Pelos caminhos de Bellun

Neste último final de semana, resolvemos deslizar a caminhonete pelos caminhos de Rio dos Americanos, Rio Caeté, Rio Deserto, “Montagnú”, Siderópolis/Bellun e voltamos à Benedetta pela Rodovia Dionísio Pilotto, encerrando na Avenida Marcos Costa. Em nosso interior, em vários pontos, lixeiras com sacolas alcançando o 3º andar e em muitas, lixo esparramado num círculo de 5 metros ao redor delas. Trilhamos o caminho de Siderópolis/ Urussanga e observamos um asfalto muito bem feito com drenagens, calhas e canaletas muito bem executadas até a Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Terminado o trecho asfaltado, começou uma realidade pior do que nos tempos da imigração. Começa com uma pomposa placa informando: “área de jurisdição da SIE (Secretaria de Infraestrutura)” que tem muito pouco de infra e de estrutura. Depois da placa sinalizando a Rodovia Dionísio Pilotto coberta pelo mato, a via sacra de valos, buracos, pedras, estrada em desnível, borrachudos, lombadas normais e lombadas invertidas. Senti compaixão daqueles que necessitam usar a rodovia diariamente ou frequentemente. E convêm registrar que no percurso desta estrada temos dois santos poderosos: Santo Antônio e Santa Rita de Cássia. No antigo Deinfra, nas últimas décadas no comando do órgão regional sai italiano, entra alemão, volta italiano e “tutto fermato”. Será que há um acordo entre o Deinfra e os cineastas urussanguenses Ives Goulart e Luiz Fernando Machado se comprometendo a não mexer na estrada para algum documentário sobre o início da imigração? É inadmissível e vergonhosa tal realidade em pleno século XXI. O órgão deveria respeitar o cidadão usuário e deveria também respeitar aquele que dá nome à rodovia, o ex-prefeito Dionísio Pilotto que inclusive, foi quem adquiriu a primeira patrola da nossa história. Ajuda a dar um empurrão nesta ação, Nini. O órgão rodoviário não roda, não patrola, não tapa buracos, não coloca areão, não providencia canais de drenagem, não roça, não sinaliza. Sejam estradas de chão ou asfaltadas, o tratamento é o mesmo. Já no projeto de duplicação da SC-108, os ilustres engenheiros das salas de ar condicionado deixaram os moradores das Comunidades de Santa Luzia e Curva do S sem acesso. Como se vê, sai Moreira, sai Moisés, entra Jorginho e nada acontece. E o povo, a exemplo das ovelhas, só abaixa a cabeça e continua pastando. Quando o povo deixar de ser menos ovelha e se tornar mais lobo, a coisa muda.
700 EDIÇÕES
Nesta semana completamos 700 edições da coluna no Jornal Panorama.
Somadas às 919 edições dos jornais A Tribuna, O Semanário e Jornal do Médio Vale do Município de Timbó, lá se vão 1619 edições. Acrescenta-se os programas “Pelo espaço Rural” da Acaresc/Epagri na Rádio Cultura de Timbó, “A Rádio da Nossa Vida”. O programa Informativo Rural e o “Attenti Ragazzi” com a Rádio Fundação Marconi, “A Voz dos Vinhedos”.
Nesses 42 anos de escrita e de microfone, apenas uma vez recebemos uma contestação seguida de intimidação e ameaça de processo. Foi aqui, com uma entidade urussanguense, por ela discordar do que havíamos escrito e falado. Aceitei a contestação, e dei espaço idêntico para que a entidade expusesse a contra argumentação, a réplica como se diz, e que o leitor/ouvinte tirasse suas conclusões, porém não aceitei a intimidação de “ou se retrata ou ameaçamos ir à Justiça”.
Não me retratei porque era minha opinião e não mudaria de ideia. Aliás, a ideia não era apenas minha, mas também do Bispo. Apenas concordei e comunguei da mesma. Como apenas viram a matéria e não a leram, não observarem esse detalhe.
Então disse eu com a calma bíblica de Jó: “Processem eu e o bispo.” Aí a iniciativa brochou, murchou como flor nos 41º graus de tarde de verão, com a sensação térmica de 43, como diria o Coutinho.
Nesse episódio, duas máximas: a primeira que sou partidário do filósofo Voltaire que disse: “Posso não concordar com nenhuma palavra do que dizeis, mas serei o primeiro a defender até a morte o direito que você tem de dizê-las, pois o homem é um ser livre”.
A segunda é que “sou responsável por aquilo que falo num microfone ou por aquilo que escrevo. Não por aquilo que você interpreta”.
O que eu escrevo está registrado no papel e o que eu falo no microfone está devidamente gravado. Não tenho por hábito postar nas redes sociais e depois, pela repercussão negativa, correr a apagar. Isso tem nome e se chama “covardia”.
VISITAS MISSIONÁRIAS
No ano jubilar missionário com a Diocese de Criciúma comemorando 25 anos, está ocorrendo nos lares urussanguenses a visita missionária. No dia 1º de maio recebemos a visita do trio formado pelas missionárias: Irmã Salete, Marinelza Donato dos Santos Zuchinalli e Dorly Melo Ceron.
A visita foi proveitosa, sublime e abençoada. No início, a acolhida com o 1º momento da Escuta e Anúncio, seguido da Palavra de Deus. No 2º momento a Benção da Casa e no 3º momento, as Preces seguida da Benção Final. Foi um bom momento espiritual.
