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SERGIO MAESTRELLI

O DESAFIO DO GUSTAVO... E DO NANDI...


fórmula para vencer o desafio de um 2º mandato deverá ter como eixos, uma eficiente gestão técnica e uma eficientíssima gestão política.

É a famosa junta de carro de bois, em que os bois precisam se entender para o carro se movimentar e evitar desperdício de energia.

Área técnico-administrativa e área política de mãos dadas.

Palavras que quando unidas e postas em prática produzem o “bom tombo, o tombo bom”. Vencedor em todas as urnas eleitorais da Benedetta na eleição de 2020, uma façanha inédita e que em nossa opinião jamais ou dificilmente será repetida, e com um saldo de mais de 7 mil votos na mochila, o prefeito Gustavo Cancellier assumiu o cargo iniciando seu pronunciamento com a palavra gratidão.

“Ampliar, avançar e consolidar serão os verbos a serem exercitados”, disse o síndaco que iniciava o seu segundo mandato.

O desafio “supra sumo” do Prefeito não serão obras, será provar na teoria e na prática que um segundo mandato pode, deve e tem a obrigação de ser melhor que o primeiro. A história registra e nos ensina que, por enquanto, tal assertiva não é verdadeira.

Um segundo mandato para presidente, para governador e para prefeito tem acarretado enormes prejuízos à Nação, aos Estados, aos Municípios. O instituto da reeleição foi até agora algo nefasto e é uma das heranças de FHC. Na superação desse desafio, Gustavo contará com o apoio do vice-prefeito Jair Nandi que, na posse, centrou seu pronunciamento “em responsabilidade, em não atropelar valores e respeitar o cidadão. Urussanga nos deu a honra de continuar na vida pública e honraremos tal confiança. E estaremos voltados para o bem coletivo e não nos apequenaremos em interesses pessoais. Buscaremos a harmonia e a independência dos poderes, pilares da democracia. Caso contrário, a política perde credibilidade e assim sendo, complica todo o processo político e administrativo”, finalizou o vice síndaco ao assumir.

O desafio de Gustavo está posto e o vice-prefeito também tem uma missão, a de acompanhar de perto as ações do Poder Público Municipal e de fiscalizá-las, como ele mesmo afirmou. Porém, em nossa visão, com o objetivo de derrubar teorias, ele, o vice, tem outro desafio. Rusgas, ciúmes, desentendimentos, desencontros, atritos, entre presidente e vice, entre governador e vice, entre prefeito e vice são corriqueiros e não fogem à regra. Provar perante a história que prefeito e vice podem administrar e conviver em sintonia do início ao fim de uma administração é um dos mais elementares desafios de Nandi e provar definitivamente que a regra tem exceção.

Por enquanto, tudo indica que tanto um, quanto outro, deverão cumprir sua missão, salvo melhor juízo.

Escrevi este artigo na Praia da Esplanada no primeiro final de semana de janeiro. O texto acima continuou atual até o alvorecer do dia 20 de maio, com a deflagração da operação policial com várias viaturas e dezenas de policiais atuando simultaneamente em vários locais públicos e privados em Urussanga e nos municípios vizinhos de Orleans, Siderópolis, Tubarão e Criciúma.

A Polícia Federal pediu emprestado não sei para quem, o título que carinhosamente utilizamos para a nossa cidade e batizou de “Operação Benedetta” a operação policial em nosso município e em outros correlacionados visando apurar irregularidades ou possíveis irregularidades no Paço Municipal, com desvios ou a má aplicação de recursos públicos ou supostas fraudes em obras com recursos da CEF e envolvendo alguns servidores públicos. A partir de 20 de maio, acrescentou-se, então, mais um no rol dos desafios do prefeito em 2º mandato. Será o de demonstrar as inconsistências das acusações. Se provar, volta com força política quintuplicada. Caso contrário, os danos políticos serão de grande monta. É um caso em análise que requer a reflexão de duas frases emitidas por dois políticos de grande bitola: a de Tancredo de Almeida Neves que em sua vida pública, ao emitir opiniões, sempre afirmou com a devida cautela mineira. “Vamos deixar primeiro a onda bater na praia e depois com calma, inteligência e sabedoria, analisar a mensagem pela espuma deixada.” A segunda, do grande governador Luiz Henrique da Silveira afirmando que “por enquanto, o único animal que comprovadamente ressuscita é o político. Ele pode ir das alturas ao fundo do poço e do fundo do poço novamente às alturas”. Portanto, aguardemos, pois, os desdobramentos e as investigações cruciais para a emissão de uma opinião equilibrada e responsável. Vamos ver o que vai imperar: um grande segundo mandato, maior que o primeiro ou mais uma vez se concretiza, se materializa a síndrome do segundo mandato, a maldição do 2º mandato, que diz ser o segundo, sempre menor que o primeiro.


