Urussanga está dentro do dominio do clima subtropical úmido com verão quente, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, sem estação seca definida. Em anos normais chove bem em todos os meses do ano, a água é suficiente para manter a umidade no solo, escorrer para os rios e infiltrar para abastecer o lençol freático. Mas nada disso aconteceu. Segundo o meteorologista da Estação Experimental da Epagri em Urussanga- Marcio Sônego, “este ano a chuva faltou, tanto que até o dia 13/05 havia falta de 70 mm de água no solo. Isto quer dizer que tem que chover 70 litros por metro quadrado para abastecer o primeiro metro de solo, e o excedente vai para rios e lençol freático. Nos últimos 9 meses, 7 deles foram de pouca chuva: agosto, setembro, novembro, dezembro, fevereiro, março e abril. As últimas estiagens tão graves no outono foram em 2012 e 2013, mas a mais semelhante à esta foi em 1991 quando faltou chuva de fevereiro à setembro.” Sônego informou ainda que as previsões indicam cautela no uso da água, pois os modelos acusam pouca chuva ainda em maio-junho-julho, atingindo uma média de 50mm. Não bastasse, há ainda o risco de a estiagem se estender até a primavera se for confirmado o fenômeno La Niña a partir de julho. A chuva dessa semana, na quarta-feira 14/5, não foi suficiente para amenizar e o pedido das autoridades é que todos contribuam para economizar água. Junto com a escassês de água virá também o frio. Segundo Sônego, as temperaturas ficarão abaixo da média histórica, numa média de 0,2C mais frio.
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