NÓS E A LEGIÃO DE MARIA
O princípio
Neste domingo, o calendário irá marcar os 62 anos de fundação da Legião de Maria de Urussanga. Foi no dia 28 de novembro de 1959 que quatro mulheres urussanguenses deram início a essa entidade religiosa em nosso município. Foram elas: Helena Damiani, Iva Damiani, Zilda De Brida Lavina e Olga Bettiol.
O alicerce
Toda a nossa formação religiosa está alicerçada no tripé: Padre Agenor, Irmãs Beneditinas da Divina Providência do Paraíso (Irmãs Anunciata, Dária, Graciana, Maria Madalena, Agenora) e nas Irmãs Beneditinas da Divina Providência do Ginásio e Colégio Normal Rainha do Mundo (Irmãs Elza, Emília, Maria José, Clara, Gema, Verônica...). E dando amarração a isso tudo, com colunas, vigas e telhado, temos a Legião de Maria como o Praesidium Juvenil “Nossa Senhora Anunciação”, fundado na década de 60 e da qual fui membro ativo e secretário. Praesidium Anunciação em homenagem à Irmã Anunciata, freira com uma vida dedicada às crianças do Paraíso.
Falar de...
Ao falar da Legião de Maria, vem-nos à mente a imagem do Paraíso da Criança com Helena Damiani, Iva Damiani, Olga Bettiol, Zilda De Brida Lavina, Maria Damiani, Nadir de Brida Ferraro, Egídio Dezan, David Sprícigo, Irmã Anunciata, Rosa Miotelo, Vanderlei Ferraro, Fátima, Benilde, e muitos outros. A religião em minha mente teve início com uma frase proferida pelo Padre Agenor, durante o meu curso primário no Paraíso da Criança, a qual dizia mais ou menos o seguinte: “Toda criança tem o seu anjo da guarda para protegê-la contra os perigos deste mundo”. Quando falecia uma criança, eu passava na gruta, ou na igreja e de certo modo questionava e indagava: “Onde estava o anjo da guarda que protegia essa criança como o padre falou?” A partir dos meus dez anos, minha devoção migrou do Anjo da Guarda para Nossa Senhora (para mim, Madonna Della Salute), e para o Santo Antônio do Rio Caeté, devoção que permanece até os dias de hoje.
Meados da Década de 60
Nesta época, mediante convite da Dona Maria Damiani e da Dona Nadir De Brida Ferraro, tornamo-nos legionários na condição de membro ativo. Nessa caminhada, na formação do Praesidim Juvenil, Dona Maria deu-me um susto e uma preocupação, ao indicar-me como secretário. Secretário?, indaguei-a. “É, você vai registrar tudo o que se comenta numa reunião num livro de atas”, disse ela. E acrescentou: “Você vai aprender a fazer atas”. Foi nessa função que aprimorei a técnica de registrar no papel o resumo de uma reunião e descobri o gosto pela escrita. Hoje acho que sou craque em fazer atas, e atas daquelas que não desatam.
Meados da Década de 70
A trajetória da vida seguiu e fomos obrigados a seguir juntos. Saí de Urussanga e tornei-me membro auxiliar, condição na qual até hoje permaneço. A devoção à Nossa Senhora permanece até o presente momento, e serviu de alicerce fé para enfrentar os momentos decisivos da vida. Em momentos cruciais, eu recitava uma das orações da Irmã Anunciata. Ela havia me repassado num bilhete e eu já recitei milhares de vezes: “Invocando-a, não extravias; seguindo-a, não te desesperas; contemplando-a, não erras; com seu amparo, não cais; com sua proteção, não temes; e com o seu favor, atinges o porto”. E em momentos delicados da vida, eu sempre recitava esta oração. Em momentos extremamente delicados, eu acrescentava uma oração de minha nonna Rosina que dizia: “Espíritos de meus antepassados, venham ao meu auxílio”. Maria vinha, e eles também vinham. E, assim, surgia energia para dar a volta por cima. Até hoje sempre atingimos o porto necessário ou o porto desejado. O homem não diminui de estatura e cresce quando se ajoelha e olha para os céus. Se você duvida, você está “jogando tempo fora, conversa fora”, como diria o alemão do Vale do Itajaí.
Sensação de Paz e de serenidade
A Legião de Maria nos remete a uma sensação de paz, segurança e tranquilidade, além de acalmar as inquietudes da alma e do espírito quando, quando eles se agitam. Para mim, ser legionário significou ter um invisível exército em ordem de batalha, para tudo vencer em nome do bem. No nosso período de 19 anos de Vale do Itajaí, conheci em Blumenau um legionário, cuja profissão era médico cirurgião. Numa conversa casual, descobri que tínhamos em comum a Legião de Maria. E ele nos revelou que antes de cada cirurgia, isolava-se por uns minutos e recitava a oração: “Por intercessão de Maria, medianeira de todas as graças, Senhor, que a tua mão, dirija a minha mão de legionário e de médico com precisão milimétrica em mais essa cirurgia em nome do Bem e que todo mal seja esmagado”. Revelou ainda que assim a sua mão adquiria a firmeza necessária, que não operava sozinho e que tinha certeza de que nunca falhara por causa disso. ”Quem é esta que avança como a aurora? É a Maria de todos os títulos”. Este texto foi escrito como tributo a todos os legionários urussanguenses e constitui uma homenagem do Jornal Panorama.
A partir da próxima segunda feira os legionários começaram a escrever a primeira página do primeiro dia do Ano 63 da Legião de Maria de Urussanga/SC.
Maria Rosseti Piva, 93 anos, Padre Valdemar Carminatti, com a ministra Glória Martins Cittadin e, aos fundos, Amélia Somariva Cittadin, em Rio Carvão Baixo, no acompanhamento da procissão motorizada da nossa padroeira que, na semana passada, percorreu o Rio Carvão Alto, Rio Carvão Central e Rio Carvão Baixo, rumo ao Bairro Nova Itália. No dia 21, dia da Madonna no Rio Carvão Central, no salão de festas, ela foi entrevistada por Karla Ribeiro, no Programa “La Voce della Benedetta”. A fé nos leva à longevidade.
PÍLULA
No momento em que a Epagri comemora 30 anos, (20/11) desenvolvendo um eficiente trabalho em parceria com os agricultores, é o momento de se comemorar com uma taça de vinho Goethe.
A todos os epagrianos e ex-epagrianos, felicitações por esta data tão significativa! São os votos da Associação ProGoethe, através de seu presidente Gilmar Trevisol e do Jornal Panorama.
ATTENTI RAGAZZI
Amanhã, na Churrascaria da Sociedade Recreativa Urussanga, ocorrerá o encontro dos adolescentes do futebol de salão dos anos 60-70. Vicente, Bita, Pelé, Ilsinho, Kiko, Derde, Gim, Lucafo, Sérgio, Minossa, Jorge, Danner, Kéio, Tassinho, Tomás, Paúra, Jamba, Jacinto, Rubinho, Hermes, Léo, Pepê, Eraldo, Raul, Sílvio, Milton, Rato... Polenta ou Paeja será apenas complemento. O prato principal que será servido por todos serão as piadas, os fatos, as recordações de um tempo de magia. Dos tempos mágicos de “guri”. E graças a Deus que eles se tornaram adultos e quase todos estão na faixa dos “sessenta” e não mais na faixa dos “selevanta”. Todos atletas, mas infelizmente nenhum chegou à Seleção Brasileira.
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