SÉRGIO MAESTRELLI

Mãe Peregrina – 75 anos de Brasil e 35 anos em Urussanga. Terço no Capitel do Bairro Morro da Figueira, na Praça Diomício Freitas, ocorreu no último sábado, dia 03, com a presença do Pe. Fernando e mais de 70 devotos. Na imagem, as missionárias da Mãe Peregrina, dentre elas, Mariléia De Noni e Iracema Copetti Cacciatori. A devoção da Mãe Peregrina em nosso município teve início mediante uma ação de Dona Nadir De Brida Ferraro e do Pe. Agenor Pedroso, recentemente falecido em Criciúma. Teve grande ampliação no período do Pe. Daniel Sprícigo. Existem hoje circulando pelas ruas e casas cerca de 217 mini capelas. Mãe admirável, ó Mãe peregrina/ A tua presença aquece e ilumina/ Trazes contigo o teu filho Jesus/ Que é vida, caminho verdade e luz. A devoção à Mãe Peregrina teve início na Alemanha em 1914 em Schoenstatt. Hoje a devoção está presente em mais de 90 países em todos os continentes.

Fizemos a nossa parte. Adotamos dois cachorros de rua, o Pascoal no Monte Calvário e a Flor (a) do Parque Municipal. E você também poderá fazer a sua adoção. A solução do problema dos animais de rua depende de todos nós e não apenas do COMBEA e dos voluntários protetores dos animais. Com grande espaço para circular, Pascoal e a Flor, rebatizada de Flora, podem não estar no céu, mas seguramente estão bem perto dele. A dica para a adoção partiu da amiga engenheira ambiental Camila Colossi Felippe. Na imagem, dois incansáveis batalhadores da causa do bem estar animal, Pedro Célio Pereira e Álvaro Escaravaco, oficializando a adoção.

PÍLULAS

• Metalúrgica Spillere, empresa que adquiriu os pavilhões da CEUSA no Bairro da Estação, recrutando mão de obra para atuar na unidade de Caravaggio e colocando transporte à disposição dos interessados.

• Associados do Rotary Club em ação para mais uma campanha de conscientização nos estabelecimentos escolares sobre a importância da vacinação anti-pólio, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde. Fim da gotinha da paralisia infantil. Fim da gotinha da Pólio. Agora, entramos na época da pistola injetável.

• Unidade Básica de Saúde Anna Alaide Pereira Bettiol. Quero registrar o bom atendimento prestado pelas enfermeiras, médicos e funcionárias administrativas daquele posto de saúde. Sempre que necessitei e necessito, um atendimento exemplar.

• Anunciado pela bancada do PL na Câmara o envio de recursos na ordem de 2 milhões de reais para reforma e ampliação da nossa Delegacia de Polícia. Méritos ao Dr. Ulysses Gabriel, um delegado que aqui deixou marcas de um trabalho exemplar. Um investimento necessário e bem vindo, mas o que o povo de Urussanga quer mesmo é a cereja do bolo, o asfalto para Rio Carvão/Santana/Itanema. Urussanga requer ações do Governo Estadual que tragam desenvolvimento, e verbas dessa natureza não mexem na economia local, economia que precisa ser devidamente chacoalhada. Classificamos esta notícia como “amenidades” para abafar um pouco o ruído com verbas bem mais vultuosas em municípios vizinhos.

• E por falar em asfalto, às vezes ser oposição é algo bem vantajoso. Parabéns ao prefeito Aguinaldo Felippe de Pedras Grandes que entrou na justiça, ganhou a causa e ontem ele mesmo, em reunião com o Governador, anunciou a liberação de 10 milhões para o asfalto de Azambuja - Etapa 2. Então o placar está assim: Pedras Grandes, 10; Urussanga 2. Para evitar barulho político maior com evidentes prejuízos para a sua pretensa reeleição, o Governador cedeu. Nos 4 anos do desgoverno Moisés e nesses quase três do atual governo, Urussanga continua sem eira e nem beira. Continua no zero a zero.

• Nas reuniões administrativas ocorridas no início do ano entre os prefeitos da AMREC com o Governador de SC, todos os municípios receberam recursos na ordem de milhões. A Prefeita Stela, numa atitude sábia, não foi pedir nada de ações varejistas e sim no atacado. O seu pedido único foi “asfalto para a Rodovia dos Mineiros”. Solicitada a mudar o pedido para um plano B, ela afirmou que o plano B ou o plano C também envolvem a Rodovia dos Mineiros, Urussanga está na lanterna na AMREC em termos de asfalto. O Governador solicitou, então, uma semana para se posicionar.

• Ô semaninha comprida. Lá se vão inúmeros pares de dias. Quer nos parecer que a semana do Governador não é regida pelo calendário gregoriano implantado pelo Papa Gregório XII, que há mais de 400 anos estabelece a semana de 7 dias. Já se foram 70 dias. Será que teremos que aguardar 700 dias. Salvo melhor juízo, até o presente momento, tudo indica que está havendo um descaso para com o nosso município. E que o PL urussanguense precisa ser mais respeitado. Temos que fazer como os políticos do Vale do Itajaí com quem convivi. Por lá, os políticos quando têm pautas a discutir com Florianópolis, eles não pedem, simplesmente exigem. Os deputados do Vale exigem, os nossos do Sul, pedem. Urussanga não quer mais ouvir de deputados emendas na órbita dos 50,100, 200 mil. Não promovem o desenvolvimento do município, apenas fazem “cosquinhas”.

