Taliano continua fora do legislativo
- MARCIA MARQUES COSTA
- 9 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
Por unanimidade, Desembargadores mantiveram decisão da Câmara

Nesta quinta-feira 9/11, a Quarta Câmara de Direito Público cassou definitivamente o mandato do ex-vereador Rozemar Sebastião - Taliano.
O esperado era que a decisão se estendesse, haja vista que no último julgamento havia dado empate com o desembargador relator Diogo Pítsica sendo favorável à continuidade da cassação de Taliano e o desembargador Odson Cardoso Filho sendo contra.
Faltava apenas o voto da desembargadora Vera Lúcia Ferreira Copetti que, nesta quinta-feira apresentou sua justificativa para manutenção da cassação de Taliano e, com farta documentação sobre jurisprudência para defender sua tese, acabou convencendo o desembargador Odson Cardoso Filho a mudar seu voto. Assim, como a decisão foi unânime, não haverá mais necessidade de nova audiência de julgamento.
Rozemar Sebastião- Taliano continua sem mandato, prevalece a sentença da Câmara de Vereadores, e Erotides Borges Filho - Tidinho ficará até o final desta legislatura.
Saiba mais
Em 9 de junho de 2022, o então vereador Rozemar Sebastião (Taliano - PDT) perdia seu mandato após o julgamento ocorrido na Comissão de Investigação e Processante-CIP, com votos favoráveis a sua cassação sendo dados pelos vereadores Ademir Bonomi (MDB); Fabiano de Bona (PSDB); Elson Roberto Ramos, o Beto Cabeludo (MDB); Daniel Reges Pereira Moraes (PSD) bem como os suplentes Archangelo De Noni (MDB) e Rosane de Brida Benedet, (PDT). Esta última veio a falecer pouco tempos depois.
A história iniciou com a Operação Hera deflagrada pela Polícia Civil, na qual Taliano teve seu nome envolvido em vários atos ilícitos, chegando a ser inclusive afastado do legislativo por ordem judicial e fazendo com que , posteriormente, surgisse no legislativo denúncia de práticas de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar.
Mas Taliano, que viu sua própria companheira de partido votar pela sua cassação, não parecia estar disposto a perder seu cargo na Câmara.
Ele solicitou na Justiça a suspensão da decisão.
A justificativa era de que o vereador MDBista Luan Varnier fazia parte da Comissão Processante, sendo o Líder da Bancada do partido que fez a denúncia contra Taliano. Resultado: Luan foi afastado da presidência da CIP e o processo continuou sob a presidência do vereador Ademir Bonomi (MDB).
Mesmo após o impedimento de Luan para atuar na CIP, Taliano entrou com um mandado de segurança pedindo a suspensão da cassação sob a alegação de irregularidades nos procedimentos adotados pela Câmara.
O juiz Roque Lopedote, da 2ª Vara da Comarca de Urussanga, considerou que o afastamento de Luan da presidência da CIP sanou a nulidade que em tese existia. Além disso, o juiz considerou que os atos realizados pela CIP, enquanto o vereador Luan era o presidente, eram válidos.
Taliano não aceitou a decisão do Dr. Roque e partiu para o andar de cima, sendo que também o Ministério Público considerou que não houve justificativa para o pedido de nulidade.
Após um ano e quase dois meses, na tarde de quinta-feira 3/08, após ter recorrido ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Taliano havia recebido a notícia de que precisaria aguardar pela decisão final.
Na noite desta quinta-feira 9/11, os três desembargadores que analisaram o caso, julgaram improcedente o pedido feito pelo ex-vereador Rozemar Sebastião.
Sem mandato e réu na Justiça em virtude de ação em andamento, Taliano tem futuro incerto na política local.