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mundo registrou neste mês, os 75 anos do término da II Guerra Mundial em solo europeu com a rendição da Alemanha Nazista. Em 7 de maio de 1945, o Alto Comando das Forças Armadas (Oberkommando der Wehrmacht), representadas pelo general Alfred Jodl assinou a rendição incondicional da Alemanha aos países aliados, em Reims, na França, onde se encontrava Dwight Eisenhower, comandante supremo das Forças Aliadas.Em 29 de abril, dia anterior à morte de Hitler, O General da SS Karl Wolff assinou os termos de rendição em Caserta em nome do General Von Vietinghoff. Cerca de 1 milhão de soldados alemães na Itália e na Áustria renderam-se incondicionalmente no dia 02 de maio.
FOTO FEB/DIVULGAÇÃO
Batalha de Montese- Itália - 2ª Guerra Mundial Lá como eles tratam seus heróis Coincidentemente, nesta semana recebemos de Roberto Lopes, o Peixe, o único peixe que eu conheço que é rotariano, um vídeo elaborado por Percival Puggina que retratava os 70 anos de libertação da comune italiana de Montese das forças nazistas da Alemanha pela Força Expedicionária Brasileira (FEB). Nele, crianças italianas em 2015, agitando bandeiras italianas e brasileiras, cantaram o Hino do Expedicionário Brasileiro na língua portuguesa com um forte e sonoro: “Você sabe de onde eu venho, venho do Morro do Engenho...” O soldado brasileiro por lá é anualmente reverenciado, respeitado, homenageado. A gratidão permanece na memória daquele povo e se reflete no relato da história que se materializa em placas, praças, monumentos e nas homenagens. Os que viveram aquela época trágica conseguiram repassar o respeito, o agradecimento e admiração às novas gerações pelo soldado brasileiro. A gratidão fica expressa e é passada para as novas gerações.Os cidadãos de Montese cultuam a sua história mesmo quando ela foi escrita por outros, por estrangeiros em sua própria terra, neste caso o brasileiro. Que lição de civismo! É algo que emociona quando você se identifica e eles respondem: “Come? Brasiliani? Molto piacere.” A acolhida é bem mais calorosa quando você se identifica como turista brasileiro. Em 2001, Bortolotto nos levou a essa região e constatamos pessoalmente a admiração e o respeito que os habitantes daquela parte da Itália tem pelos brasileiros e pelo Brasil em razão dos feitos do passado. É algo impressionante e fora do comum. Você diz que é brasileiro e vem o eco: “Brasiliani, molto piacere.” Quando pisei no cemitério militar de Pistóia, onde estão sepultados soldados brasileiros, nos veio a mente um artigo que havia lido na década de 70 no Rainha do Mundo na Seleções do Reader Digest, ou na antiga Revista Manchete ou “O Cruzeiro”, se não sou traído pela memória. O artigo narrava fatos em que os soldados brasileiros, muito simpáticos à população, dividiam a sua ração diária com as crianças de Montese ou naquele episódio em que um soldado brasileiro na tomada de Monte Castelo feriu um soldado alemão. O soldado alemão ferido viu o soldado brasileiro se aproximar achando que receberia o tiro de misericórdia e sob o olhar impávido, surpreso, atônico, recebeu do soldado inimigo o tratamento com morfina, que seria de seu uso pessoal para casos de extrema necessidade. Consta que após o fim da guerra, com a baixa de ambos os exércitos, o alemão e o brasileiro se tornaram amigos na vida civil e trocaram correspondência por longos anos. E nós aqui, como estamos tratando os nossos heróis e vultos da Pátria? Da pior forma possível e ainda é possível piorar ainda mais. No carnaval de 2020, a Mangueira ridicularizou vultos nacionais como Duque de Caxias e Princesa Isabel. E na Avenida, o público burro, tanso e idiota no limite máximo (se é que idiotice tem limites), em grau extremo, aplaudiu demoradamente quando deveria ter vaiado imensamente a infinita ignorância. A árvore que despreza as suas raízes seca, registramos em anos passados e Puggina afirmou “que nós, brasileiros, somos árvores desenraizadas, somos árvores destocadas.” Ele tem razão. Nós não cuidamos de nossas raízes e consequentemente somos árvores raquíticas e doentes. Somos pródigos em efetuar piadas de nossos vultos nacionais. Começamos por Cabral, Tiradentes, Dom João VI, Dom Pedro I, Princesa Leopoldina, Dom Pedro II, Duque de Caxias, Marechal Deodoro... As crianças de lá e as crianças de cá As crianças de Montese conhecem a história da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e em língua italiana e portuguesa cantam o seu hino. E as crianças brasileiras? Infelizmente não sabem nem cantar o Hino Nacional, quanto mais o Hino do Expedicionário. Nem elas e nem os adultos. Talvez os idosos saibam. Acho que nenhum país do mundo trata mal e maltrata tanto a sua história e a sua cultura como o povo brasileiro. O péssimo exemplo começa pelas autoridades constituídas. Nós temos uma capacidade titânica de ridicularizar, menosprezar e liquidar com o nosso passado, a nossa história. Temos uma capacidade demoníaca de tudo demolir. De prédios à monumentos. De biografias à paisagens. Da nossa cultura, somos mestres em pulverizá-la. A Legião Urbana imortalizou numa música este refrão: Que país é este? Tudo trituramos e praticamente nada respeitamos. Que triste perfil. Ninguém está interessado no almoço de ontem. E sim apenas no de hoje e no de amanhã. “Somos cabras vadias em terreno baldio” disse Nelson Rodrigues. É assim que somos. Você não sabe nem de onde você veio, então, imagine se você vai saber que eu vim do Morro do Engenho.
