O irreverente e inesquecível Padre Carlos Weck completando nesta semana 57 anos de sacerdócio, hoje rezando missas, proporcionando conselhos e fazendo história na "Terra da Cerâmica Vermelha" em Morro da Fumaça. Este sacerdote nativo da localidade de Ribeirão Pequeno, ( Laguna) deixou e deixa marcas indeléveis por onde passa. Aqui em Urussanga, em registro com a secretária da Casa Paroquial Roselita Locatelli Vendrame.
MOMENTO POLÍTICO FOLCLÓRICO
Momento político folclórico: Num passado não muito recente, um prefeito do sul catarinense ao ser eleito e abordado por um repórter assim se posicionou ao responder a pergunta: A que o senhor atribuiu a sua vitória nas urnas? Disse ele: Ao fato de ter tido mais votos que o meu opositor. Meio desconcertado, o repórter passou à segunda pergunta: Quais serão os seus planos agora, prefeito? Disse o alcaide já sentindo as benesses do cargo e do poder: Ah, quero passear e descansar bastante porque a campanha foi pesada e cansativa. E o repórter ainda mais desconcertado não quis insistir mais com perguntas e concluiu: Faz sentido. Obrigado pela entrevista. Quem terá sido o prefeito? Quem terá sido o repórter?
A MISSÃO DO JORNALISMO
A missão do jornalismo vai além do informar uma mera notícia. Tem que ser explicitado quais as causas e consequências desta notícia. O que significa tal fato, tal notícia, tal informação. Jornalismo com conteúdo desenvolve o espírito crítico das pessoas e faz as mesmas pensarem. Alguns não entendem esta faceta. O jornalismo precisa informar e formar. Saber apenas de um fato é muito pouco. Ainda mais em tempos de colheita farta de notícias falsas, mais conhecidas pelo termo chique em inglês: fake news.
O QUE MUDA E O QUE PERMANECE?
Essa é a essência de um interessante artigo publicado pelo Pe. Jerônimo José Brixner.
Desde o surgimento do ser humano sobre a terra, ele sempre se deparou numa encruzilhada, ou num trevo, como se diz atualmente.
Ou permanece ou muda. E agora surgiu a encruzilhada do Covid-19 impondo a modificação de comportamentos e hábitos ao extremo.
O Covid deu uma parada no materialismo excessivo e no “eu” e no “meu”. No meu carro, meu zap, meu notebook, minha TV, minha máquina, meu gravador. Vai ter que passar a ser tudo no “nosso”.
Na educação, forçosamente sumiu a ideia de que educar é com os professores. Os pais trabalham. Agora os pais voltam a desempenhar um papel fundamental na formação dos pequenos.
Na dimensão social, por enquanto adeus a bares, festinhas, eventos, encontros, aglomerações. Agora o convívio social é com a família e para os demais fica o contato virtual.
O Covid-19 deu um verdadeiro chega prá lá com o dia a dia desenfreado, corrido, sem tempo, em todos os setores.
Na religião, por enquanto, com igrejas vazias, a manutenção da fé com missas e celebrações pela TV, Facebook , internet, redes sociais. E saber que há 70 anos, ao montar a Rádio Marconi e exigir que todas as capelas comprassem rádios à bateria para que os fiéis pudessem acompanhar as missas, novenas e a Andorinha Mensageira pelo rádio, tal fato provocou uma enorme agitação no clero a ponto de se por em dúvida a validade ou não de se acompanhar uma missa à distância pelas ondas sonoras da então ZYT-22. Mas o visionário Pe. Agenor permaneceu firme, irredutível e “não arredou o pé”, fazendo uso de uma expressão popular. Suas ideias eram sólidas como o granito. É, viver com a mente à frente de sua época tem um custo a pagar.
O relógio da Nonna Carmella Mafioletti Nesi há mais de 50 anos, nas Montanhas de Belvedere marcando pontualmente com o ding-dong a sua hora e nos mandando um recado: Eu sei a minha, mas você não sabe a tua hora. Agora na parede da casa do neto Valter Nesi.
PÍLULAS
Na segunda-feira, amigo meu do Rio Comprudente se lamentando com relação ao final de semana: preso em casa, andando da casa para o paiol e do paiol para a casa com máscara, sem rumo, não aguentando mais ver a televisão e ainda por cima com o “Bar da Esquina” fechado. Já rachei toda a lenha que tinha que rachar. Até o machado estava meio desconfiado comigo. Esse Covid só pode ser coisa do “Demo” que anda solto por aí. Ele tem razão. Só não vou chamar esse tempo que estamos vivendo como “tempos bicudos” para não ofender o meu amigo Bicudo.
Na posse da companheira Edna Zannin Lopes na presidência do Rotary Clube de Urussanga e da companheira Joanilda De Bona Sartor Contessi na Casa da Amizade na semana passada, com rara satisfação observamos a participação virtual do grande companheiro Walter Mazzi, que assumiu a presidência do Rotary Club Pérola do Vale de Timbó, clube do qual fiz parte por longos anos quando lá trabalhava e residia naquele inesquecível Vale do Itajaí. Timbó e Urussanga para mim representam ouro puro. Para a Edna e Joanilda, um recado. Nas coisas que vocês acham que eu possa fazer bem e ajudar, contem comigo. Naquilo que eu não sou bom, ou não tenho jeito, não contem comigo, mas com certeza podem contar com os demais companheiros e companheiras.
