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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SERGIO MAESTRELLI

SOLTANDO OS CACHORROS


Em tempos de relativo isolamento social, uns insistem em soltar foguete, pipa, balão, rojão, alguns os cachorros, o gato ou o passarinho, e outros soltam o substantivo, o adjetivo, o advérbio e o verbo. E quem soltou o verbo contra a possível liberação de verbas do Governo do Estado, ou seja, do povo catarinense para a duplicação da Rodovia BR-470, cuja obra é de responsabilidade do governo federal, foi o jornalista José Reinoldo Rosenbrock. José Reinoldo é um ícone da comunicação de SC, figura de primeira linha e timoneiro da antiga TV Coligadas Canal 3 de Blumenau, posteriormente RBS TV e hoje NSC. Ele estava inconformado com essa ideia de liberação de alguns milhões, 50,110, 200 milhões. Correto o jornalista. Ele solta o verbo no Vale do Itajaí e nós soltamos o verbo aqui no Sul. O governador tem que se preocupar é com os buracos das rodovias estaduais, asfaltadas ou não, patroladas ou não, com ou sem areão e não com as estradas federais. Deixa isso para o Tarcísio em Brasília. Não deve ajudar o Tarcísio, ele tem que ajudar é o Dalfenbach. Eleito amarrado e pendurado no número 17 na onda bolsonarista que elegeria qualquer nome, até eu, o governador tratou logo de se afastar da onda chutando o balde bolsonarista da água que o elegeu. Dois anos depois, o patrono da chamada nova maneira de se fazer política, já precocemente envelhecida, ensaia um retorno ao ninho e quis ou quer fazer um afago ao presidente Jair. Um regalo, diriam os italianos. E os nossos deputados, quase todos aquinhoados com cargos, emendas e benesses, estão como passarinhos em tempo de muda. Não piam. A reação na Alesc foi apenas de desconforto com essa promessa. Um abraço, José Reinoldo, estamos com saudade de nossas conversas em Timbó na sede do Jornal do Médio Vale que você iniciava assim: Chegou o italiano mais alemão que eu conheço. Bons tempos Rosenbrock, bons tempos.


Ô PAZUELLO!

Vai estourar nas paradas de sucesso o denominado “Xote da Vacina”. Ele está sendo cantado no tom da música “Xote das Meninas” do inesquecível Luiz Gonzaga, a raiz do Nordeste. Se você conhece a melodia, cante agora nesta letra: “Ela só qué, só pensa em namorar. E eu só quero é me vaciná./ Ô Pazuello, vê se te aligera, cloroquina eu não quero, eu quero é a vacina. Assim como tá, não dá prá ficá. Assim como tá, não dá prá ficá. /Ô Pazuello, vê se te aligera, não quero ivermectina, eu quero é a vacina. Assim como tá, não dá prá ficá./Ô Pazuello, vê se te aligera, não quero purpurina, neste carnaval, eu quero é vacina. Do jeito que tá, não dá prá ficá.” A versão da Benedetta é esta. Tem também outras versões com outros versos musicados vagando pela internet.


LULA & BOLSONARO

“Para alguns, Lula passou e Bolsonaro também passará. Mas a manada, não. Estará sempre confinada no mesmo curral eleitoral, à espera do novo pastor. O povo precisa de um pai, de uma mãe, de um mito. Não sabem viver sem alguém a lhes tutelar e apertar o cabresto. Pena! Poderiam ser felizes; não serão. Farinha do mesmo saco. Bolsonaro é o Lula com sinais trocados: dois populistas e extremistas”. A opinião é de Ricardo Kertzman, que é blogueiro, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, reclamou do hospital, brigou com o obstetra e discutiu com a mãe. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração. Tem tudo para a dupla L&B se enfrentar em 2022. É o sonho de consumo do Bolsonaro e parece que o STF quer colaborar imensamente com esse processo. Fritar o Moro na banha, no azeite ou na água fervente é a intenção de ambos.






Enquanto isso numa das lixeiras: “O Brasil que queremos só depende de nós”. É vero? Será mesmo? Tenho muitas dúvidas. Acho que depende mais “deles” do que de nós.





