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Foto do escritorMARCIA MARQUES COSTA

Urussanga - Resultado da Sindicância aponta irregularidades na inclusão de dados, mas sem Fura-Fila


Na manhã desta sexta-feira 6/8, o prefeito interino Jair Nandi reuniu vereadores na Prefeitura Municipal para que a Comissão de Sindicância sobre o Fura-Fila da Vacina apresentasse o relatório final sobre o caso.

Abrindo a reunião, Nandi explicou que a única ação que podia tomar como Prefeito em exercício visando trazer a transparência das ações administrativas era instaurar esta Sindicância.

Afirmando que não teve nenhuma interferência sobre o trabalho da Comissão, Nandi disse que o processo tem cerca de 522 páginas, já foi concluído e será encaminhado ao Ministério Público. Antes que o resultado final fosse anunciado na reunião, Nandi pediu licença para se ausentar pois tinha compromisso em Pedras Grandes, onde o governador Carlos Moisés estaria assinando convênio com aquele município.

No entanto, alertou que o resultado seria uma conclusão alcançada pela Comissão de Sindicância e que, como pode acontecer em casos jurídicos, posteriormente, a avaliação de detalhes ou inclusão de documentos podem mudar o veredicto de um julgamento.

Na sequência, após explicação, os membros da Comissão composta por três servidoras de carreira, com a participação de uma representante do Sindicato dos Servidores Públicos através da presidente Mariana Bonetti, foi anunciado que foram encontradas algumas irregularidades quanto a inclusão dos dados nos sistemas de vacinação, mas que não houve o chamado Fura-Fila.

Segundo a Comissão explicou, foram solicitados documentos com a listagem completa dos vacinados no município e um cronograma de como procedeu a vacinação por idade.

Em uma análise preliminar, observou-se que quando da vacinação dos idosos, casos em que a idade dos vacinados não batia com a faixa etária no período. Levantados todo os casos, a Comissão solicitou explicação pormenorizada de todos os cidadãos vacinados, com o motivo da vacinação, quem chamou o cidadão, o Técnico que aplicou as vacinas e a enfermeira responsável pela unidade.

Todas as inconsistências foram explicadas pela secretaria, através de um relatório produzido e assinado por todos os responsáveis das unidades de saúde que procederam aplicação de vacinas.

Encaminhadas as conclusões alguns esclarecimentos foram encaminhados, como por exemplo, por se tratar de uma campanha de vacinação nacional, pessoas de outros municípios foram vacinadas em Urussanga, alguns erros de digitação, incluindo homônimos no sistema, e com relação a validade das vacinas e sobras no final do expediente, pessoas vacinadas em idade inferior a faixa etária atendida.

A Comissão esclareceu ainda, que o manual com as orientações da vacinação, trazia expressamente a menção que devia ser observada a validade da vacina, e que vacinas não devem ser desperdiçadas, podendo ser vacinadas pessoas de outros grupos prioritários, de modo que os casos acima relatados, avaliados um a um, não foi considerado irregularidade pela comissão.

Agora, todas as 522 páginas do processo serão escaneadas e encaminhadas na forma digital para o Ministério Público, onde ainda estão sendo apurados estes mesmos fatos.

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