• Na última sessão, alguns vereadores bateram nas ações da Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte. Viagens, os denominados gibis da uva e do vinho Goethe, nosso símbolo cultural maior, gastos a serem efetuados com a XVIII Ritorno Alle Origini... Esses vereadores são todos de boa índole e creio eu que o que ocorreu é fruto da falta de informação ou informação precária. O ordinário é necessário e deve vir primeiro, evidentemente, mas são se vive apenas do ordinário e sim do extraordinário. E como membro do Conselho de Cultura, atestamos que essa Secretaria está fazendo algo mais que o ordinário. Está fazendo o extraordinário, coisa que os titulares anteriores da pasta, mesmo atuando com determinação e boa vontade, não tiveram orçamento, recursos e os meios necessários para o devido cumprimento da missão. A cultura precisa de recursos, não pode viver de sonhos.

• Atenção políticos no exercício do cargo ou com a devida pretensão nas próximas eleições: Participar das festas apenas em período eleitoral não pega bem e o eleitor está observando esse comportamento interesseiro. Então, coloque na sua agenda neste final de semana a Festa em Rio América Baixo.

• Água foi pauta na Casa Legislativa. Problemas de abastecimento de água em várias localidades no interior. Convêm registrar que o problema vem de longe pela falta de investimentos por parte do Poder Público. Agora o problema está aflorando. Nesses contratempos, é preciso registrar a agilidade e o empenho dos funcionários do Samae e do seu diretor Renato Bez Fontana. É preciso investir pesado em água para que a questão não comece a fazer água e transbordar.

ATTENTI RAGAZZI

Precisamos de alguns chocalhos. Vamos adquiri-los no Mercado Livre e distribuir para alguns urussanguenses, pois Urussanga precisa ser chacoalhada em muitas áreas, em muitas coisas, em muitas ações e iniciativas A vida é assim mesmo. Para alguns, a informática é a solucionática e para outros, a informática é a problemática.

MORTE À ITÁLIA “DOIS”?

O Padre Luigi Marzano, primeiro pároco de Urussanga e autor do livro “Colonos e Missionários italianos nas Florestas do Brasil”, registrou que em 1899, em visita à Urussanga e demais colônias italianas, o cônsul Gherardo Pio de Savoia definiu o vinho produzido pelos primeiros imigrantes italianos como uma boa limonada. Frase talvez real, mas infeliz. Com os imigrantes italianos recém chegados, perdidos e iludidos pelo Governo Brasileiro e abandonados pelo Governo Italiano, aproveitaram a ocasião da presença do cônsul e efetuaram um grande protesto expressando a insatisfação que reinava com colonos enfurecidos e desgostosos e que em coro gritavam o slogan “Morte à Itália” para um cônsul preocupado surpreso, constrangido e atônico. E agora a atual geração também ensaia um pretenso “Morte à Itália 2” com o imbróglio da dupla cidadania. Para os italianos espalhados pelo mundo, o decreto de Tajani é um tapa na imigração italiana. Tajani e Soliman, este último alto funcionário da Farnesina, ou seja, do Pallazzo Della Farnesina, a sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália em Roma, foram alvo de críticas e são acusados de traição à cidadania italiana. Fabíola Leardini, a ítalo-brasileira coordenadora de um abaixo assinando que reúne mais de 110 mil assinaturas, afirma que “quem apaga poderá ser apagado”. Outros protestos registram que “não seremos estrangeiros nas terras de nossos ancestrais. Eles não são os donos da Itália. Nós também somos herdeiros.” Marcelo Fragali, empresário e comunicador, afirmou que “criaram italianos de 1ª e de 2ª classe.” Para o deputado Fábio Porta, o decreto Tajani é um duro golpe na imigração italiana no mundo. Mas afinal, quem é o personagem Tajani que causou todo esse rebuliço? Antônio Tajani, o político que declarou “guerra” a todos os descendentes de italianos no Brasil e Argentina, é o líder nacional do partido Forza Itália, jornalista, ex-oficial da Força Aérea e vice-premier da Itália, ou seja, é o vice primeiro ministro e ministro das Relações Exteriores (Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale). Ele é autor de um decreto lei que foi aprovado e prevê que os ítalo-descendentes nascidos no exterior serão automaticamente cidadãos por apenas duas gerações. Uma ação sem beira e nem eira e sem fundamento. Deve afundar na areia movediça da política. Disse ele que “você se torna italiano porque se formou como italiano”. De certo modo não deixa de ter certa razão neste seu pensamento. Mas a Itália não tem autoridade moral para tomar decisões, dessa natureza pois no passado, foi uma das nações que mais “exportou” imigrantes para o mundo e contou com o apoio de nações como o Brasil, Argentina, EUA que receberam, as sucessivas levas de imigrantes, aliviando a penúria econômica da Itália recém unificada.