PÍLULAS Uma equipe integrada pelo Toxiro Copetti, Bortolotto e o Gilson Paúra Fontanella, que de paúra não tem nada, está incumbida de verificar e providenciar se necessária, a substituição dos eixos dos sinos da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que com praticamente um século girando e badalando nos momentos de júbilo, dor ou de aflição, acarretou seguramente alguns desgastes. 700 brasileiros morrendo por dia de Covid-19 e em Brasília um ministro da saúde patético e um presidente só dizendo abobrinhas e passeando de jet ski no lago Paranoá. Nem Messias em Brasília, nem Moisés em Santa Catarina. Em Brasília, o “Mito” tá precisando de um “Pito” e por aqui tudo indica que o Governador precisa de um respirador político. Parece que ele desceu o Monte Sinai com as tábuas da nova política, que se está revelando como sendo prima gêmea da velha. Para o povo, seguindo a linha de nomes bíblicos, só resta o negócio de tentar talvez com um Abel,Caim, Abraão, Salomão, Isaac ou Jacó, Isaías, Jeremias, Elias, Tobias...Talvez um Jonas ou mesmo um Nabucodonosor. Aliás o Governador Moisés está irritado com a cobertura jornalística sobre os fatídicos respiradores. Afirmou ele que o modelo de jornalismo praticado hoje tem que ser rediscutido e como obviamente todo o jornalismo sobrevive da venda de publicidades, eles - os empresários, o poder econômico - tem legitimidade para ajudar a discutir um modelo com isenção e imparcialidade. O Governador “trupicou” no degrau da escada e ainda na madrugada tentou amenizar suas declarações dizendo estar se referindo a um grupo diminuto de jornalistas. Já o Secretário Ricardo Dias defendeu a liberdade de imprensa como pilar fundamental de uma sociedade forte. E o mundo que nos cerca continua sob isolamento social. No meio urbano e no meio rural. E cada um gasta o tempo de acordo com sua realidade. Uns postam no Facebook que fizeram um bolinho de cenoura, outros tentaram fazer brigadeiros, errando a receita e se brigando, outros fazem “ live”, a febre do momento. Já no nosso interior, uma prática eficiente de isolamento social é você permanecer uma manhã inteira livrando um pé de laranjeira dos cipós, parasitas e trepadeiras. Em quinze dias se você for persistente, todo o pomar estará limpo. Agricultor não se perde nunca. Nem em tempos de pandemia. Para muitas pessoas, quando todos os dias se transformam em feriados ou em domingos, a ansiedade aumenta, a insatisfação triplica e a paciência começa a explodir. Tudo por causa de um vírus, uma minúscula forma imperfeita da vida. Essa sim é “prá se acabá”, utilizando uma expressão do saudoso amigo Altair Sandrini. Como diria aquele: “O pesquisador da Epagri joga sobre todos o ar do saber. E o extensionista transmite o saber”. Não é bem assim. Há muitas controvérsias sobre esta pseudo afirmação, forjada num momento de tempestade e posterior confusão mental e dita numa reunião informal do nosso vinho fundamental. Sidarta Ribeiro, neurocientista, sintetizou as reações das pessoas no tempo que estamos vivendo. Disse ele que “Quem pensa no futuro está ansioso e quem vive no passado está deprimido”. O negócio, disse ele, é colocar “a cabeça no tempo presente.” Ele exemplifica: “Cuidar dos filhos, da casa, lavar muita louça”. Ou seja: dessa ninguém escapa. Com o isolamento, as pessoas estão pensando mais, refletindo mais. Uma das conclusões é essa que ouvi na fila do Banco do Brasil. A vida da maioria das pessoas se resume em duas fases: a primeira fase você tem vontade, mas não tem tempo e dinheiro para realizá-las. Depois na etapa final, tudo se inverte. Você agora tem tempo e dinheiro, mas não tem a vontade. A história do ser humano sobre a terra não deixa de ser uma tragédia. Todas as coisas essenciais e de importância capital nesta vida são muito simples. Confira duas delas: Água e Mãe. Essência em apenas três ou quatro letras do alfabeto português. O que dizer da última sessão legislativa? Apenas o que citou da Bíblia o vereador Deco. A tribulação produz perseverança, a perseverança, experiência e esta produz esperança. Então, vamos todos ter a devida esperança. ATTENTI RAGAZZI A Política gera estadistas e líderes, mas também cria muitos jumentos. E se você teve a oportunidade de estudar o comportamento animal, você já sabe que jumento jamais dá chute. Jumento dá coice. É da sua natureza.
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