CONHECE O MUNICÍPIO DE URUSSANGA?
Pode ser que sim, pode ser que não. Mas se você quiser conhecer a área física de nosso município com a respectiva divisão na palma da mão, você deve fazer o que eu fiz esta semana. Aproveite o barulho da chuva e leia o trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Engenheiro agrimensor da UNESC de Augusto Sorato com o título “Mapa de Divisão Político-Administrativa do Município de Urussanga/SC”. Em seu trabalho, Augusto percorre a história da divisão político-administrativa do Brasil, do Estado e da Colônia de Azambuja, onde Urussanga está inserida. Ele procura definir onde começam e onde terminam os 51 bairros do município, envolvendo 11 na sede e 40 na zona rural. O autor afirma que elaborar um mapa da divisão político-administrativa dos bairros do município de Urussanga por meio de limites físicos, naturais e pontos de amarração constitui importante ferramenta visando atender o planejamento e a gestão do território municipal. A primeira divisão ocorreu com a fundação da colônia pelo agrimensor maranhense Joaquim Vieira Ferreira, através da venda e distribuição de 440 lotes, em sua grande maioria, retangulares e com acesso à água, lotes estes onde foram assentados os imigrantes do Veneto, Friuli, Venezia, Giulia, Lombardia e Trentino Alto Adige. Com a emancipação da Colônia Azambuja em 1881 e com a elevação a município em 1900, surgem novas configurações, sendo criadas as comunidades, tendo como característica uma capela e com a denominação de um rio ou de um santo. As comunidades mais antigas carregam o nome de criação no período da imigração como Rio Maior, Rio Caeté, Rio Salto, Rio Carvão, Rio dos Americanos, Rio Deserto, Rio Barro Vermelho, Rio Carvalho, Rio Comprudente, Rio Galo, Rio Molha... outras com nomes dos santos padroeiros como Santana, São Donato, São Pedro, Santa Luzia, Santo Antônio do Fogo, São Valentim, e outros ainda por aspectos físicos como Belvedere, Bela Vista, Bel Recanto, ou históricos como Rancho dos Bugres, Pirago. Alguns da área urbana foram denominados pelo Padre Agenor: Brasília, Morro da Glória, Baixada Fluminense, Bairro das Damas... Hoje o maior bairro de Urussanga é o de São Pedro com 15,2 km² e o menor, o Bairro Brasília com 0,27 km². Sorato, neste seu trabalho, efetuou dedicatória especial a sua nonna, pois ela sempre o encorajou a seguir em frente. Como se vê, mais uma vez a comprovação da máxima: “Eu vim de uma família onde a nonna era o centro de tudo”. Augusto é filho do amigo Carlos Augusto Sorato, também agrimensor. Então temos agora dois agrimensores numa família pela segunda vez: Já tínhamos o Omero e o Homerinho. Agora temos também o Sorato e o “Soratinho”. Parece que o maranhense urussanguense Joaquim Vieira Ferreira deixou herdeiros e substitutos em sua profissão. Deixe seu trabalho na Biblioteca Municipal, Sorato. Ele merece estar na estante para consultas.
AQUI (LÁ EM VENEZA) SE FALA ASSIM

Óstrega, sacramento, zio cane, dio furbo, magari, ústia, óspia, dio santo, dio fanto, poco zio... Benício Marcos Spillere resgatou milhares de frases, precisamente 3.318 expressões que são proferidas no cotidiano local do Distrito de Caravaggio, município de Nova Veneza. O autor recolheu tais frases nas conversas diárias em dias úteis, inúteis e feriados com os mais velhos. E lá se vão 28 anos de estrada. E assim surgiu o livro “Aqui se fala assim”. Além de ler, você vai rir bastante. Mais uma parte da cultura italiana no Sul Catarinense está resgatada e registrada. Manter viva a nossa história é manter vivos os nossos antepassados. Pelo menos uma frase ali se fala assim e aqui também. É a frase: “O homem é uma máquina que fala, a mulher, uma máquina que dá o que falar”. Recebemos um exemplar do autor, um verdadeiro guardião da história do Caravaggio, por intermédio do engenheiro agrônomo da Epagri de Nova Veneza, Donato Lucietti, que por um período já passou o seu arado por terras urussanguenses e era hóspede da Pousada Dona Alice. Grazie tanto, Spillere. Grazie tanto, Lucietti. E esta sua caneta, Benício, tem bem mais que a panca que você afirmou e “your name non é Nhánho não”. Se por acaso, ali no Cartório de Caravaggio tivesse ocorrido um erro de grafia sendo registrado “Wpillere” no lugar de “Spillere”, você, Benício Marcos Spillere não seria um BMS e sim uma “BMW”, não sei se zerada ou usada, mas seria uma BMW. Uma BMW das letras Caravaggio-Venezianas.