Rodando pela cidade na velocidade de 40 a 45 km/h, o Gordini versão do Sedã Renault Dauphine, criação do italiano naturalizado francês Amédèe Godini, cognominado de “O feiticeiro”. O carro surgiu em 1958 na França e em 1962 foi naturalizado brasileiro pela Willys-Overland. De 0 a 130km/h em 28 segundos, mas não nas mãos do Marcos Bez Birollo e sim com os pilotos Emerson e Wilson Fittipaldi, Chico Landi, José Carlos Pace, Luiz Pereira Bueno e Francisco Lameirão. Cerca de 40.000 Gordini foram produzidos no Brasil e um deles é do amigo Marquinhos. O Gordini é do tempo da expressão “Ai Lisete, que longe!”.



Todos de olho no padre Valdemar Lorenzon Carminatti, o padre bergamasco. Observado, vigiado, fotografado pelo Prado, filmado por outros. Ele está relembrando o conselho de seu pai: “Você não pensa que indo para o seminário e se tornando padre vai se salvar mais fácil. Acho que será mais difícil. A responsabilidade é maior”. Com raízes maternas nas Montanhas de Belvedere e já se aproximando dos 49 anos de sacerdócio, afirma que “o mais santo é aquele que mais serve. Vim para servir, disse ele ao chegar a Urussanga”.


DRIVE THRU


As ações, atividades e eventos a que estávamos acostumados a promover ou participar, foram suprimidas ou sofreram drásticas alterações impostas pelo coronavírus. A maioria requereu profundas transformações ou estão em compasso de espera. Os mais chiques afirmam que elas estão em stand by. Dentro deste contexto pandêmico, muitas organizações e entidades ressuscitaram o drive thru, prática popular já na década de 30 do século passado. Não pense o leitor que o drive thru é invenção desse nosso tempo. O termo chique “drive-thru” é um termo em inglês que significa adquirir produtos sem sair do carro. Acredita-se que o primeiro drive-thru foi aberto em 1947 no Giant’s Red Hamburg, na Rota 66, na cidade de Springfield, Missouri, EUA. Outras fontes citam a origem deste tipo de atendimento como sendo o ano de 1931, com Royce Haley, gerente de uma lanchonete em Dallas, no Texas. Com a recessão de 1929, as mesas da lanchonete que gerenciava estavam vazias. Aí ele ouviu alguém dizer que as pessoas que tinham carro eram preguiçosas e não queriam sair deles, nem para se alimentar. Então tá. Acendeu-se a lâmpada. Ele afixou na porta da lanchonete uma plaqueta com os dizeres “Drive-Thru”. Logo, dezenas de Ford T faziam fila para serem atendidos.


PÍLULAS


De um político urussanguense nem da nova e nem da velha política, simplesmente da política. “Em política nenhuma atitude ou ação é feia. A única coisa feia é perder a eleição. Ninguém admite isso de público, mas é a realidade.”

A Ford foi embora do Brasil, foi para a Argentina, mas antes deixou para a Epagri 70 veículos Ford KA 1.0 e Ford KA 1.5 mediante pagamento, evidentemente. Os veículos serão utilizados para o desenvolvimento das atividades de Extensão Rural e Pesquisa. Urussanga foi contemplada.

Chegou e caiu no meu bolso o meu primeiro lobo Guará. Infelizmente já tive que gastar. Ficou poucos minutos na minha mão. Quando foi embora, ele, o lobo Guará, irônico ainda levantou a patinha nos dando um bye, bye. Na próxima, vou estar mais prevenido. Vou amarrar o bicho.

“Atividade essencial é toda aquela necessária para um chefe de família levar o pão para dentro de casa”. Jair Bolsonaro. E agora José, João, Jaime, Jailson, Jair, Jaimar... Como fica? Nessa encruzilhada entre economia e saúde, lockdown é bom para quem tem o salário garantido no final do mês. E os demais? Situação complicada. Isolamento faz efeito, diz a ciência e os prejudicados deveriam receber medidas compensatórias do Governo.

Um final de semana que passou nublado e deserto. E eu que pensava que cidades fantasmas eram somente aquelas dos filmes do Velho Oeste Americano. Como diria aquele: “Foi-se a foice”.

