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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SERGIO MAESTRELLI


Rotary Club de Urussanga não dando trégua para a pandemia. A presidente Edna Zannin Lopes encaminhou a doação de 3.000 máscaras anti-covid ao Hospital N.S. da Conceição, Escola Caetano Bez Batti e Apae. Álcool nas mãos, máscara na face e o “mantenha a distância até que tudo se normalize via vacina”.


PÍLULAS

“O dente é o cartão postal de uma pessoa”. Dr. André Zavarise, cirurgião dentista.

Na semana passada, li dois artigos no Panorama e não resisti. Preciso efetuar dois comentários. O primeiro artigo do colega Mauro Paes Correa do InfoPapo em que ele se referiu ao livro “A Fábrica de Cretinos Digitais” e discorreu sobre o cuidado que crianças e adultos devem ter com as famosas “horas perdidas na telinha dos computadores e smartphones”. É preciso dosar esse tempo e gastá-lo um pouco mais no convívio com as pessoas e a consequente troca de ideias, conhecimentos e habilidades. Ele citou o mais emblemático dos exemplos: raramente você encontra hoje “no mercado” alguém que saiba fazer contas sem a calculadora. Logo, logo, ninguém mais saberá escrever, apenas digitar. Excelente artigo, Mauro.

O outro artigo excelente, supra sumo, contrapondo o mundo digital, o mundo da nossa infância na década de 60, suas brincadeiras, atividades e ocupação do dia a dia. Tenho certeza que quem viveu essa época, passou a tesoura nesta página do jornal e guardou. O único pecado, e pecado mortal e não venial, foi a Márcia, colega do Colégio Rainha do Mundo, da Academia de Letras e grande amiga, querer comparar os sapos da “Baixada” com os sapos da Rua do Sapo. Foi muita “pretensão”. Foi “delírio”, “devaneio”. Acho que está declarada mais uma guerra na Benedetta envolvendo dois exércitos. O Exército da Baixada contra o Exército da Rua do Sapo. Já teve início o devido alistamento militar. Peguei a listagem dos soldados da nossa rua com a Dona Ivany Zanellato Péron, que na época era responsável por este setor na prefeitura, terror daqueles que evitavam servir o Exército.

Quem anda empolgada com a fauna nas matas, jardins e quintais da Rua César Mariot é a Andreia Scarabelot. Há anos atrás, até um bugio resolveu marcar presença. Hoje, beija-flores, arancuãs, gambás, gatos, sabiás, pardais, curicacas, tucanos... todos em busca da mesa farta por ela preparada, com um cardápio de fazer inveja a qualquer restaurante. A sensação agora é a presença diária de um tucano, segundo ela, cada vez mais manso. Então não se surpreenda se num dia desses, você encontrar a Andreia desfilando pela rua com um tucano no ombro.

Você já deve ter observado, assim como eu, que com o advento das novas tecnologias, ocorreu uma aceleração do tempo. E o presente nunca foi tão fugaz e rapidamente se torna passado. Cada vez mais tudo é superado, ultrapassado e nesse processo o ser humano gira como uma engrenagem fora de centro.

Quem participou da última reunião virtual do Rotary foi o intercambista Ethan DelMonte, jovem estudante americano que viveu aqui em Urussanga em 2016-2017. Além de outros aspectos, ele não se esqueceu da mesa urussanguense. Concluído seu curso universitário, ele prometeu, de já acompanhado, retornar para beber deste nosso vinho.

No dia Mundial do Meio Ambiente, na Villa Belmont, território encravado entre o Bairro Nova Itália e o Rio Maior, o registro das bodas de Ouro de Ilza e Valentin Cancellier, o homem da uva e do vinho, vizinho dos amigos Raul Gislon e do Tóni Camelo. Registrou a data com vinho, com a imagem do casal no rótulo e no contra rótulo a homenagem à mãe Marcolina. Valentin e Ilza, na semana passada, com o barulho da chuva, eu estava sentado na mesa com minestra, radiche, queijo e com o seu vinho Goethe Seco Comemorativo molhando a taça. Parabéns ao casal do vinho.

Você sabe qual é a diferença entre uma curicaca, uma jacutinga ou uma jacucaca? O Paúra sabe. Paúra é o novo bandeirante do século XXI, de acordo com Geraldo Custódio. Agora ele deixa o Posto e a Vanilda de lado e usa o tempo para observar e filmar animais selvagens na natureza. Tá com paciência de índio. Depois de 50 anos, ele voltou a ficar frente a frente com uma curicaca, digo, com uma jacutinga, digo, com uma jacucaca. Foi em sua “oca” no Morro da Caixa D’água, no De Villa. Uma cena raríssima armazenada em seu celular.

“Então, se você tem probrema nas costa, nós temo uma boa notícia. Se uma frase torta já machuca os ouvidos, imagine o mal que um colchão torto pode fazer para a sua coluna.” Da Nathyflex, do Allen Silva e Cleiton Salvaro.

“Eu tenho agora um compromisso de 4 anos com os nossos 15.600 associados. Comigo não tem teretetê... Eu vim da roça... Estou à disposição a partir de segunda-feira, às 8 horas ou 15 para as 8 na Cermoful”. Rudy Recco, presidente reeleito da Cermoful na terra da cerâmica vermelha.