REUNIÃO DA ACRIC EM RIO CARVÃO
No Salão de Festas da Igreja Madonna Della Salute em Rio Carvão ocorreu na semana passada a assembleia da Associação dos Moradores (ACRIC). Em pauta, o asfalto.
“Vim aqui para abraçar a causa, chamar a atenção para o problema, dar corpo. Engrossar o caldo. Vim para engrossar essa luta”, afirmou o deputado da região da AMUREL, Felipe Estevão presente ao evento.
Já o prefeito em exercício Jair Nandi disse que o assunto está no radar do Governo Municipal desde novembro do ano passado e já ocorreram quatro reuniões para discutir o assunto. Até a ponte da serrinha, 4,7 milhões de reais é o custo do manto preto, e até Santana/Itanema, algo em torno de 12 a 13 milhões. Ou seja, 1/3 dos recursos que sumiram com os respiradores para o tratamento da Covid-19 liquidava a fatura e ainda poderíamos jogar recursos no trecho para Azambuja, Siderópolis ou Treviso. O que você me diz disso? É mole ou não. É mole, mas vai ficar duro. Pode ter certeza disso. A presidente da ACRIC, Graça Ceron Muttini, afirmou que tanto ela quanto a comunidade se diz esperançosa e vão aguardar para ver para onde e quando se estenderá o manto preto. Vamos viver novamente um “Vale a pena ver de novo”.
A comunidade marcou presença e acompanha o equacionamento da questão como se fosse uma novela da Rede Globo e um dos moradores afirmou: “o tempo “avoa”, o problema se arrasta e onde estão os nossos deputados?” Não sei. Talvez no arrastão da tainha no Camacho, Jaguaruna, Campo Bom, Esplanada, Torneiro, Rincão e não no Rio Carvão, ou quem sabe, não estarão trabalhando na surdina buscando a sua viabilização. Quem sabe... Vai que posso morder a língua, e se morder, morderemos com satisfação incomensurada.
PÍLULAS
Edson Savi Mondo, o Kuki, assumiu recentemente o comando dos Serviços Públicos de Limpeza e Afins. Que ele tenha a mesma performance que teve no passado a Equipe do Pingo Cadorin e a Equipe do Tita Bom. O desmantelamento da Equipe do Tita foi um equívoco administrativo e a cidade voltou a ficar com a cara de “feia” em muitos locais. Deverá haver uma correção de rumo e de rota. Kuki não apenas canta. Dizem que ele nasceu no Dia do Trabalho.
Fim de semana com um triste e preocupante dado. América Latina – 1.190.000 mortos pela Covid-19, e praticamente metade dos mortos são brasileiros. Que tragédia aumentada pela burrice e teimosia humana. E no centro do furacão, o Pazuello, o doutor logística que teve do STF um habeas corpus para ficar calado, mas usou o “habeas” para mentir. Aliás, analisando tanto o time que integra a CPI quanto os convidados ou convocados, já se chegou a uma verdade. Brasileiro gosta de mentir.
“Sem se ter segurança, não se tem presente e sem educação, não se terá futuro”. Delegado da Polícia Civil de Urussanga, Ulisses Gabriel, que juntamente com o delegado Márcio Campos Neves, nos faz lembrar uma atuação competente e um agir parecido com a gestão dos tempos do Dr. Ilson Silva e do Dr. Artur Nitz. Seguramente “Urussanga bem mais segura”. Eles merecem um brinde com espumante Goethe pelo trabalho que vem sendo operacionalizado.
Muitos estão sob o efeito do chamado efeito Dunning-Kruger, que foi batizado a partir de seus idealizadores psicólogos, David e Justin. Eles demonstraram cientificamente que as pessoas com pouco ou nenhum domínio sobre um assunto, tendem a achar que sabem mais que os especialistas. As redes sociais estão cheias deles, desses “bambambãs”. Aqui em Urussanga, temos um pelotão considerável. Você por acaso é um deles aqui na Benedetta? Se for, em nome do bom senso, nunca é tarde para cair fora. Como diria o Zé Catarina, “eu fora”.
Dizem os entendidos no assunto, que só existe uma imunização minimamente satisfatória contra a Covid-19 quando ocorre a 2ª picada. A 1ª dose é um dado meramente estatístico. Assim sendo, para a saúde pública não faz sentido deixar gente sem a dose número dois para ampliar o número de pessoas na dose um. Mesmo assim, ordenou-se as reservas da 2ª dose para novas primeiras picadas. Agora não há estoques para a necessária 2ª aplicação no período recomendado. Mas o mais importante do ponto de vista político é inflar ao máximo o % de vacinados nos meios de comunicação. Isso se chama descaso de um desgoverno desgovernado, pelo menos no setor de saúde.