UM GOLE D’ÁGUA AO INVÉS DE UM GOLE DE VINHO

Em tempos de ebulição na política, em tempos de pandemia e de rebuliço na economia, um “143 anni dopo” e um 26 de maio triste, perdido, melancólico estava sendo anunciado.

Havia um prenúncio dele no ar. Mas a Live da Rádio Marconi, com a colaboração da Diretoria de Cultura e Turismo, e a imprensa escrita com o Jornal Panorama e Jornal Vanguarda com matérias especiais, conseguiram dar a volta por cima e evitaram um dia vazio e em preto e branco, transformando-o num dia cheio e colorido, com o rei Sol nos mandando o seu amarelo em profusão. Das 7 às 15 horas, a “Voz dos Vinhedos” abriu espaço para que entidades tivessem a oportunidade de cada uma, com seus dez minutos, efetuarem um balanço de suas conquistas no decorrer de sua existência e de divulgar as ações que estavam sendo operacionalizadas no presente, finalizando com um “tanti auguri” Urussanga.

Infelizmente algumas delas no Dia “D” e na Hora “H” optaram por uma ausência, optaram por um comprimido de Doril e um gole d’água, quando deveriam ter optado por uma presença e um gole de vinho. Como diriam os italianos de “Longaron, questi anno fatto uma bruta figura”. No nosso entendimento, salvo melhor juízo ou motivo de força maior, foi um ato falho para com a data magna de nosso município. Que essas entidades assumam uma atitude inversa no ano que vem. Sobre este assunto, e para dirimir dúvidas, o “VAR” foi consultado e o mesmo confirmou a procedência e a coerência dessas palavras.


BURACOS E BANDEIRAS

A Secretaria Estadual de Infraestrutura, que a ela é acrescentado o teórico termo de “mobilidade”, precisa dar “um carinho” no Trevo do Paúra, também denominado de trevo das bandeiras dos Estados. Além dos buracos já martelados pelo Geraldo Custódio no microfone, as bandeiras novamente estão deterioradas, rasgadas, desbotadas pela ação do tempo. Essas inúmeras bandeiras expostas ao tempo duram no máximo dois anos e evidentemente tem um custo. Homenagear os Estados, em nossa opinião, foi uma ação até que bem intencionada, mas um pouco mal sucedida. Melhor seria se na condição de Terra da Cultura Italiana, tivéssemos optado pelas bandeiras das Províncias do país de origem de nossos antepassados. Haveria mais sentido e sintonia. Haveria uma pitada cultural maior.


TANQUE FURADO

Quando você acha que sobre corrupção já viu tudo, eis que no Rio de Janeiro surge o fenômeno “Tanque Furado”. Trata-se da farra na maioria dos gabinetes dos deputados da Assembleia do Rio de Janeiro. Em pouco mais de um ano, os deputados queimaram a respeitável quantia de 1,4 milhão de reais em combustível com os veículos Corola 2.0, o preferido dos políticos. A quantia de gasolina queimada daria para dar 89 voltas ao redor do planeta, segundo a Revista Veja. Teve um deputado, inclusive, que foi apelidado de o “Rei da Bomba”. Ele pertence ao partido Solidariedade. E bota solidariedade nisso. Pode isso, Arnaldo?


PÍLULAS


Registramos com pesar e com um grande sentimento de perda, o falecimento de nosso grande amigo Luiz Savi Mondo, da Localidade de Rancho dos Bugres, aos 66 anos. O Mondo, por décadas, com seu caminhão transportou milhares de pedras, meio fio, paralelepípedos, palanques, esteios e postes de granito pela região, contribuindo para disseminar um de nossos elementos culturais mais marcantes, o granito. Presente nas construções, alicerces, muros, cercas, parreirais, ruas, portais, monumentos... Infelizmente muitas dessas viagens ainda a serem feitas foram interrompidas e muitas amizades foram abreviadas. A nossa era sólida como o granito que transportava. É difícil ou mesmo impossível entender os mistérios e a passagem do sopro da vida por todos nós.

