A CULTURA EM PAUTA
Ocorre nesta segunda-feira, dia 04, das 19 às 22 horas, a Conferência Municipal de Cultura com diversas oficinas envolvendo a discussão de temas primordiais. A conferência busca analisar a situação atual, encontrar soluções, propondo ações, projetos e políticas públicas. Estão convidados artistas, escritores, artesãos, agentes públicos, fomentadores culturais, empresários, entidades, professores, mestres e mestras, trabalhadores da cultura em geral, a juventude e toda a sociedade urussanguense. É preciso dar um rumo à nossa cultura, que gostem ou não gostem, anda “meio” à deriva. Já estivemos em pedestais mais altos e mais visíveis no Sul Catarinense. Estamos perdendo o protagonismo cultural em muitas áreas. É preciso deter essa tendência. Poder Público e a sociedade organizada, juntos irão reverter esse rumo. A discussão ocorre em seis eixos, dentre eles, identidade, patrimônio, memória... O convite para todos é da presidente do Conselho Municipal de Cultura, Maria Alice Batista, a guardiã da Biblioteca Pública Municipal. A conferência visa tirar esta área da inércia e inseri-la no contexto estadual e nacional. E não custa registrar mais uma vez que não discutimos pessoas e sim ideias. Como diria o filósofo italiano Giordano Bruno, aquele queimado na fogueira da inquisição pela Igreja Católica por suas ideias, “devemos matar o pecado, jamais o pecador” e em termos de pecados que afrontam a cultura urussanguense, existem muitos.
O PRIMEIRO PIX
O Pix chegou à Rua do Sapo, pessoal. Na semana passada ocorreu o primeiro Pix na Atafona do Derdi Maestrelli. Daiane Baesso, em nome de seu pai, Paulo Baesso da localidade de Azambuja, fez o primeiro pagamento da moagem de milho, via Pix. Foram 15 kg de farinha por R$ 20,00. Com o tempo, veja a mudança da forma de pagamento pelos serviços prestados: Do escambo (5 litros por misura) para o fiado na caderneta. Do pagamento em dinheiro para o cheque; Do cartão para o Pix. O uso do cheque despencou 93% desde 1995 com o uso dos cartões de crédito e principalmente com o Pix, que teve início em novembro de 2020. Olhe a tirania dos números. Foram 104 milhões de cheques e 9,74 bilhões de Pix. Teve um tempo que Pix era apenas uma picada da assustadora injeção. Urussanga teve até um “Peixe” que aplicava injeção diariamente na Farmácia Santa Terezinha do Gilson Mattos. O Roberto Lopes, um peixe, hoje vivendo muito bem fora d’água em seu recanto no Alto De Bridão Alto. Para complementar a matéria: Para quem desconhece, escambo significa pagamento de uma dívida envolvendo a troca de mercadorias, uma prática que surgiu na Pré-História, no período neolítico. Misura é uma medida visando quantificar um produto, termo muito utilizado pelos nossos imigrantes. Uma misura equivale a 15 kg ou 20 litros.
TASSO AQUINO FUTEBOL CLUBE
A Localidade de Rio Deserto já teve trem, telefone, teatro, escola, estação meteorológica (desde 1923), cabo aéreo que chegava com suas caçambas carregadas de carvão à localidade procedente de Rio América. Já teve casa com piscina na década de 50. E por lá atuou o maior engenheiro da história do carvão: O Dr. Tasso Crespo de Aquino, da CCU. E teve também um time de futebol que levou o seu nome. Em 1965, o time assim entrava em campo: Bortolato, Vânio Piacentini, Ildo Copetti, Eraldo Darella, Tadeu Araújo, Valdemar Echamendi ( Mazinho), Pedro Catinga, Otávio Zannin, Toninho Zannin, Jaci Echamendi, Luiz Luciano (Bugre do Rio América), Valmor Echamendi, Décio Luciano e Ilbe Dal Bó. O nome dos atletas ou os seus apelidos de guerra foram resgatados mediante uma conversa com Ilbe Dal Bó, Valdemar Echamendi (Mazinho) e Toninho Copetti. No verso da foto original, o registro – Valdemar Echamendi – 25/04/1965.
Ilbe Dal Bó, morador do Bairro da Figueira, vestiu a camisa do time em 1965. Nós esquecemos de perguntar se ele fez gol, se foi suspenso ou expulso em alguma partida naquelas memoráveis tardes de domingo. A mesma pergunta deveria ter feito ao Valdemar Echamendi, que ninguém conhece, mas todos conhecem o Mazinho, que também vestiu a camiseta do time.
PÍLULAS
O pau da polenta não para de “andar em torno” na Benedetta. E o Derde que se prepare, porque o consumo de farinha de milho anda aumentando. Agora ainda mais com dois clubes da polenta na cidade. A polenta é itinerante. Na última movimentação, a polenta da Sociedade Recreativa Urussanga pulou para o Pizzeria Cappo Del Mondo. As pedras das atafonas vão gastar rapidamente. E os nossos agricultores que tratem de ampliar a área de milho, grano turco, biava, el sorgo, zaldo... Neste final de semana, Urussanga viverá mais um dia de polenta. A X Sagra della Polenta no Centro de Pastoral da Matriz. Para comer polenta e tomar vinho, vem até um trem lotado para a Benedetta.
Progressistas e emedebistas anunciando encontros partidários. O time azul no Salão da Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus em Rio dos Americanos, rebatizado não sei por que para Rio América Baixo. O time vermelho escolheu o Salão da Igreja de São João Vianney em Rio Carvão Baixo. Os dois partidos com um ponto em comum. Ambos se reunindo no ponto final onde o respectivo asfalto foi por eles implantado.
Um peixe morre em duas etapas: a primeira pela boca e a segunda pela falta de ar. Portanto, cuidado com a boca e sempre respire fundo. É meu amigo: enquanto uns vão, outros já “vortaram”. E outros dizem “Já vamo e já vortemo”. Nesta vida, em alguns momentos, todos nós podemos desempenhar o papel de “peixe”. Portanto, attenti é.
Tem alguns servidores públicos, que nesta condição são pagos pelo povo, que ainda irão cair, tropicar, trupicar ou tropeçar na própria arrogância e empáfia. E vão dar de queixo no granito. É só o tempo da goiaba ficar madura, como diria o Albert, aquele da bomba. Por outro lado tem servidores cujo atendimento é prá lá de impecável. Que você servidor, se encaixe na 2ª opção. Bom para o cidadão, excelente para você.
ATTENTI RAGAZZI
E o busto da Anita na praça, a ela dedicada pelos urussanguenses, provocando uma guerra cultural quase do tamanho da Revolução Farroupilha, da qual ela participou e conheceu nesta guerra o seu grande amor. Pedestal de concreto e azulejo incendiou as redes sociais e parece que a Anita, depois de meses de espera, foi recolhida pelas Manas Bonetti. A Praça Anita se reveste de verde e de pedra. Todos os monumentos da praça têm no granito a sua base ou na sua totalidade. Portanto, a solução passa por um pedestal de granito e “se fini”. Concreto até se justifica se a base permanecer escondida, enterrada, não ficar visível. Como diria Sherlock Holmes, aquele famoso detetive inglês: “Elementar, meu caro Watson”. Vereador Gilmar Trevisol, presidente do Conselho Municipal de Turismo, já avisou às Manas que doa o granito. Então, como diria o italiano “tutto a posto”. Uma verdade precisa ser registrada. A burocracia amarra demais as ações e decisões na gestão pública. Destempera a paciência de qualquer um.
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