
O vereador Fabiano De Bona, do PSDB (foto), não costuma ter papas na língua e solta o verbo quando quer expor seus pensamentos.
Foi o que aconteceu na noiteda última terça-feira quando, ao fazer uso da tribuna, desancou o pau no cenário político no Brasil.
Ele criticou o governo municipal, que está envolvido em processo de suspeita de desvio de recursos desde a Operação Benedetta e não poupou o governador do Estado.
No contexto estadual, De Bona relatou uma nomeação feita pelo governador Jorginho Mello de um petista indicado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva para comandar uma estatal. O vereador alertou que o governador anterior, Carlos Moisés da Silva, já não se reelegeu por se afastar do ex-presidente Jair Bolsonaro e que Mello corre o mesmo risco.
Já em nível nacional, Fabiano ironizou o atual governo chando o Presidente de “Dilmo”, numa alusão à ex-presidente Dilma Roussef que sofreu impeachment.
Revoltado, ele comparou a situação dos manifestantes do dia 8 de janeiro em Brasília com a atuação do MST.
“Agora foi aprovada a CPMI do 8 de janeiro, na qual ele chamaram de terrorista fizeram assinar o documento uma senhora de 90 anos que estava com uma bíblia . Mas o movimento dos sem-terra invade, corta a cabeça de um policial e não é terrorista”, pontuou o vereador ao acrescentar que era contra o PL 2630, projeto este que foi retirado da votação no Congresso e tornou-se temido por restringir a liberdade de expressão.
Completando o raciocínio, Fabiano disse que um eleitor visitado por ele na elição passada chegou a pedir R$ 1.000 por voto durante a campanha eleitoral.
“É para a gente ter vergonha. Porque nós fazemos parte deste Brasil. E os políticos - eu me incluo - são reflexo disso.”
“ Ano que vem tem eleição municipal. Político corrupto está lá dentro porque existe eleitor corrupto”, concluiu o vereador.
CURTAS
Na saúde
Em pronunciamento na sessão legislativa desta semana o vereador Odivaldo Bonetti, o Bonettinho (PP), destacou o valor de aproximadamente R$ 3,8 milhões aplicados pela Prefeitura de Urussanga na realização de consultas, exames laboratoriais e outros procedimentos de saúde. O valor é referente ao período entre junho de 2022 e março de 2023.
“Isso é uma obrigação do Estado e da União, mas a Prefeitura está investindo. É a sensibilidade do prefeito Gustavo, porque o povo precisa ser atendido. Só quem está na fila sabe da urgência”, ressaltou Bonettinho.
Com esses recursos, foram realizados mais de 15 mil procedimentos, entre eles quase 1.700 mil ultrassons e 600 ressonâncias.
Questionando
Já o vereador Elson Roberto Ramos, o Beto Cabeludo (MDB), questionou o valor de R$ 180 mil pago pelos serviços do caminhão para fazer a troca de lâmpadas. “São 150 dias a R$ 1.200 por dia. Um caminhão velho. Eu tenho certeza que com esse valor seria muito mais vantajoso comprar um novo”, sugeriu.
Na avaliação do parlamentar, se a Prefeitura de Urussanga tivesse buscado um entendimento com a Coopercocal, haveria a possibilidade de obter um caminhão a preço reduzido ou até mesmo sem custos.