top of page

Pároco fala sobre tripé de sustentação da imigração italiana na região


Neste 26 de maio, Urussanga completa 147 anos de imigração italiana, um marco que é motivo de celebração e reflexão sobre a rica herança cultural deixada pelos imigrantes.

O pároco da cidade, Padre Giliard Gava, compartilha sua visão sobre a importância deste evento e o papel fundamental das comunidades vizinhas na preservação da história e da religiosidade na região.

“Eu costumo dizer que a imigração italiana no sul do Brasil se resume em três palavras: família, trabalho e religiosidade. Esse tripé se mantém vivo até hoje em nossa comunidade”, afirma o padre.

Segundo ele, Urussanga é uma cidade onde a ordem e o trabalho são valores fundamentais, refletindo o legado dos imigrantes que ajudaram a construir a cidade.

“Hoje falta mão de obra, mas temos uma comunidade forte, dedicada e com uma profunda religiosidade”, destaca.

A religiosidade é um aspecto central na vida dos urussanguenses. “Aqui em Urussanga, somos praticamente a única paróquia da Diocese que ainda mantém missa diária de segunda a segunda”, explica Padre Giliard. As festas do Santo Padroeiro são momentos de grande celebração, unindo a comunidade em torno de suas tradições.

O padre ressalta que a religiosidade é a base sobre a qual toda a sociedade está edificada.

O legado histórico dos imigrantes também está presente nas construções religiosas da região. “Temos várias capelas e a nossa igreja matriz, que são patrimônio histórico construído pelos imigrantes e seus descendentes”, comenta. Ele lembra como os imigrantes trouxeram consigo não apenas suas ferramentas de trabalho, mas também suas tradições e santos padroeiros.

“Por exemplo, na comunidade do Rio Maior, formada por pessoas vindas de Erto e Casso, os padroeiros são os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, e os imigrantes edificaram uma igreja em homenagem”, conta.

Padre Giliard também não esquece de mencionar outras comunidades importantes para a história da imigração italiana na região.

“Pedras Grandes e Azambuja desempenham papéis fundamentais na nossa história. Azambuja abriga o primeiro cemitério da imigração italiana na região, um local que guarda as memórias dos nossos antepassados”, enfatiza.

Ele destaca ainda que Urussanga é reconhecida como a capital da colônia italiana no sul do Brasil.

“Em Urussanga nasceram outras paróquias como Nova Veneza, Siderópolis e Treviso. Nós somos o núcleo principal da colonização italiana na região”, afirma.

Ao refletir sobre os 147 anos de imigração italiana em Urussanga, Padre Giliard conclui: “É um momento de festa e alegria. Não podemos falar da colonização italiana sem lembrar da religiosidade que nos une. A celebração deste marco histórico é uma oportunidade para reforçar os laços comunitários e honrar aqueles que vieram antes de nós”.

bottom of page