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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SERGIO MAESTRELLI

CONSELHO MUNICIPAL DOS AGRICULTORES

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), fundado em 1992 por ocasião do processo de implantação da Municipalização da Agricultura, esteve reunido, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a fim de analisar uma extensa agenda. Em pauta a eleição para a nova diretoria, os serviços terceirizados de máquinas, a baixa qualidade da aveia fornecida na última campanha, as constantes mudanças que ocorrem na Diretoria de Agricultura e que causam certa paralização e descontinuidade das ações. Patrik Frasson é o 8º diretor empossado nos últimos dois períodos administrativos (Gustavo/Décio e Gustavo/Nandi). A rotatividade no posto denota um ponto fora da curva e requer uma análise racional e não superficial. Não há plano de trabalho e busca de metas que resista a um processo político dessa natureza. Deixa transparecer que o cargo existe apenas para determinadas acomodações políticas. Tal realidade afeta o meio rural como um todo e dificulta a materialização de parcerias que o agricultor necessita para progredir. Participando pela primeira vez em reunião do Conselho, o diretor recém-nomeado Patrik veio acompanhado de Felipe Catâneo. Organizar a casa em termos de local e “efetuar um estudo sobre as causas das constantes quebras de máquinas e equipamentos” está no radar do novo dirigente. A mudança de local da sede da Diretoria de Agricultura, em análise pelo secretário Patrick, não foi bem recebida, haja vista que, nos últimos 10 anos, a luta foi a de centralizar todos os órgãos de atendimento ao agricultor num mesmo local. Na Avenida Presidente Vargas, hoje, num mesmo prédio, temos Epagri, Cidasc, Coofasul, Bacia do Rio Urussanga e Diretoria Municipal de Agricultura. O problema é que, lentamente e num processo silencioso, a AURAS foi engolindo o espaço pertencente à Secretaria Municipal de Agricultura, afirmou um dos conselheiros. O tamanho da placa, identificando a Secretaria Municipal de Agricultura e a AURAS defronte ao prédio, é inversamente proporcional ao espaço ocupado pelos dois órgãos, essenciais na estrutura administrativa. Outro assunto discutido foi a baixa frequência de alguns membros do referido Conselho, demonstrando, de certo modo, uma desmotivação e desinteresse, pois o mesmo precisa ser mais ouvido, ponderou o presidente Ivan Donadel. Essa realidade precisa ser superada, pois um dos mais ativos e o mais antigo dos conselhos municipais, existente desde 1964 com a implantação da ACARESC e readaptado no correr dos anos, não pode desmoronar. O Conselho existe para ajudar a encontrar a melhor alternativa para os problemas que afetam o Espaço Rural. Não pode haver divórcio entre dirigentes, técnicos e conselheiros. Todos precisam caminhar na mesma direção tendo no radar o agricultor como objetivo maior.


PÍLULAS

- Do Engº Agrº Henrique Preve, da Diretoria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal, tivemos a informação de que o órgão já está providenciando milhares de mudas, visando arborizar áreas vulneráveis em termos ambientais no município, dando total atenção à Serrinha de Santana com suas encostas e margens da rodovia UR-7 comprometidas. Então logo, logo, teremos, além dos trabalhos de recuperação da rodovia, em virtude das fortes chuvas e dos canais de drenagem implantados de modo incompleto, um mutirão verde em ação. Três pontos para a Administração, se realmente tal fato correr. E é preciso correr contra o tempo. Registros indicam que os meses de dezembro, maio e a agosto são meses críticos naquela área em virtude do volume de chuvas.

- “O vereador que nunca pediu um caminhão de areão que atire a primeira pedra”, afirmou o vereador Rozemar Sebastião. Pelo que se constata anda sobrando pedra, brita e areão. Só não tem para o asfalto do Rio Carvão.


- Outra notícia positiva da área rural - Patrik Frasson, recém-nomeado Diretor de Agricultura, anunciou a licitação para a obtenção de 5 mil mudas de Uva Goethe, dentro do programa de incentivo à ampliação dos parreirais. Quem está cuidando deste processo de licitação para a aquisição de mudas é o servidor municipal Felipe Catâneo. E por falar em Felipe Catâneo, é preciso reconhecer a sua disposição, vontade, e determinação à frente do COMBEA. O que é, é. O que não é, não é.

- Nesses tempos políticos que estamos vivendo com o eixo fora de centro, a Bíblia está sendo mais citada na Câmara Municipal do que propriamente nas igrejas. Vivemos mesmo tempos esquisitos em termos de usos, costumes e valores. Nada mais escapa ao questionamento, seja ele envolvido na burrice, ou na inteligência. Como diria aquele meu amigo italiano de Azambuja na 1ª Festa do Vinho Goethe, cansado de debulhar milho com a mão: “depois que inventaram a máquina de debulhar milho, Maestrelli, eu não duvido mais de nada”. Azambuja, saudades. Por lá, grandes e inesquecíveis amigos e histórias hilariantes e folclóricas.


- Na sessão legislativa do dia 18/05, li e também ouvi que foi encaminhado um novo expediente, um novo ofício ao DEINFRA. O número de ofícios e de páginas que a Câmara já enviou a esse órgão cobrando trabalhos nas nossas rodovias estaduais já ultrapassou o número de páginas da Bíblia. Será que a Casa Legislativa não deveria ao menos pedir ressarcimento do papel já utilizado para esse fim sem efeito nenhum, ou se ocorreu no módulo “irrisório”?

- A Serrinha está, ainda, longe do prometido cartão postal. Em termos de rodovia avançamos, em termos de meio ambiente derrapamos e regredimos. A natureza não foi a culpada. Culpado foi o dito “Homo sapiens”.

- Azambuja “ejus basis” - Urussanga, a “flos basis” do projeto de imigração do engenheiro agrimensor maranhense Joaquim Vieira Ferreira, precisa analisar e ajustar o seu foco, tanto no passado quanto no presente e no futuro. Nos seus 144 anos, tanti auguri per te, Benedetta.


ATTENTI RAGAZZI

Assim como o vinho aproxima as pessoas, o Gemellaggio aproximou pessoas e cidades. O Gemellaggio foi o instrumento que restabeleceu um fio de 9.000 km, unindo duas comunidades: Urussanga e Longarone, separadas por quase um século. Esse processo deixou, frente a frente, duas comunidades com raízes comuns, atividade esta atualmente super facilitada pela tecnologia, além de abrir as portas e janelas da Europa para os urussanguenses.


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