Vereadora questiona situação do hospital e atrasos em exames
- MARCIA MARQUES COSTA
- 30 de abr.
- 2 min de leitura

A vereadora Terezinha Zanatta mostrou durante sessão na Câmara Municipal
o descumprimento de repasses financeiros ao Hospital Nossa Senhora da
Conceição. Segundo a parlamentar, que participou de reunião na última
quarta-feira, 23, a prefeitura prometeu R$ 240 mil para o
pronto-socorro, reduziu para R$ 220 mil e depois cortou R$ 20 mil
alegando falta de orçamento. "Verifiquei e o recurso existe na pasta da
Saúde", afirmou Zanatta, destacando que voluntários mantêm o serviço
essencial que atende pacientes graves.
O déficit no pronto-socorro já ultrapassa R$ 400 mil, enquanto promessas
como a contratação de um segundo médico seguem não cumpridas.
O debate sobre a possível transferência da gestão hospitalar para uma
instituição privada também foi criticado. "Não será solução imediata.
Precisamos honrar os compromissos com a atual diretoria voluntária antes
de pensar em mudanças estruturais", argumentou a vereadora. Ela alertou
que a medida, anunciada pela prefeita na Rádio Marconi, pode prejudicar
o atendimento emergencial caso implementada sem planejamento adequado.
Em outro momento, Zanatta cobrou a renovação urgente dos contratos com
laboratórios, paralisada há 60 dias. "Pacientes estão esperando mais de
20 dias para marcar exames básicos", revelou, mostrando mensagens de
moradores desesperados. A situação persiste desde a gestão anterior,
quando o ex-vereador Luan Varnier propôs reajuste nos valores, sem
resultados concretos.
O secretário de Obras, Miranda, foi elogiado por resolver rapidamente
problemas como a falta de placas em ruas perigosas - onde um veículo
recentemente caiu em penhasco. Contudo, a vereadora criticou a demora em
outras 116 indicações protocoladas, das quais apenas quatro foram
atendidas em 120 dias. "Precisamos de retornos oficiais, mesmo quando a
resposta for negativa", exigiu.
A parlamentar reforçou a necessidade de transparência na gestão pública,
especialmente em áreas sensíveis como saúde e infraestrutura. "Quando
cobro aqui, é porque recebo dezenas de mensagens diárias de pessoas
sofrendo com a falta de serviços básicos", justificou, defendendo maior
diálogo entre os poderes.
A vereadora terminou a fala na tribuna com um apelo por ações concretas
para resolver as crises no hospital e nos exames laboratoriais, que
impactam diretamente a qualidade de vida da população.