Benditos os pés daqueles e daquelas que caminham para evangelizar em nome do Senhor. Quem já recebeu a visita vai concordar comigo e aquelas famílias que ainda serão visitadas certamente também concordarão.

O designer “Michael da Ceusa” fez aquela paella para os funcionários da Rádio Marconi visando registrar e comemorar o Dia do Trabalho, que a cada ano vai sendo cada vez mais esvaziado aqui no Brasil, porque o dilema é: comemorar o que?
“Supimpamente” temperada, teve tripla repetição.
Unindo o comer com o saber: Paeja, paella, vem do latim “Patella”, prato, bandeja usada na antiga Roma.
PÍLULAS
Já que se passaram100 dias e enquanto o Vale Picanha do Governo Lula não vem, a dupla Rozinei e Rosana do Programa Festa Sertaneja resolveu sortear uma picanha mediante um concurso de palavras ou frases difíceis de serem pronunciadas: Uma delas é o clássico “O que é original nunca desoriginaliza”. Outra é “A Xuxa tem a Sasha”. Lá se vão semanas e a picanha permanece no freezer por falta de acertadores. Vai acumular igual a mega sena.
“A mudança positiva só vem pela educação e pelo trabalho”. Vereador Erotides Borges Filho, o Tidinho.
Passamos de carro a 10km/h pelo Parque e observamos um único senhor trabalhando na reforma do Restaurante San Gennaro. Não conversamos com ele, mas informações obtidas por outras vias, dizem que o mesmo não estará concluído para o Ritorno. Apenas para a Festa do Vinho. Já entramos no segundo mês numa verdadeira operação “um sarrafo e uma telha por dia”.
E saber que a Equipe do Ilmo Alves do Rio Molha executava tudo em dois dias. Missão para o Dado. Faça valer a sua condição de presidente da Ritorno com relação às obras no Parque que afetarão a festa.
Em cada sessão da Câmara há minutos de curto circuito nos relacionamentos. E aí, para acalmar os ânimos e evitar possíveis “vias de fato”, entra em ação o amigo representante do Bairro Brasília, Roberto Soares, o Galo, que da plateia grita: “Calma pessoal, calma. Vamos tomar um café com uma bolachinha.” Serenai-vos irmãos.
Enquanto isso, caçando com funda e picareta sem cabo, o gaúcho com grande vontade vai tentando consertar a entrada do Parque. Aliás, Urussanga não tem apenas haitianos e baianos aqui trabalhando. Têm também gaúchos. Temos o Gaúcho do Parque e o Gaúcho da Defesa Civil e do Cemitério, ambos trabalhando no módulo acelerado. Cada um com seu perfil. Enquanto uns põe o pé no acelerador, outros põem o pé no freio de pé e a mão no freio de mão.
Presidente do Poder Legislativo mandando um recado aos seus pares, afirmando e avisando que o projeto da Internet que foi aprovado não tem pai. E acredito também que nem mãe.
Câmara Municipal enviando mais um ofício ao antigo Deinfra, hoje SIE, para limpar os acostamentos da Genésio Mazon. Se empilharmos todos os ofícios que nos últimos 20 anos a Câmara de Urussanga enviou a este órgão, uma Kombi não transporta todos. Já na viagem de volta de Criciúma, ela vem totalmente vazia. Não há e nunca houve uma resposta, quanto mais a execução das obras solicitadas.
Será que o órgão não consegue visualizar tais problemas? Acreditamos que o titular do órgão, o Honorato, poderia e deveria ser mais sensato. Não há “ritorno” do órgão aos pedidos. Nem ritorno, nem festa do vinho e nem Vindima Goethe.
Estamos acompanhando uma equipe de TV circulando por Urussanga e pelos demais municípios que integram os “Vales da Uva Goethe”. Eles seguem o rastro da uva e do vinho Goethe na linha do tempo e suas ramificações atuais. A pedra arregalou os olhos da equipe.
Agostinho Vendramini, em eleição bastante “acirrada e disputada”, foi eleito presidente do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Como registrou o vereador Bonetinho, ser presidente do hospital é encarar broncas. Tem razão. É bronca financeira, é bronca dos médicos, é bronca dos pacientes, às vezes bronca dos funcionários e outras broncas de menor calibre do dia a dia. Êxito nessa missão espinhosa, Agostinho, e espelhe-se em Santo Agostinho, um dos grandes doutores da Igreja.
“Uma fatia de polenta é boa. Duas é melhor.” - Padre Gilliard.
Bonetinho em Florianópolis em audiência (pasmem, senhores) numa 6ª feira com Alice Kuerten em busca da Creche-vovô, já transformada em Creche-Dia. Projeto que se destina aos idosos durante o dia e que à noite eles retornam aos seus lares.
É só Bolsonaro, Ucrânia, 8 de janeiro, Rússia, carteira de vacinação, jóias. Bolsonaro dita a agenda do Governo Lula. Quando é que o Governo Lula vai se livrar deste varejo, vai se descolar do Governo Bolsonaro e começar a enfrentar os problemas macro do país?
ATTENTI RAGAZZI
Vereador Fabiano, exaltado da tribuna, citando Stálin, que afirmou uma das mais “verdadeiras News”. É do comunista Josef que trucidou e assassinou milhões de russos a pérola: “Quem controla a mídia, controla o povo”.