Urussanga - quase 80% dos casos suspeitos de Covid-19 são descartados
- MARCIA MARQUES COSTA
- 16 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
Taxa de mortalidade em Urussanga é de
1 pessoa por 10,6 mil habitantes
Desde o início das ações de combate da pandemia do novo coronavírus, 813 pessoas procuraram as unidades básicas de saúde e a central de atendimento da Covid-19 em Urussanga, apresentando sintomas de síndrome gripal.
Deste total, 126 pacientes foram considerados suspeitos e tiveram material coletado para análise, sendo que 98 deles (77,77%) tiveram resultado negativo.
Os casos confirmados representam 15,49% do total de casos suspeitos (18 pacientes) e ainda restam 10 casos (7,93%) que aguardam resultado do exame do Lacem/Florianópolis.
As informações repassadas ao Panorama SC são de que o número total de atendimentos tem caído, desde o início da ação de combate à pandemia, em 16 de março. Houve uma grande procura nos primeiros 15 dias, com registro de 361 atendimentos em todas as unidades. Em abril, em todo o mês, foram 321 atendimentos e, em maio, com 15 dias de trabalho, foram registrados 131.
Mas a preocupação das autoridades locais é que a queda na temperatura provoque crescimento nos casos de síndrome gripal e aumente, também, o número de casos suspeitos, de acordo com a previsão da Secretaria de saúde.

MAIS DA METADE JÀ ESTÁ CURADA
Analisando o universo de casos confirmados 55,55% deles (dez) já passaram por tratamento, isolamento domiciliar, receberam medicação e já estão comprovadamente curados, através de exame sorológico, que atesta a presença de anticorpos.
Há, nesse momento, seis casos que ainda estão em tratamento domiciliar (33,33% do total de casos suspeitos), com isolamento e uso de medicação prescrita. Não há pacientes com necessidade de internação nesse momento.
Os dois casos de óbitos registrados representam uma taxa de letalidade de 11.1%, em ralação aos casos confirmados, mas significam 1,58% dos casos suspeitos e representam uma taxa de uma morte a cada 10.634 habitantes.
Para a Administração Municipal, o crescimento nas últimas semanas do número de casos suspeitos preocupa, mas o aumento da confirmação de casos curados e a não necessidade de internações, representa, ainda um ponto de tranquilidade, pois não significa que o sistema esteja próximo de um estrangulamento.
“Mantemos o alerta para nossas equipes para não reduzirmos a atenção. Felizmente, contamos com profissionais dedicados, focados e comprometidos com o atendimento da nossa população, mesmo que isso represente correr riscos e está exposto à contaminação. Por isso, devemos lembrar sempre, ressaltar o trabalho desenvolvido pelas equipes da secretaria de saúde”, destacou o prefeito Gustavo Cancellier.
NÚMERO DE ÓBITOS SE MANTÉM ESTÁVEL APESAR DA COVID-19

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus e a COVID-19 (doença gerada pelo vírus) não representou uma alteração significativa do número de óbitos em Urussanga, se comparado com o ano de 2019. De janeiro a abril do ano passado foram registrados 47 óbitos no município. Já, neste ano, os registros totalizaram 50 (três a mais), porém, conforme a Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde de Urussanga, apenas uma morte foi registrada, no período, por causa da pandemia.
Os dados são do site www.transparencia.registrocivil.org.br e mostram que, aqui em Urussanga as mortes provocadas pela pandemia não representam um aumento expressivo. Os ddos de Maio de 2020 são relativos à primeira quinzena.
Nesse Quadro 2, se for aplicada a média, neste ano pode-se dizer que o número mostra estabilidade e, em maio, a Covid-19 provocou uma morte, que foi de um caminhoneiro, atendido, tratado e que veio a óbito, no estado de Alagoas, mas deve ser incluído nos dados de Urussanga.
Para a Administração Municipal, nenhuma morte é aceitável, pois cada vida importa e cada uma delas é um pedaço da história do município, porém os dados mostram um controle sobre a pandemia, que em muitas cidades, tem provocado dor e perda de vidas. Por outro lado, as autoridades sanitárias destacam que o baixo registro de óbitos não significa relaxamento nas medidas de prevenção, nem que possa haver menos cuidados.
“Esse é um indicativo de que é preciso manter os cuidados e a prevenção para que não haja descontrole. Agora vem o inverso e o índice de doenças respiratórias cresce. É hora de redobrarmos os cuidados”, destacou o secretário de saúde Marcos Roberto Silveira.
“Nós lamentamos todas as perdas ocorridas em nossa cidade, pelo COVID-19, ou não, mas sentimos certo alívio, quando vemos que a estrutura da saúde do município está dando conta de oferecer suporte à população, especialmente porque nesse momento não temos doentes graves que necessitem de internação”, destacou o prefeito Gustavo Cancellier