CONSELHO MUNICIPAL DOS AGRICULTORES
O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), fundado em 1992 por ocasião do processo de implantação da Municipalização da Agricultura, esteve reunido, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a fim de analisar uma extensa agenda. Em pauta a eleição para a nova diretoria, os serviços terceirizados de máquinas, a baixa qualidade da aveia fornecida na última campanha, as constantes mudanças que ocorrem na Diretoria de Agricultura e que causam certa paralização e descontinuidade das ações. Patrik Frasson é o 8º diretor empossado nos últimos dois períodos administrativos (Gustavo/Décio e Gustavo/Nandi). A rotatividade no posto denota um ponto fora da curva e requer uma análise racional e não superficial. Não há plano de trabalho e busca de metas que resista a um processo político dessa natureza. Deixa transparecer que o cargo existe apenas para determinadas acomodações políticas. Tal realidade afeta o meio rural como um todo e dificulta a materialização de parcerias que o agricultor necessita para progredir. Participando pela primeira vez em reunião do Conselho, o diretor recém-nomeado Patrik veio acompanhado de Felipe Catâneo. Organizar a casa em termos de local e “efetuar um estudo sobre as causas das constantes quebras de máquinas e equipamentos” está no radar do novo dirigente. A mudança de local da sede da Diretoria de Agricultura, em análise pelo secretário Patrick, não foi bem recebida, haja vista que, nos últimos 10 anos, a luta foi a de centralizar todos os órgãos de atendimento ao agricultor num mesmo local. Na Avenida Presidente Vargas, hoje, num mesmo prédio, temos Epagri, Cidasc, Coofasul, Bacia do Rio Urussanga e Diretoria Municipal de Agricultura. O problema é que, lentamente e num processo silencioso, a AURAS foi engolindo o espaço pertencente à Secretaria Municipal de Agricultura, afirmou um dos conselheiros. O tamanho da placa, identificando a Secretaria Municipal de Agricultura e a AURAS defronte ao prédio, é inversamente proporcional ao espaço ocupado pelos dois órgãos, essenciais na estrutura administrativa. Outro assunto discutido foi a baixa frequência de alguns membros do referido Conselho, demonstrando, de certo modo, uma desmotivação e desinteresse, pois o mesmo precisa ser mais ouvido, ponderou o presidente Ivan Donadel. Essa realidade precisa ser superada, pois um dos mais ativos e o mais antigo dos conselhos municipais, existente desde 1964 com a implantação da ACARESC e readaptado no correr dos anos, não pode desmoronar. O Conselho existe para ajudar a encontrar a melhor alternativa para os problemas que afetam o Espaço Rural. Não pode haver divórcio entre dirigentes, técnicos e conselheiros. Todos precisam caminhar na mesma direção tendo no radar o agricultor como objetivo maior.
Comments