A sede do Minerasil F.C., em Santana, recebeu uma emenda de R$ 200 mil para sua reestruturação. Os recursos foram disponibilizados pelo deputado estadual Felipe Estevão que cumpriu agenda em Urussanga. Uma das construções símbolo de Santana teve um destino melancólico. Uma parte ruiu e outra parte foi demolida. Do ponto de vista histórico-cultural, a emenda chegou tarde. Do ponto de vista recreativo foi e é interessante. Verbas para a restauração da entidade já vinham sendo discutidas desde a época do hexa vereador Omero de Bona, porém nunca operacionalizadas.

Na visita intermediada por Ivan Vieira, Deputado Felipe Estevão também se comprometeu em levar adiante a luta do asfalto para Rio Carvão. Depois dos deputados Décio Lima e João Paulo Kleinübing, agora mais um “deputado de fora” se interessa pelo “imbróglio”. Enquanto que para os deputados da região da AMREC, alguém precisa cantar a eles aquele musiquinha do “silêncio profundo, a menina dormiu”. A ACRIC deve iniciar a segunda campanha pelo manto preto. Deve girar a manivela e fazer pegar novamente o motor do Velho Ford ou Chevrolet 46. Talvez ela necessitará também de um Jeep Willys com tração nas 4 rodas. Precisamos sair desse atoleiro, quer seja em tempos chuvosos ou em tempos de seca. Em Minas Gerais temos a cidade de “Juiz de Fora”, nome este porque os juízes vinham de fora. Será que aqui vamos ter a rodovia dos Mineiros batizada como Rodovia dos “Deputados de Fora”?

Eu não sabia, mas até desconfiava. E você sabia? Que os vegetais representam 85% da massa dos seres vivos sobre a Terra. Que 14,6% são fungos e outras formas orgânicas e que os animais respondem por apenas 0,3%. E 0,1% ainda a identificar. Do cientista italiano Stefano Mancuso.

O Papa Francisco falou de algo sério num tom de brincadeira. “Vocês, brasileiros, não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração”. Será que realmente sobra cachaça e falta oração? Que cada um responda por si mesmo.

Moção de aplausos foi entregue pela Câmara Municipal à Cooperamérica, uma iniciativa do vereador Luan Varnier que em nome dos vereadores afirmou que a Cooperativa dos recicladores é mais que uma cooperativa, é uma família transformando o lixo reciclado em produto para a venda e transformando este trabalho em renda. São 16 famílias que integram a referida cooperativa. Elas pensam no hoje e no amanhã sustentável e deve merecer todo o apoio do setor público. Em nome da Cooperativa Marta Bajack vice-presidente e Mirian Teixeira como secretária agradeceram a homenagem.

A UR-7 Serrinha Rio Carvão/Santana - Sinalização vertical e horizontal sendo operacionalizada. Próximo capítulo: E Deus disse: “Faça-se a luz e a luz foi feita”. Agora chegou a sua vez, vereador José Carlos José, de dizer o mesmo. Faça-se então a luz na Serrinha de Rio Carvão/Santana. Peça o apoio do “Santo Belha”, Zé Bis.


ATTENTI RAGAZZI


Emílio Della Bruna, para nós, é o engenheiro agrônomo da Epagri que mais conjuga teoria e prática no dia a dia de suas atividades profissionais. Vem de Azambuja e de Minas Gerais essa força para engrandecer Urussanga. Esta semana, ele proporcionou uma verdadeira aula de agronomia com o tema Frutas/Planta/Solo/Clima/Homem. Emílio esteve na coordenação e lançará em breve a publicação “Manual de Produção de Uva Goethe”, fruto de um trabalho que envolve 20 anos de pesquisas com a uva Goethe, símbolo cultural maior de Urussanga e Azambuja. A boa terra jamais nega honra e reconhecimento a quem trabalha.



Antônio Valcir “Tiricão” Mazzucco, de Palmeira Baixa, na boleia de seu trator, numa das últimas festas da Madonna Dei Campi em Linha Rio Maior recebendo a benção dos céus. Estava mais feliz do que criança chupando pirulito.



Na semana em que está inserida a comemoração “teórica” do Dia Mundial do Meio Ambiente, registra-se nesta imagem a “contribuição” do homem com a sua absurda e excessiva produção de lixo e a natureza tentando amenizar e suavizar a situação.



Será que também ele, cansado e aborrecido, está na “fila do banco” e optou por uma soneca aguardando atendimento?

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