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Sul enfrenta três ciclones em 27 dias

Foto do escritor: MARCIA MARQUES COSTAMARCIA MARQUES COSTA

Foto Ciram/Epagri - Divulgação


O litoral sul de Santa Catarina e o nordeste do Rio Grande do Sul sofreram com os efeitos de três ciclones extratropicais entre os dias 16 de junho e 13 de julho de 2023, com chuvas abundantes nos dois primeiros ciclones, e ventos fortes no terceiro ciclone.

Essas informações foram repassadas ao Panorama pelo Pesquisador PhD em Agrometeorologia / Epagri – Estação Experimental de Urussanga, Márcio Sônego. Segundo ele, “nos dias 16 e 17 de junho o ciclone extratropical causou chuvas e destruição, principalmente no município de Praia Grande, no vale do Rio Mampituba, quando em menos de 24 horas choveu 255 mm, correspondendo a 2,5 a chuva média para o mês de junho. Em Urussanga choveu 48 mm, com poucos problemas. Nos dias 7 e 8 de julho um segundo ciclone extratropical castigou com chuvas abundantes mais uma vez o município de Praia Grande causando 153 mm de precipitação. Em Urussanga choveu 63 mm, e mais uma vez, sem maiores problemas. O terceiro ciclone extratropical atingiu a região nos dias 12 e 13 de julho, e mais uma vez choveu mais em Praia Grande com 68 mm, e Urussanga com 45 mm. Entretanto, neste último ciclone os maiores danos na região sul do estado seriam causados por ventos fortes desde a madrugada do dia 13, continuando pela manhã e boa parte da tarde. Os ventos mais fortes foram registrados nas regiões próximas ao costão da Serra Geral, com rajadas de até 157 km/h na Barragem do Rio São Bento, Siderópolis. Na sede do município de Urussanga os ventos chegaram a rajadas de 64 km/h, não se descartando ter sido mais forte nos altos do Belvedere, onde não há medição dos ventos. No Cabo de Santa Marta, Laguna, as rajadas chegaram aos 107 km/h. Chamou a atenção o fato de haverem sido três ciclones extratropicais formados em menos de um mês, fato que coincide com as previsões emitidas no ano de 2007 pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC/ONU), de que nos próximos anos o litoral do Brasil teria maior formação de ciclones entre o litoral do Rio de Janeiro e o litoral do Rio Grande do Sul, em função das mudanças climáticas em curso. Dois outros ciclones, com efeitos mais devastadores, ainda estão bem vivos na memória dos catarinenses: 1- O ciclone bomba dos dias 30/06 e 01/07/2020; 2- o ciclone Catarina nos dias 27 e 28/03/2004.”

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