A CIDADE DO “OI”
Vereador Odivaldo Bonetti utilizou a tribuna nesta semana e, com firmeza e conhecimento de causa, espetou um nervo exposto. O nervo exposto das obras públicas e suas malfadadas trajetórias. O edil relacionou um rol de obras que estão rolando. Um rol de obras iniciadas, paralisadas, abandonadas, não concluídas, um verdadeiro rosário de lamentações. Valores que nunca batem, porque são sempre necessários aditivos, adendos, e os prazos para a conclusão são datas, apenas, para “inglês ver” e conferir. Em algumas, em seu pronunciamento, nem o próprio vereador acreditou nos prazos para conclusão. Quem dirá o povo. De solução, as obras viram problemas com pesadelos e dor de cabeça para muitos, enxaquecas em alguns. Das obras, citou-se 60% executado, 26% executado, 19% executado... Na realidade, o termo correto seria “mal executado”. Combinaria melhor com a realidade que se constata, quando se verifica in loco. Legislação inadequada, Poder Executivo de mãos atadas e as empresas terceirizadas fazendo a farra e desrespeitando despudoradamente a população. Que enrosco! A essência do problema, vereador, não está apenas nas ditas obras iniciadas, paralisadas e inacabadas. A essência do problema está na implantação dessas obras com a qualidade próxima de zero e na implantação agrega-se a morosidade, a demora exacerbada, o amadorismo, o desleixo, a meia-boca, a meia-sola, o fatídico paliativo... Com isso, rasga-se o dinheiro público. Tem obras, inclusive, que desafiam abertamente a Lei de Newton, que afirma que tudo está em movimento. Mas elas estão é “paradinhas da Silva”. Implanta-se uma rua e, em 15 dias, as lajotas se soltam, caminham e dançam o seu samba, por um leito e assentamento inadequados. Se for asfalto, ele trinca e se esfarela. Começam uma obra, se vem o operário, não vem o carrinho; se vem o carrinho, não vem o operário. Se vem a retroescavadeira, não vem o material. É uma falta de planejamento total e seguramente proposital. A cidade não do “oi”, sinônimo de olá, olé, alô, do como vai, mas, sim, a cidade do OI de “Obras Inacabadas”. Será que, além do termo “La Benedetta”, vamos receber, também, o título da cidade do “OI”, (das obras inacabadas)? Registra-se que esta situação não é exclusividade do nosso município. Elas permeiam por todos os municípios, independentemente de partido político. Tal prática lesa o dinheiro do povo, numa parceria entre empresas privadas irresponsáveis, políticos e funcionários públicos corruptos. Nessa história toda, o povo só é chamado no “ato final”, ou seja, no pagamento da farra. Infelizmente, ainda faltam várias gerações para este país se tornar um país sério, de respeito e grande. Mas o dia chegará. E por enquanto o povo apático, anestesiado, segue a sua sina de ovelha, quando deveria atuar como lobo. Aí, meu amigo, tudo se resolveria e tudo iria para os devidos trilhos.
EMIR, XEQUE, CALIFA, SULTÃO...
Em tempos de Copa do Mundo no Mundo Árabe, saiba o nome dos títulos que designam papeis de liderança no Oriente Médio e/ou nas sociedades islâmicas: Emir - Vem do árabe Amir, que significa “comandante” ou “príncipe”. Xeque - Se lê “xeique”. É um título árabe, que data da antiguidade, ou seja, é anterior ao surgimento do islamismo. Referia-se originalmente a “um homem venerável de mais de 50 anos de idade”. Califa - Califa significa “sucessor” em árabe. Na história islâmica, trata-se de um governante da comunidade muçulmana. Sultão - O sultão é, originalmente, de acordo com o Alcorão, uma autoridade moral ou espiritual. O termo, no entanto, passou a representar poder político ou governamental e, a partir do século 11, vem sendo usado como título por soberanos muçulmanos.
O Zé da Ioná do antigo Mercado Ceara. Ele não é tão alto assim como demonstra a foto. Isso se chama apenas ilusão de óptica.
Isto se chama Primavera e não o clima que estamos vivendo, tão louco quanto à política.
Eloni Luiz de Jesus ou simplesmente o amigo Loni, da Vidraçaria Temper Rio, antiga Kéios Vidraçaria, uma empresa que prima pela transparência. Mais um amigo de infância da Rua do Sapo.
O Padre Giliard Cesconetto Gava. Ele foi ordenado sacerdote no dia 7 de maio deste ano no Principado de Caravaggio em Nova Veneza. Aqui num jantar em Urussanga, no Centro de Pastoral da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Um conselho ao amigo: Cuidado com a Gula, um dos sete pecados capitais. Mas em comemorações especiais, abre-se uma exceção.
