SÉRGIO MAESTRELLI
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

PÍLULAS

  • Rio, 40 Graus, um filme e, nesta segunda-feira, dia 12 de dezembro de 2022, de acordo com o meteorologista Ronaldo Coutinho, Urussanga, 39 Graus, uma realidade. O tempo, então, é do “PP”- Praia e/ou Piscina. Que venham o canto das cigarras e dos grilos anunciando um grande verão.

  • DEINFRA - Sai Talfemback, entra Sônego. Sai o alemão, entra o italiano. Habemus Papa, digo habemus mais uma operação tapa-buraco, digo tapa-cratera, na Rodovia Genésio Mazon, com prazo de validade até a próxima chuva. Não é um paliativo tradicional, mas, sim, um paliativo momentâneo. A informação partiu do vereador Nel.

  • Vereador Zé Bis divulgou abaixo-assinado com 219 assinaturas da localidade de Santa Luzia, solicitando alterações no projeto na duplicação da SC 108, já que esse atual complicaria a mobilidade de seus moradores. Engenheiros acomodados no ar condicionado confeccionam projetos que não levam em consideração a realidade e as aspirações da comunidade local. Foi proposto pelos vereadores Zé Bis e Bonetinho uma audiência pública com a ambição de destravar este nó rodoviário.

  • Político esquece rápido e o povo esquece mais rápido ainda. E por falar em audiência pública, precisamos recordar a audiência pública sobre a rodovia Genésio Mazon, realizada há alguns anos, na comunidade de São Pedro, com a presença da comunidade, vereadores e os deputados João Amin e Zé Milton. Discursos inflamados, água mineral com gás, clics para a imprensa, reivindicações aprovadas com toda a pompa.

  • E todos saindo satisfeitos. Entretanto, na prática, nada ocorreu. A Rodovia Genésio Mazon continuou “igualzinha da Silva, digo de lá para cá, piorzinha da Silva”. Apenas ampliou-se o gasto público com discursos vazios e políticos falando o que a comunidade queria ouvir. Sem eco.

  • Que Santa Luzia, a padroeira da localidade de mesmo nome, a protetora da visão, dos olhos, faça com que todos e, especialmente, os engenheiros burocratas do Governo enxerguem melhor as belezas da vida e, também, os seus problemas. Então, Santa Luiza, rogai por nós e rogai por eles também.

  • Nossas rodovias: tem o leito, tem o acostamento e tem a zona de depósito de lixo. Uma vergonha. Uma ação, envolvendo Diretoria de Meio Ambiente e 40 alunos com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, recolheu 80 sacos de lixo. “Com o lixo no lixo, vamos ter uma cidade melhor”, afirmou o vereador Casagrande.

  • Na Benedetta, cerca de 100 alunos concluíram cursos profissionalizantes que abrem duas portas para o futuro, anunciou o vereador Zé Bis. O edil anunciou também o primeiro aniversário da energia elétrica com tarifa baixa. Então, deve ter tido bolo com uma velinha acesa.

  • Para tudo nesta vida há um tempo. Há tempo de guerra e tempo de rendição. E chegou para mim o tempo da rendição. Rendi-me frente aos fatos e estou torcendo pela seleção argentina. O Messi, o número dez deles, merece sim esta Copa. E o resto é apenas pênalti batendo na trave, ou parando nas mãos do goleiro.


ATTENTI RAGAZZI

Adelchi Cesar Cechinel recebeu a Moção de Congratulação pelos 36 anos da Empresa Estrametal Construções Eireli, uma iniciativa do vereador Beto Cabeludo. A Família Cechinel tem origem no Rio Carvão e carrega consigo o dom do empreendedorismo. Parabéns Adelchi César, Lucimar, Cleber, César, Maria Helena e Souvenir.