Uma das mais emblemáticas bandeiras com inúmeras guerras travadas pelo Rotary Club em todo o mundo foi a erradicação da poliomielite que tanto sofrimento trouxe a milhares de seres humanos pelo resto de suas vidas. Agora estamos próximos da capitulação do vírus. Em 2020 foram 17 casos e neste ano de 2021 somente dois casos, um no Paquistão e outro no Afeganistão.
Agora o clube se prepara e se arma para uma nova batalha na área da saúde. O combate à malária na África. O Rotary e a Fundação Bill e Melina Gates se unem na mobilização de um financiamento de 6 milhões de dólares para combater a malária, uma das principais causas de adoecimentos e mortes na África. A luta já teve início na Zâmbia. O exército está composto inicialmente por 380 funcionários da área médica e 2.500 trabalhadores comunitários. De longe apoiando financeiramente, todos os rotarianos do mundo, inclusive os de Urussanga.
Especialistas afirmam que um fogão a lenha tradicional produz em apenas 1 hora o equivalente à fumaça de 400 cigarros. Como 3 bilhões de pessoas no mundo ainda dependem do fogão a lenha, faça então você as contas de quantos milhões de cigarros por hora são queimados. Mais essa agora!
Ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, passou por Urussanga em sua campanha de pré-candidato do PSD ao Governo do Estado. Deixou a impressão de ser um político de visão.
ATTENTI RAGAZZI
“Se você cansar, aprenda a descansar, não a desistir”. Da carioca Renata Fernandes Vasconcellos, a musa da notícia e âncora do Jornal Nacional.
Lixo na Serrinha

A UR 7 - A Serrinha Rio Carvão/Santana já possui um bazar com inúmeros produtos. Lá já se instalou com vários acionistas uma “Feirinha de Produtos Usados”. Tem máscara anti Covid-19, sacolas plásticas, carteiras de cigarro, papelão, papel, garrafas pet, vidro, isopor, pratos descartáveis, latinhas de cerveja, refrigerante, Red Bull, papel de picolé, de bala, embalagem de sonho de valsa, sacolas embaladas penduradas em árvores. Uma diversidade de causar inveja. Agora a feirinha já se aprimorou. Tem até vasos sanitários da sua cor preferida, branco, preto, cinza, azul, marrom... A moda é subir ou descer a Serrinha e de dentro do carro, abrir o vidro elétrico ou não e “pinchar” rapidamente no mato, na margem da estrada, na “grota”. Tudo no sistema drive-thru. Tudo numa área de preservação permanente e local de várias nascentes. O ser humano é um bicho “tinhoso” e super-safado. Quando ele acha que ninguém ou quase ninguém o observa, ele mostra a sua personalidade, o seu caráter, o seu perfil, o seu estilo “jaguara”. Mas como diria o Chapolin Colorado do Seriado Chaves, “não contavam com a minha astúcia!”. Há comentários que teremos câmeras para identificar a classe dos Sugismundos (as), divulgar seus nomes e endereços ou a placa dos veículos pela imprensa falada e escrita. Se não aprendem pela conscientização, aprenderão pelo constrangimento e pela vergonha. Para os incautos, este é um problema de falta de educação e conscientização. Para os entendidos, não é falta de educação e nem de conscientização, é excesso de safadeza.
Deixa que eu sobe...

Neste final de semana, o Pe. Miro De Bona no altar para uma das mais tradicionais celebrações religiosas do município de Urussanga. A Festa de Santo Antônio em Rio Caeté. Rio Caeté para mim lembra Jeep, roleta, cantos, cheirinho de churrasco, trem, carvão, sino, gasosa, vinho, frio, geada, Delírio Bez Birollo, Pilotto e um trem com dezenas de amigos. Não nasci em Rio Caeté, mas me sinto como se lá tivesse nascido. O momento de maior proximidade que eu senti com o céu quando estive na Itália não foi em Francisco de Assis na província de Perugia, na região da Úmbria, e nem no Vaticano em Roma. Foi na Catedral de Santo Antônio de Pádova. E por falar em Antônio, olha aí mais um Antônio apaixonado pelo Jeep. É a 4ª geração na paixão pelo Willys 4x4. “Não, não... Deixa que eu “sobe” sozinho, disse ele com 2,5 anos. E subiu, indo direto na direção, engatou a marcha e se esticou todo para colocar os pés no acelerador.