PÍLULAS
- Rua Paulo Aires Zanelatto: Aqui cabe perfeitamente o bordão legislativo do vereador Gilson Casagrande: “O que que é isso minha, gente?” Que exemplo marcante de obra pública tocada “nas coxas”. Vai disputar com o sistema de drenagem da Serrinha de Santana o título da pior obra pública do ano. A Avenida Marcos Costa vai ter que passar a faixa. Tá difícil de decidir. Talvez, vai ser preciso consultar o VAR. De um lado, lajotas desniveladas, passeio público com obstáculos. De outro, passeio público interrompido em vários trechos para salto à distância. Ideal para atletas. Vereador Bonetinho afirmou que lá tem um buracão. E tem mesmo, vereador. Só que o buracão maior não está na natureza, mas, sim, no projeto pessimamente elaborado.
- O perigo que veio do Oriente. Japão bateu a Alemanha e bateu a Espanha. No jogo contra os espanhóis, Morata abriu, Ritsu empatou e Tanaka virou. Entre o Morata e o Tanaka, deu Tanaka e, ainda, com a assistência do Mitoma. Vai tomar na Copa. E a Alemanha tomou mesmo. A Alemanha se salvava se fizesse 7 gols. Só que este jogo não era com os brasileiros, que amarelaram em 2014, em casa, e sim com a Costa Rica. Desta vez, a Alemanha não teve calma. Teve um karma.
- Outro time do Oriente, a Coreia mandou a “Celeste” para o inferno, de volta ao Uruguai e o mesmo tempo Portugal sentiu o Hee-cham, ou seja, sentiu o Tcham e seu chute a gol que balançou a rede portuguesa.
- O repórter policial Marco Búrigo vive periodicamente anunciando: “A Polícia constatou um veículo em atitude suspeita...” Temos dificuldade de identificar tal situação, Marco. Então, me diga, qual é a aparência de um veículo em atitude suspeita?
-Alemanha e Costa Rica: nos memes, a frase “Que deus te ilumine”, digo, “Que deus te elimine”, torcia a Mônica. E pela primeira vez, com o apito nas mãos das mulheres: a francesa Stéphanie Frappart, árbitra; a brasileira Neuza Back, como bandeirinha, acompanhada da mexicana Karen Diaz.
- Obra pública paralisada na Linha Rio Maior há quatro meses, segundo o vereador Ademir Bonomi, anda impedindo que os fiéis mais idosos cheguem à Igreja Madonna Dei Campi para suas orações.
- De certo modo, não dá para ficar triste com a vitória da Seleção do Camarões, uma vitória de todo o continente africano. Eles merecem um pouco de alegria. Para os brasileiros, apenas mais um jogo. Para eles, um jogo inesquecível. Na seleção canarinho, reservas e camisa azul foi uma mistura que não deu certo.
- O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o seu advogado, Cristiano Zanin Martins, como responsável pelo relatório sobre cooperação judiciária internacional e estratégia nacional de combate à corrupção. Como diria um amigo meu para essa situação e outras semelhantes ou correlatas: “Mas que barbaridade!”.
Para Deltan Dallagnol, “piada pronta”.
- Ouviu-se: “Todos os municípios têm seus buracos, mas buraco quente ou frio só Urussanga tem. Não deixa de ser um diferencial”.
- Tradicionalmente, os jornais em suas edições colocam assuntos de grande repercussão na capa. Depois, vem o noticiário político, econômico, crônicas, colunistas e, normalmente, as últimas páginas da edição são ocupadas pelo noticiário esportivo e policial. Achamos que tal distribuição deveria mudar. Poderíamos colocar a página política e, na sequência, a página policial. Afinal, a política está cada vez mais parecida com a página policial. Isso facilitaria a compreensão dos fatos pelos eleitores.
- A Espanha, nesta semana, teve o seu dia de “toros” e caiu frente ao Marrocos. “Fiasco de Espanha- Marruecos nos manda para casa”, afirmou manchete de jornal espanhol. Foi uma tarde de “toros” e não de “ toreros”. Caiu a seleção espanhola e caiu junto a empáfia e o salto alto do seu técnico Luis Henrique Martinez Garcia. O ego, o superego, a soberba, a empáfia, ser o bambam, o “me acho”, o ser “boçal” sempre sobrevivem por um período, mas no final o resultado é sempre o mesmo. Eles caem da escada. Não precisamos ir para o Catar para comprovar tal performance. Tivemos exemplos clássicos aqui na Benedetta.
“Quando não se tem condições de combater o argumento, se combate o argumentador”. Citação do vereador Luan, na última sessão legislativa.
ATTENTI RAGAZZI
Vi uma placa de uma obra com a seguinte frase: “Estamos cuidando do seu futuro”. Seria bem mais benéfico para o povo se transmitissem a mensagem “Estamos cuidando do seu presente”. Por que este futuro não chega nunca. Ouço desde o curso primário que o Brasil é o país do futuro. Pura utopia até o momento.
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