Diz a Justiça Eleitoral que as eleições são necessárias para que se preserve a democracia. E nós perguntamos: Que democracia é essa que trata os brasileiros com tanta desigualdade em termos de saúde, educação, emprego, saneamento... Se democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, não estaremos fazendo uso indevido dessa nobre palavra de origem grega?
Nesses tempos pandêmicos, realmente o mundo continua do mesmo jeito, mas as pessoas viraram de cabeça para baixo, de pernas para o ar, calçando sapatos invertidos e usado a roupa do lado do avesso. Olha o que disse alguém num depoimento à Polícia: “Eu estou a fim de tudo. Eu me mato e depois mato ela”, disse ele. A grande maioria dos brasileiros e brasileiras estão se sentindo como mala de aeroporto em viagem internacional. Gira a baiana 24 horas, não sabe onde está e nem para onde está indo.
Como foi e como é grande o sofrimento do homem em busca do conhecimento para a resolução dos seus problemas. No campo da saúde e da medicina, quantos pressupostos errôneos contribuíram para agravar determinados males. No passado, a medicina considerava um risco para os doentes os locais ventilados, pois as doenças denominadas de miasmas vinham pelo ar, e assim, doentes eram isolados em quartos abafados facilitando o agravamento dos males. Precisamos aguardar a vinda do cientista francês Louis Pasteur para dizer que havia algo mais no ar além do próprio ar. No início da imigração para pessoas com a peste, com febre, cobertas e cobertores em cima delas, quando o correto era água fria no corpo. Num passado recente a medicina alertava que o banho diário era um grande risco para a saúde. Somente os índios brasileiros tomavam banho diariamente, aconselhados pelo Pajé. Como diria Caminha, pasmem, senhores: índios e índias se banham diariamente nos rios e lagoas.
Registramos com pesar que nesta vida terrena ficamos com um amigo a menos com o falecimento do padre Evaristo De Biasi aos 80 anos. Em 2009, o Padre Evaristo De Biasi rezou a 1ª missa da Vindima Goethe na centenária Igreja de São Pedro, na comunidade de mesmo nome. Que Deus o receba de braços abertos com o vinho da eternidade.
Justiça retirou do presídio e decretou prisão domiciliar para o Queiroz. E também para a sua mulher, Márcia, que solta ainda estava. Que diferença faz esta medida, se os brasileiros, pelo menos teoricamente, já estão todos em prisão domiciliar? Esse é o Brasil que temos.
O Governo Bolsonaro caminha para um empate. Saíram ministros competentes e inteligentes como Mandetta e Moro. Por esses dias saiu um ministro que não proporcionará saudade ao próprio Governo e principalmente ao povo brasileiro: o ministro da Deseducação. Ao que tudo indica, deverá cair também o ministro do Anti-Meio Ambiente. Um mandou dizer que era preciso prender os vagabundos do STF e outro que era bom aproveitar a imprensa toda mergulhada na pandemia e fazer passar a boiada. Nessa história de boiada, acho que o único boi que vai passar será ele mesmo.
Jornal de circulação regional publicou nesta semana ampla reportagem com a reclamação dos moradores sobre os bueiros, calçadas com rachaduras e desníveis da Rua Tranquilo Sartor, no município de Morro da Fumaça. Quer nos parecer então que as coisas não estão tão tranquilas assim naquela via. Embora ainda em execução, já se visualiza os famosos serviços “meia sola, meia boca”, ou seja, o tradicional paliativo. Tudo feito com dinheiro público por empresas terceirizadas. As verbas são oriundas do programa com o pomposo nome de “Avançar Cidades”. E as prefeituras parecem que estão com seus Departamentos de Fiscalização no Planeta Marte. Precisamos ficar de olho nas obras similares em andamento em nossa Benedetta.
O Covid-19 já está colocando em perigo a realização do Carnaval-2021. Uma ameaça ao lazer e ao turismo e os milhões que o evento proporciona aos brasileiros e aos estrangeiros. Já no futebol, acredito que 2020 a bola definitivamente vai parar de rolar, com ou sem público. Pelo que observamos através de uma propaganda local, parece que o único que está mesmo na área é o “Mazzuquinho” o mascote do Supermercados Nova Itália. Confirma ou não, Rafael Niero?
Alguém me perguntou o que é assinar “a rogo” . É assinar obrigado? Não. Assinar “ a rogo” era algo muito comum no passado. É com o devido consentimento, assinar no lugar do outro que não tem condições de assinar por algum motivo.
ATTENTI RAGAZZI
“O Companheirismo do Rotary em Urussanga é imensamente intensificado pelos bons vinhos. Vivemos uma época em que o clube terá que trocar a roda com o carro em movimento, mas o Rotary jamais vai se curvar perante o Covid-19”. Governador do Rotary, Adriano Zanotto, em seu discurso na posse de Edna Zannin Lopes como presidente do Rotary Club de nosso município.
Do Jornal Tribuna Criciumense fundado em 02.05.1955. Publicado na edição de 21 de abril de 1973, Ano XVIII do jornal, Edição 920.