Monumento ao Imigrante defronte a Prefeitura de Urussanga
A semana iniciou em clima de revolta junto ao movimento cultural urussanguense, em virtude da falta de ação da administração municipal para destrinchar a questão que envolve a liberação de cerca de R$ 200 mil já depositados na conta da PMU e destinados pelo Governo Federal para projetos que beneficiariam a cultura e turismo em Urussanga.
Com o prazo de legalização já findando sem que o Prefeito tome as atitudes necessárias, e com o município sem sequer um Diretor ou Secretário nas pastas da Cultura e Turismo, associações como a ProGoethe, Turismo Della Benedetta, CDL , Circolo Friulano, Comitê Urussanga + Cultura, além de pessoas que participaram da mobilização para a habilitação do município de Urussanga aos editais das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II, entraram com uma Representação no Ministério Público.
Na justificativa, eles afirmam: “com o fim de resguardar direitos dos cidadãos deste município de Urussanga, as instituições e personalidades que assinam este documento vêm trazer ao seu conhecimento graves fatos que estão impedindo o acesso da população a recursos públicos destinados à área de cultura.
Como é notório, nos últimos anos Urussanga vem desenvolvendo sua economia também voltada à área do turismo cultural e enogastronomia, explorando as raízes trazidas com a imigração vêneta e o “saber fazer” de seu povo.
Entretanto, além das festas tradicionais, como a Vindima, Ritorno Alle Origini e Festa do Vinho, o município tem se ressentido com a falta de investimento público nesta área, o que faz com que as demais atividades culturais sejam escassas, muito aquém das necessidades da população e da própria demanda.
A situação parecia vislumbrar uma melhora para o setor com as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, próprias para financiar projetos culturais e fazer girar a roda da economia criativa.
Porém, mesmo a sociedade tendo se mobilizado e tomado todas as iniciativas possíveis, é necessária a intervenção direta do poder executivo municipal para implantar o Sistema Municipal de Cultura. Infelizmente o processo estancou no gabinete do prefeito, que ainda não nomeou os componentes do Conselho de Cultura, criado em maio, nem criou o Fundo Municipal. Por outra via, os cargos públicos que respondem pela área encontram-se vagos, sem ninguém que atenda às demandas já conhecidas.”
Também explicam que: “Observe-se que já estão depositados na conta do município cerca de R$200.000,00 (duzentos mil reais) à espera dos projetos que propiciam o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis e geram empregos. Caso não seja possível seu uso, a cidade perde estes recursos que devem, por lei, retornar à origem.
Com o tempo correndo e já se exaurindo os prazos para este ano, pedimos urgente apoio desse Ministério Público com as providências cabíveis para solucionar o problema em prol do desenvolvimento da cultura em nosso município.”
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