SÉRGIO MAESTRELLI
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

PÍLULAS

  • Cenário de guerra na sessão legislativa desta semana com o uso de canhões, morteiros, mísseis teleguiados e drones. Enquanto que no Poder Legislativo entrava em erupção conjunta os vulcões Etna e Vesúvio, no Poder Executivo a notícia veiculada, era a da troca severa de farpas entre secretário e cidadão com o uso do termo “palhaço”, ficando a dúvida de quem realmente se comportou como tal.

  • Rodovia dos Mineiros ganhou mais um capítulo. O capítulo do embarrigamento. Até o momento somente ocorreu o que se pode denominar de “embromação multipartidária”. Todos os partidos envolvidos. Todos os partidos vieram com o canto da sereia e nada mais. O resto é fumaça, digo o resto é poeira ou barro, conforme as condições climáticas.

  • Audiência Pública para modificar o projeto de duplicação da SC 108 visando respeitar a mobilidade dos moradores de Santa Luzia e Rio Galo. Os engenheiros responsáveis pelo projeto não são devotos de Santa Luiza. Se fossem teriam tido mais visão. Para quem não sabe, Santa Luzia é a protetora da visão.


ATTENTI RAGAZZI

Attenti, Rosa Miotello, porque depois do “Café da Anita”, que está saindo do bule desde 2001, alguém vai te procurar para pedir assessoria, visando montar o “Café do Giuseppe”. E por que não?



O Rotary Club de Urussanga, hoje comandado por Edna Zannin Lopes, reiniciou suas atividades de 2023 no mês de fevereiro, mês este em que o clube de serviço, cujo 1º presidente foi o saudoso Dr. Raul, completou 64 anos. O ano de 2023 registra, também, mais dois marcos importantes: os 100 anos do primeiro clube de Rotary brasileiro, o Rotary Club do Rio de Janeiro, e os 118 anos do Rotary Internacional. Em todo o mundo, mais de 1,2 milhão de rotarianos conjugam o verbo “servir”, tendo como foco a comunidade. A entidade permaneceu ativa mesmo durante as duas guerras mundiais. O clube que aqui em Urussanga nasceu para aparar arestas políticas um tanto quanto polarizadas e para defender o vinho, nosso símbolo cultural maior, está afiado e unido para novos desafios.

O primeiro deles é colaborar para que a Ritorno Alle Origine volte ao topo dos eventos culturais do Parque Municipal Ado Cassetari Vieira.



Haroldo Quarezemin, produtor de vinho, amigo e colega do Ginásio “Rainha do Mundo”. Seja em Azambuja, Cocal do Sul ou Içara, sempre ao lado do vinho. Do vinho Quarezemin, do vinho “Margherita”, do frisante Goethe “Quaris” e de seu inseparável boné desde os tempos de estudante. Avante Beatriz e Camila, as mulheres do vinho de Içara/SC. Enquanto uns botam o vinho na garrafa outros tiram o vinho da garrafa.










OBRAS PÚBLICAS: QUALIDADE,

PRAZOS E FISCALIZAÇÃO


Inserido no Programa “Bem Mais Urussanga”

Inserido no Programa “Anda Mais Urussanga”, um rol de obras e serviços envolvendo praticamente todos os segmentos da Administração Pública foi divulgado recentemente pelo prefeito Luís Gustavo Cancellier, em coletiva que reuniu a imprensa local e regional. São dezenas de obras e ações somando algo em torno de 44 milhões de reais. Para que o navio chegue a um “porto seguro”, os remos são três: qualidade, prazos e devida fiscalização. Obras em atraso com prazos para lá de dilatados é um ingrediente do dia a dia, algo pernicioso. Acrescenta-se também a falta de qualidade das mesmas, fruto da fiscalização ineficiente.


E as obras em atraso?

As obras públicas precisam ter um início, meio e fim. Chega de observar o operário na obra e não ter a enxada; Se tem a enxada, não tem o operário; Se tem a retro, não tem o operador; Se tem o operador, não tem a retro. As calçadas da Rua Pedro Damiani constituem um exemplo emblemático. Levaram 4 meses para concluí-las e elas foram pessimamente implantadas. Consultamos uma empresa de construção civil, e ela nos afirmou que para a iniciativa privada era obra de no máximo duas semanas sem chuva. Atrasos são justificáveis em virtude de condições climáticas e outros itens restritos são perfeitamente aceitáveis. Agora, prever uma obra para 3 meses e levar 1 ano e meio não se concebe, porque ao invés da Skol, ela não desce redondo para a população. Tem doses de malandragem camuflada em algumas empresas ganhadoras das licitações. Elas simplesmente desrespeitam ou ignoram o cidadão.


Como assegurar os prazos dessas obras?

Nesta multiplicidade de ações anunciadas pelo Pode Público surgiram indagações de como assegurar que, na execução das mesmas, haja a qualidade requerida pela comunidade que paga muito bem a conta, e como fiscalizar os prazos dados às empresas terceirizadas vencedoras das licitações? Para a grande maioria dessas empresas qualidade e prazos são obras de ficção em que impera o desrespeito às normas contratuais, sempre objetivando os chamados “novos aditivos”.