O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (COMDRU), instituído em 1992 com o processo de Municipalização da Agricultura, com um jantar festivo, encerrou suas atividades referentes ao ano de 2022. Na agenda da presidente Jéssica Bonotto, realizou-se a discussão sobre alterações no regimento interno, o estabelecimento na Nota Fiscal Eletrônica por parte do presidente do Sindicato, Adefonso Baesso. A pauta da diretoria da agricultura com o diretor Edson Manoel abrangeu ensiladeiras, reativação do “caminhão do areão”, aquisição de mais tratores, ensiladeiras, balanças para pesagem do gado, informatização do setor e reajuste no preço das horas/máquinas. Após a discussão dos problemas, as atrações na mesa: além do churrasco e a maionese para os mais tradicionais, peixe assado, grelhado, frito como opções para os mais ecléticos. A reunião ocorreu em Rio Carvão Alto, no Pesque Pague 4 Erres (Rosalino, Rosa, Rafael e Rafaela), num ambiente exuberante, aos pés das montanhas de Belvedere, ao som dos grilos anunciando as noites de verão. Parabéns ao Rosalino Gurkewicz, esposa Rosa e os filhos. E não tem férias para o Conselho.

Próxima reunião será dia 25 de janeiro, dia de São Paulo.



Dois “Nennos” – Nenno Mariot e Nenno Massuchetti- Jaci Massuchetti Filho, após vencer problemas, voltou à ativa, em sua oficina na Rua Américo Cadorin. Segundo conversas com vários moradores, agora a Rua Américo Cadorin, para a felicidade de todos, voltou a ser o que sempre foi. A rua sem o Jaci estava muito vazia, esquisita, registraram alguns. Então, amigo Jaci, feliz retorno “ao lavoro”.




Nas antigas instalações das Indústrias J. Caruso Mac Donald, fundada em 1913 por Giuseppe Caruso Mac Donald, pelos corredores entre dezenas e dezenas de tinas de vinho de tijolo maciço, foi efetuado o pré-lançamento da XV Vindima Goethe- 2023 e a II Benedetta Cuccina. Cantineiros, proprietários de restaurantes, e imprensa vivenciaram uma noite cultural de extrema beleza. Em janeiro, Urussanga irá conviver com o enoturismo, gastronomia, degustação de vinhos e pratos cheios nas mesas. Associação ProGoethe, Diretoria Municipal de Turismo, Diretoria Municipal de Cultura, Epagri e Sebrae unidos por este projeto de parceria, visando engrandecer a cultura de Urussanga. A alma urussanguense tem uma cor, e esta cor é a cor do vinho.


OLINDA

Com a idade de 100 anos, comemorados no dia 20 de abril deste ano, a mais idosa moradora da Avenida Presidente Vargas nos deixou. Deixou sua amizade, deixou um grande legado.

Filha de Ernesto Bettiol e Angélica Collodel Bettiol, foi juntar-se aos pais e aos irmãos Adão, Adélia, Ester na Casa do Pai, com suas inúmeras moradas.

No entardecer do dia 7 de dezembro, Dona Olinda deu adeus à sua residência, patrimônio histórico edificado em 1933, numa casa desenhada por seu próprio pai, com afrescos que lembram as elegantes construções de Pompéia. Seu irmão Armando nos informou que tais pinturas foram realizadas por Pedro Balão, um artista descendente da etnia negra, oriundo de Tubarão e que fixou residência em Urussanga.

O cortejo seguiu a pé até à Igreja Matriz com o toque lento dos sinos erguidos no alto da torre por seu pai, Ernesto. Aquele som triste, espaçado e compassado que penetra no fundo da alma. Cordas puxadas pela amiga Kamola. Da igreja, o cortejo seguiu a pé pelas ruas Américo Cadorin e Irmã Faustina, rumo ao Campo Santo. Seu corpo saiu da Igreja Matriz com o canto “Com minha mãe estarei”, um dos mais tradicionais cantos de despedidas dos católicos. O canto foi entoado num coro formado por dezenas de vozes, e em nome de todos aqueles que a conheceram.