Uma pergunta para ser respondida mais adiante. Não sei qual a situação mais difícil. Se é o controle da Covid-19 ou combater o despreparo do Governo associado à ignorância da população.

Quando tu pensas que em termos de pandemia no Brasil já aconteceu tudo, eis que surge mais uma: Acidente em Ibotirama/BA. Avião com doses de vacina bate em jumento em aeródromo. Vacinas não foram danificadas, piloto não se machucou e o burrichó fugiu do local com ferimentos e, portanto, mais um sem atendimento ambulatorial. Mais um que não estará nas estatísticas oficiais.

“Vim da praça. Ela tá cheia”, afirmou alguém. E a outra indignada replicando: “é por isso que estamos nessa situação. A grande maioria não respeita o isolamento social.” E o outro retomando a palavra: “calma, calma. A praça está cheia, sim, mas de coelhos para alegrar a Páscoa que se avizinha. É uma ação bem intencionada da Equipe da Cultura” . “Ah, bom!” - suspirou a primeira.

“A Burrice me fascina pela primeira vez”. Não há saída honrosa para uma gestão horrorosa. Até o Egito das sete pragas do Mundo Antigo teve uma praga de cada vez - Do colunista/humorista José Simão, o Macaco Simão, na Band sobre o Ministro da Saúde, o ministro da logística, do “é lógico presidente.” Então, Beto Simão, se deduz que o Brasil está tendo as sete pragas ao mesmo tempo. É isso? Precisamos apelar para o São Bartolomeu.

E como anda o placar do campeonato político dos vereadores na busca de recursos para a cidade? O Grupo “A” buscando recursos sem viajar e o Grupo “B” buscando verbas com viagens. Estão todos na “B”, mas vamos ver até o final do ano qual o time que vai cair para a série “C”? Se os “caseiros” ou os “viajantes”. Estamos registrando os pontos de cada time.

Como anda o seu bolso, conta bancária, cartão? Conhaque de 1777 foi leiloado por mais de R$ 300 mil. Foi destilado antes da Revolução Francesa na época de Louis XVI pela propriedade Yvon, perto de Cognac, cidade do sudoeste da França. Conservado em barril de carvalho, foi engarrafado em 1936. Seguramente para o comprador o valor foi uma ninharia, uma “micharia”, diríamos nós. Como se observa, sempre haverá no mundo alguém para comprar qualquer coisa e por qualquer valor.

Vereador Zé Bis bastante empenhado nas reivindicações da Comunidade de Rio Caeté, desde o seu primeiro mandato sempre em cima do lance. São Jerônimo do Rio América já está ficando enciumado com o Santo Antônio de Rio Caeté, Zé.

Todos falam em lockdown, mas o único lockdown que realmente está funcionando é o do Governo com relação à pandemia. Governo Federal e Estadual parecem naviozinhos de papel perdidos nas ondas do Atlântico. Enquanto nos EUA vacinam 3 milhões por dia, aqui as vacinas são contadas em dúzias. Até parece que estão contando ovos de galinha. Lá vacinam 24 horas por dia. Aqui no Brasil, conforme o rincão, é das 9 às 12; das 10 às 16 horas. Somente até às 17... Sábado e domingo nem imaginar, quanto mais pensar. E o grupo é o dos 82 anos e 1 mês até 83 anos e 15 dias... A semana que vem irão anunciar a nova idade dos aptos a receberem a picada no braço. Ridículo e sobretudo profundamente trágico.


ATTENTI RAGAZZI


A famigerada Lei das Licitações foi tema de nova onda de reclamações na Câmara de Urussanga. Muito se fala em mudar a Lei das Licitações. E não se muda. E você sabe por que essa lei não é modificada? Porque não é de interesse da maioria dos políticos mexer nesse gostoso macarrão al sugo, nesse prato de camarão, neste arroz com funghi, neste excelente bacalhau, nesta picanha bem assada. Para que mexer nisso se a “coisa” está tão bem temperada para eles e para as empresas vencedoras. E o povo? O povo é mero detalhe. Ele que vá trabalhar.

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