Obras que pegaram a 2ª época

São exemplos de obras emblemáticas que pegaram 2ª época, como se dizia nos tempos de escola. São exemplos que atingem sucessivas administrações, sejam elas azuis ou vermelhas, não sendo prerrogativa desta: Passeio Público na Avenida Marcos Costa, Rua Paulo Ayres Zanellato, na parte final em direção ao Bairro Lunardi, ruas com lajotas soltas no Loteamento Carol, asfalto no Bairro Brasília, reforma do Centro Cultural (retirando-se escadarias com granito para substituí-las por concreto), Serrinha de Santana (Santana merecia, boa ideia, bom asfalto, mas a drenagem retirou o brilho da obra. Foi água no chope), Escola Alda Brognoli Marcon em Rio Caeté... O Terminal Rodoviário Dionísio Pilotto teve reformas do Governo Vermelho e do Governo Azul, mas a cachoeira que cai do teto persiste. Vi o vídeo e pensei que se tratava de uma montagem com efeitos especiais, mas não era. Alguns desses exemplos mereciam a devida atenção e poderiam se transformar facilmente em TCC de universitários, no famoso Trabalho de Conclusão de Curso.


O Poder Público fica com o ônus no colo

Com as obras de qualidade no banco dos réus, as terceirizadas ficam na denominada moita, no anonimato, na retaguarda, e a prefeitura fica na vitrine, tendo que absorver todo o ônus, o impacto negativo e as críticas da população. Obras que poderiam resultar em dividendos e elogios se transformam em críticas contundentes. É a famosa frase “criatura se voltando contra o criador”. Esse cenário precisa ser urgentemente erradicado.


E as obras públicas em outros municípios?

Essa situação calamitosa não fica restrita aos limites geográficos de Urussanga. Ela permeia, de modo geral, todos os municípios aqui da região. Recentemente, a Justiça determinou que a uma empreiteira recuperasse a estrada em Forquilhinha. Em pauta, o asfaltamento da Avenida Professor Eurico Back e que começou a se deteriorar em apenas dois anos, em virtude da péssima qualidade da camada asfáltica. O Município de Forquilhinha ganhou o processo que tramitava na Justiça desde 2014. Lá se foram 9 anos. Mas nem comece a sorrir e ficar satisfeito, porque da decisão proferida ainda cabe recurso no TJSC. E como a Justiça brasileira prevê recursos até o final do “III milênio”, fique com as barbas de molho, pois essa vitória pode ser uma vitória de Pirro. Pirro, para quem desconhece, foi um general que, na Antiguidade, venceu uma batalha contra os romanos. Ganhou, mas não levou. Obras passíveis de ações semelhantes a do asfaltamento de Forquilhinha têm também aqui em Urussanga. Essa moda deveria pegar em Urussanga também. Exemplos não faltam e nem precisa o prazo de dois anos.


O que dizem as placas?

Em muitas obras, observamos placas que no item “prazos” consta a informação “4 meses”, “6 meses”... Puro engodo, deboche, pois ela se atualiza diariamente, nocauteando a verdade e o cidadão. Hoje, 4 meses, daqui 11 dias, 4 meses. Fomos ler e analisar placas de algumas obras. Elas indicam tudo, menos as duas informações que a população mais precisa saber: Qual o prazo e qual a empresa terceirizada responsável pela obra. Esses dados, na maioria delas, estão omitidos. A população precisa conhecer o nome da empresa que anda fazendo a obra com ou sem a devida qualidade.


Qualidade? Como o prefeito respondeu tal questão?

O prefeito Gustavo Cancellier respondeu para a comunidade que os aspectos sobre a qualidade e o bom serviço serão rigorosamente observados e para tal fim está se contratando um servidor que terá como missão única a de acompanhar e a de fiscalizar tais obras em andamento, observando rigorosamente o que diz o convênio ou o contrato assinado. Quem é, ou quem será este fiscal? A comunidade aguarda com ansiedade o CPF desse servidor com esta importantíssima missão. Acreditamos que para reforçar tal fiscalização e garantir bons resultados convêm lembrar que todo cidadão constitui um excelente fiscal.


Fiscal e Imprensa de mãos dadas

Este servidor anunciado com a missão única de fiscalizar não estará solitário e terá o devido acompanhamento da imprensa, pois este é o desejo do cidadão que está cansado de observar obras de péssima qualidade, inacabadas e executadas no sistema convencional do “começa e para”, “para e começa”, “para e para”.

Que as empresas vencedoras das obras licitadas cumpram com o que assinaram, pois se observa que muitas se comportam de modo totalmente leviano e intencional. Ganham licitações com dados irreais e só provocam tumultos e transtornos para a comunidade. Com obras que nunca se concluem e, muitas vezes, por questões jurídicas amarram o Poder Público e aprisionam a comunidade, que segue a sua vida sem a prestação dos serviços de qualidade a que tem direito. Então, empresas, fiquem atentas, porque as obras começarão a serem observadas de perto e com lupa pela imprensa, uma potente arma a serviço da comunidade. Esse fiscal e a imprensa “bem falada e bem escrita” vão andar juntos nesse processo na defesa dos interesses da população. Fiscal e imprensa com as mãos como naquela canção do Silvio César: “Vamos, vamos, vamos dar as mãos...” e começar a moralizar a questão dessas obras públicas não concluídas, em andamento ou a iniciar. A obra pública com qualidade, prazo definido e fiscalização constitui direito da população e é dever primordial de empresas terceirizadas sérias.


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