal para este trabalho, mas alguns problemas empurraram o projeto para Cocal do Sul e hoje floresce em Gravatal. Será o “efeito Marzano”?

  • Os mais velhos conhecem e utilizaram o tradicional Molho Farrapo. Marcos Vinicius, o “Paiolon”, disse que foi o primeiro consumidor deste molho. “Mentirrroso”. Alguns dizem que o primeiro foi o Giuseppe Garibaldi, quando conheceu Anita em Laguna. Outro fato “mentirrroso”. O famoso Molho Farrapo era presença indispensável nas lanchonetes do RS e Sul Catarinense. Começou a ser fabricado em Gravataí, no começo dos anos 1930. Hoje é produzido no vizinho município de Capivari de Baixo.

  • Na primeira sessão legislativa do ano, vereadores da oposição soltaram verbos, advérbios, pronomes e sujeitos. Vereador Fabiano Murialdo De Bona, inconformado, afirmou que muitas obras públicas são verdadeiras “nhacas”. Para evitar tais fatos, o Paço avisa que terá fiscal exclusivo com a missão de estar constantemente em cima do lance. A farra das terceirizadas deve acabar. Já o vereador Bonetinho afirmou que vai pegar mais firme em alguns setores que considera ineficientes no setor público municipal. É isso aí vereador. “Escurinho”, no passado, era somente no cinema. Não podemos correr o risco de ganhar da escuridão da Praia da Esplanada.


ATTENTI RAGAZZI

A Ritorno Alle Origini é a festa da nossa identidade cultural, mas quer nos parecer que o “tchan” é novamente a Festa do Vinho. A Ritorno não pode ficar em segundo plano, como vem ocorrendo nos últimos anos. Para comandar este evento em 2023, o Poder Público convidou o empreendedor Everaldo Savi Mondo, o Dado. Em sua primeira declaração à imprensa, ele foi feliz e certeiro afirmando que “O Ritorno é como abrir as nossas casas para os visitantes e, deste modo, eles sentirem a nossa energia. Sorte é bom, mas é o trabalho que dá resultado”. Então, pé no acelerador, Dado!



Em 2022 carregando pedras, o pedreiro Adão, imitando Sansão. Desejamos ao amigo que em 2023 continue carregando as pedras de sua profissão com a mesma alegria e satisfação.



Rádio Marconi, hoje, 10 de Fevereiro, 72 anos no ar. A emissora, por meio de seu quadro funcional, respeitando os ouvintes e renovando o compromisso de manter no ar os princípios, os valores e os objetivos traçados pelo seu fundador, Monsenhor Agenor Neves Marques.



A Comunidade do Rio dos Americanos, terra dos meus bisnonnos, em duas imagens separadas pelo longo período de 100 anos. Um século no túnel do tempo separa o Capitel B.V. de Caravaggio, que foi construído em 1923 pela família Fontana, e o asfalto que chegou neste janeiro de 2023. Esperamos que em maio, no marco do Ano 100 do Capitel, possamos chegar à Igreja de Santa Terezinha, para a festa de Santa Rita de Cássia, a santa dos casos impossíveis, com o carro deslizando pelo manto preto concluído.



Olhe esta cena da semana passada por dois motivos: a primeira se refere ao cavalo branco. É sempre assim: a grama do vizinho é sempre mais verde, mais palatável, mais viçosa, mais atraente, mais nutritiva, mais gostosa. Essa linha de pensamento impera nos animais e, principalmente, no homem. A segunda: a árvore amarela perdeu sua majestade. Parte dela veio ao chão com o forte temporal que se abateu sobre La Nostra Benedetta. A “tempesta”, na linguagem dos imigrantes, com rajadas de ventos fortes, raios e trovões derrubou árvores, espalhando galhos “per tutti i cantoni”. No final do evento, um belíssimo arco íris pairou sobre a cidade. Não satisfeita, esta semana a natureza nos mandou granizo.

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