No último programa Informativo Rural da Epagri, a extensionista Social Maria Cristina Cancellier da Costa, baseada na Folha da Saúde da Salute Cancellier Damiani, discorreu sobre o butiá, árvore frutífera e ornamental. Fruto rico em fibra, potássio, ferro, combate a obesidade, bom para pele e digestivo. Que o mesmo pode ser consumido in natura, como licor, sorvete, picolé, doce, suco. A extensionista só se esqueceu de mencionar um item, talvez o principal, o butiá na cachaça. Quem não aprecia uma cachaça de butiá? Falha perdoada, Cristina.

Se você falar refil, você pode estar se referindo a um produto para recarregar, por exemplo, um aparelho anti mosquito. Já no plural “Refis”, ele se torna um programa de refinanciamento de dívidas do Governo. Turista estrangeiro sofre com a língua portuguesa.

ATTENTI RAGAZZI

Como disse Confúccio há 2.500 anos, exija muito de si e pouco dos outros.


LUIZ ZUCHINALLI, O GIGIO


O telefone tocou ao amanhecer do dia 10 de junho e pelo vento veio a notícia do falecimento em Bellun, aos 76 anos, no dia 9 de junho, de um tio, o mais italiano deles, o mais alegre, o mais festeiro, o mais cantor. Ex-funcionário do lavador da CCU em Rio Deserto, participou da epopeia da exploração do carvão, nos tempos áureos do engenheiro de minas Tasso Crespo de Aquino. Posteriormente, funcionário do Restaurante Gran Belluno Grill. Gigio, o bergamasco, um dos doze filhos de Emílio Zuchinalli e Hypólita Brignolli, natural de São Paulo di Montagnú, o santo protetor contra as picadas de cobras, o maior apóstolo do Cristianismo, que na estrada para Damasco, caiu do cavalo e desta queda se originou todo o seu triunfo, transformando-se ao lado do apóstolo Pedro, num dos pilares da Igreja de Cristo. Luiz tinha o canto em sua alma. Cantava no bar, na igreja, no restaurante, na praça, em casa, na casa dos amigos, nas festas, nos desfiles alegóricos, e também no cemitério para homenagear amigos que partiam. Quando cantava juntamente com seus amigos, ele se realizava. Gigio, como era mais conhecido, integrava o Gruppo de Cantores Bellunesi - Misson da Bellun, formado em 1994 e era o responsável por não deixar faltar vinho, queijo, torresmo e salame para o grupo nos dias de ensaio. Nas Festas do Colono em Siderópolis, nesta imagem com alguns de seus companheiros de canto do Gruppo Bellunesi, Otávio Ronsoni, Aladino Ambrósio, Luiz Zuchinalli e Luiz Crepaldi, passavam no comércio anunciando mais uma festa. A voz do Gruppo Misson da Bellun e a sua voz estiveram presentes em diversas Festas do Vinho e edições da Ritorno Alle Origini aqui em Urussanga. Ele estava armazenando queijo, vinho e salame no porão de sua casa e havia prometido uma grande festa aos amigos e vizinhos depois que a epidemia da Covid-19 passasse. Mas Luiz, o Gigio, tombou vítima da Covid-19. O vírus da Covid-19 nos desnudou, nos colocou frente a frente com a nossa pequenez perante à natureza. Ele abreviou vidas, implodiu sonhos, espalhou sofrimentos. Maldito coronavírus, maldito, maldito, mas alguém te pegará, te aprisionará, ter amordaçará, te estraçalhará e te liquidará. O Gigio era um urussanguense, bergamasco di Montagnú. Era tio da minha mulher Lacy.



COVID-19 - Ano 2 - Rio Caeté, no entardecer do dia 12-06-2021, na véspera da Festa em honra a Santo Antônio. Os bancos coloniais vazios com o tradicional “X” da Covid-19 aguardando os fiéis para o momento da chegada da tradicional procissão motorizada e missa a ser celebrada pelo Pe. Miro de Bona da Paróquia N.S. Aparecida do Bairro da Estação. Mas as grandes festas do passado deverão voltar, como voltarão o canto, o churrasco, o vinho, a cerveja, a roleta, as conversas em tom alto e as aglomerações. Nesta vida, nada é definitivo e tudo é passageiro. E estas cenas também passarão.



Juciane Sartor, ao lado da colega Bete, ambas funcionárias da Agropecuária Caça e Pesca Urussanguense, que de segunda a sábado, vivem na Rua César Mariot. Ela, a Juci, está celebrando ao lado do marido Ronaldo Barbosa, 18 anos de casamento no próximo dia 21. Começam bem a segunda-feira, dia de retorno ao “lavoro”. Juciane ou Juci é uma das primeiras damas do Bairro das Damas. Ela sai das Bodas de Rosa e entra para as Bodas de Turquesa. Para quem desconhece, a pedra turquesa é de um azul que encanta. Ela sintoniza energia, frescor, e traz sensações ligadas à beleza e ao bem-estar. Foi muito utilizada como amuleto da sorte pelos povos antigos (egípcios, babilônios, chineses, e os índios americanos, astecas e navajos) e seu significado é pedra que veio da Turquia. Na Antiguidade, ela foi a pedra símbolo da Pérsia, hoje o Irã.

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