Na missa das exéquias, a celebração foi realizada com cinco padres: Daniel, Valdemar, Jiovani, Carlos e Orlando, com todos manifestando pesar e dando o seu testemunho.

Olinda, por 56 anos, foi secretária da Casa Paroquial, servindo os padres Gilli, Agenor, Daniel e Jiovani até 2006. Começou a atuar como catequista em 1948, ano da fundação do Paraíso. Filha de Maria, legionária, uma das fundadoras da Associação Santa Terezinha. Atuou na “Pharmácia Paraíso”. O rosário foi uma de suas armas. Pela função exercida por longo período na Casa Paroquial, Dona Olinda conhecia e era conhecida pela maior parte da população urussanguense, quer na sede, quer no interior. Ela integrou o exército dos justos, e a vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá, diz o livro sagrado. Sempre preocupada em servir e sempre ocupada com as coisas de Deus, subindo e descendo o morro da Rua da Criança. “Olinda foi pequena na estatura, mas com o coração de um gigante”, afirmou Pe. Jiovani. “Graças dou por esta vida, a vida da Olinda. Olinda sempre teve um grande carinho por todos os padres que serviu. Ela espantava tristeza e a preocupação. Irradiava alegria”, nos confidenciou o Pe. Carlos Weck. Ele relembrou de fatos cômicos como aquele do “Juntos ou separados?” e o caso folclórico relatado pelo Lady De Brida intitulado: “Olinda Cá-“Ida”, na Padaria da Olguinha. Pe. Orlando relembrou que “a Olinda pegava a estola do padre Agenor e efetuada uma benção nas pessoas, na ausência do Padre Agenor. Ela esnobava do tempo e sempre se apresentava com disponibilidade total. As portas da eternidade estão abertas para ela”. Pe. Daniel Sprícigo, impossibilitado de comparecer, efetuou suas orações na Igreja de São Bento Baixo. “Deus seja louvado e a nossa oração de agradecimento pela criatura que passou na vida de centenas de pessoas” declarou o Pe. Daniel Pagani. Pe. Carminati não conviveu com a Olinda, mas se disse impressionado e confortado com tantas manifestações de carinho. Para sua sobrinha Maria Angélica, ela era a “Dinha”, sua madrinha e tendo como padrinho o Pe. Agenor. O nome da sobrinha e afilhada Maria Angélica na boca da “Dinha” era como se fosse mel. O seu sobrinho-filho, Douglas Bettiol Correa (Doguinha), em nome da família Bettiol, soltou palavras serenas, afirmando que não havia lágrimas de pesar, mas lágrimas de agradecimento. Que sua tia Nina havia sido a personificação da bondade. Que ela não teve filhos, mas foi a mãe afetuosa para ele e para tantos outros. Que sentia orgulho pela história e pelo legado da sua Tia Nina. No campo santo, o amigo das relações estreitas com a família, Aldo Furlan, relembrou a importância e a trajetória da família Bettiol na história de Urussanga. Tem razão o Aldo e eu acrescento: A história de Urussanga passa pela família Bettiol. Ele proferiu a oração do Salmo 130 em latim, a oração fúnebre dos antigos: “De Profundis clamavi ad te, Domine;/Domine...”, salmo este sempre proferido por Adão Bettiol nos sepultamentos, após a recitação do terço, que se encerra com a oração: “A nossa proteção está no nome do Senhor...”. Para as pessoas simples, Deus sempre delegou grandes missões. Dona Olinda foi uma delas. Ela gostava de praticar caminhadas, numa primeira etapa de sua residência à Casa Paroquial e, numa etapa posterior, pelas ruas da cidade. No céu, seguramente haverá muitas avenidas para caminhadas. Com o sepultamento da amiga Olinda, sepulta-se também uma época da história de Urussanga que, silenciosa e persistentemente, vai desaparecendo. Ela deixa saudades eternas, mas não deixa um vazio. Deixa um grande legado pela sua trajetória de vida. Seguramente tinha uma vaga de secretária na Casa Paroquial do Céu.

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