Esta semana, em entrevista à reportagem de Panorama SC, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Urussanga e Cocal do Sul - Adefonso Baesso aproveitou a oportunidade para parabenizar todos que trabalham com agricultura, haja vista que na quarta-feira 28/7 foi o Dia do Agricultor. Acostumado à lida do campo e conhecedor das dificuldades enfrentadas pela classe, Adefonso disse que a vida dos agricultores é uma incessante luta que depende muito do desempenho climático.
“Este ano, com todas as notícias de que as previsões são de temperaturas mínimas recordes, os agricultores estão um pouco assustados. Isso porque muito frio prejudicará a fumicultura, o setor de frutas de caroço, principalmente o pêssego que está em plena floração. Vamos torcer que não seja tudo isso que as previsões indicam” afirmou Adefonso ao acrescentar que, além do risco de perdas na safra pelo excesso de frio, calor, estiagem ou chuva demais, ainda há os custos de produção.
“Os custos de produção estão ficando cada vez mais altos e o agricultor precisa ser um bom gerenciador para saber onde cortar gastos para aumentar seu lucro. Mesmo assim, com todas estas dificuldades, nossos agricultores mostram que não temem o futuro e trabalham com coragem e determinação para vencer, com o mesmo sentimento de responsabilidade dos imigrantes que construíram a nossa cidade” afirmou o Presidente do Sindicato.
Questionado sobre o tipo de agricultura existente em Urussanga e como está a produção no município, Adefonso afirmou que a agricultura em Urussanga é predominantemente do tipo familiar, abrangendo 98% do total, com pequenas propriedades produzindo diversos produtos.
Quanto ao número de pessoas que trabalham neste segmento, disse que é difícil fazer uma avaliação correta de quem depende somente da agricultura, pois muitos proprietários de sítios são, por força da legislação, obrigados a terem seus blocos de produtor mesmo não vivendo disso.
Todavia, ao contrário do que se pensa, a agricultura não está diminuindo. Ela se mantém e, agora, enfrenta dificuldade de ampliação em virtude da falta de espaço para o cultivo, provocada pelo impedimento de supressão da vegetação.
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