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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI

Duas imagens separadas por 80 anos na linha do tempo.


A Sub-Estação de Enologia em 1943 e a Estação Experimental da Epagri de Urussanga (EEUR) em 2022.

A referida instituição foi inaugurada em 9 de agosto de 1942 e não no dia 8, como foi divulgado pela própria empresa.

Foi um presente do Presidente Getúlio Vargas ao povo urussanguense, para homenagear o vinho Goethe, o denominado “vinho branco de Urussanga”, servido no Copacabana Palace e no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede do Governo Federal.

Você chega a ela, trilhando a Via Goethe, inaugurada com asfalto em 2006, no Governo Luiz Henrique da Silveira. Lá, você pode degustar um vinho Goethe na Sala de Degustação de Vinhos Adamo Ceron, que homenageia o primeiro produtor de uva Goethe do nosso município. (A imagem é da Capa do livro “A Estação Experimental da Epagri de Urussanga, a Estação do Vinho Goethe”).

TIA NEGA

“Por toda a vida duas palavras te definiram. Resistência e Fé. Desde criança, uma vida enfrentando batalhas que muitos não resistiram. Ela soube enfrentar as adversidades com resiliência. Deus que sempre foi o seu Norte e Jesus seu melhor amigo, te queriam perto deles. Uma tia que, desde a infância, inspirava suas sobrinhas. Companheira de jornada e de orações.

Se preciso fosse, carregava-as no colo. Incansável nos cuidados e na atenção. Seus sobrinhos foram todos tratados como filhos. Ela, em sua missão na Igreja, espalhou o amor.

Cativou dezenas de jovens na catequese. Acreditou no seu Deus e na sua Igreja como última morada.

Aos nossos olhos e corações, foi embora cedo demais, mas aos olhos do Senhor foi missão cumprida com méritos e louvor. Que a luz de Deus te envolva, Tia Nega. Que encontres o descanso dos justos. Tu que dizias: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças”. Parte da mensagem da sobrinha Lucila Helena da Silva De Bona no momento de despedida de sua tia Neusa Maria da Silva, da Rua do Sapo, falecida no dia 18 de agosto, aos 64 anos. Lindas palavras, Lucila, lindas palavras.


O ASFALTO DO RIO CARVÃO NO COLO DO VAMPIRO


O asfalto para o Rio Carvão já esteve no colo do ex-governador Eduardo Moreira. Já esteve no colo do deputado João Paulo Kleinübing. Já esteve no colo do deputado Padre Pedro, no colo do deputado Felipe Estevão. Por um longo período, esteve no colo do deputado Zé Milton e, agora, segundo fontes politicas, está no colo do Deputado Vampiro. Nesse assunto de areia movediça, apenas duas certezas: a 1ª é que a protelação da obra nada tem a ver com problemas técnicos envolvendo bueiros, cercas, pedras, pontes ou barrancos. É um problema essencialmente político. E político vai continuar sendo por um longo período. Se você discordar, corre o risco de receber um diploma com um título bem sugestivo. A 2ª certeza é a de que qualquer anúncio a partir de agora até o dia das eleições, independentemente de partido político, será apenas e tão somente pauta eleitoral. É preciso avisar os políticos de que Rio Carvão não é a terra dos tansos e nem a terra dos “nhanhi”. Para o eleitor primeiro a obra, depois o voto. Já para os políticos a máxima se inverte. Eles querem primeiro o voto, depois a obra. Com exceção das novelas da Globo, esta cena não vale a pena ver de novo. Os bilhetes da rifa da festa da Madonna della Salute deste ano, Coca, seriam vendidos imediatamente, se o 1º prêmio fosse um “20 metros de asfalto em frente à sua casa”. Talvez esse seja o caminho mais viável para se obter o manto preto estendido.



José Eugênio Soares, ou Jô Soares, carioca da gema, humorista, nos deu adeus no dia 5 de agosto. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, ou Chico Anysio, cearense de Maranguape, falecido em 23 de março de 2012. O humor brasileiro está de luto. O humorismo com fina ironia é a mais sutil e inteligente forma de criticar algo que se julga errado. Ambos foram mestres nessa arte. O Brasil ficou sem dois gigantes do humor. A Pátria está incomensuravelmente menos alegre. Ambos deixam personagens, humor em tom máximo e obras imortais. Entre os dois houve um diálogo que precisa ser registrado. “Você tem medo de morrer? Não. Eu tenho é pena”.


PÍLULAS


  • Na 4ª feira, dia 24, a história brasileira registrou os 68 anos do suicídio do presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Um urussanguense, Raulino Volpato, estava lá naquele fatídico dia em que o presidente registrou o “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.

  • No início do ano 2000, a Festa de Nossa Senhora da Saúde, em Rio Carvão, voltou para o seu nome original – “Madonna Della Salute”. Anos mais tarde, na Linha Rio Maior, a Festa de Nossa Senhora dos Campos, voltou para a sua nomenclatura anterior “Madonna Dei Campi” e, agora, a Festa de Nossa Senhora da Natividade, em Coxia Rica, volta a ser a Festa da “Madonna Dei Bambim”. Logo teremos a “Madonna Del Caravaggio”, em Rio Comprudente. Isso se chama preservação de nossas tradições, de nossa cultura.

  • “As pedras do Fred”, depositadas na Serrinha, “a toque de caixa”, lá adormeceram em local inadequado há praticamente 100 dias. Elas não se movimentam sozinhas, ou seja, é preciso que alguém as empurre para o devido local. Entretanto, convém registrar que tal ação pétrea constitui apenas um esmerado paliativo. Encher o local de pedras não resolverá o problema. Apenas ameniza o visual e nada mais. E como o que os olhos não veem o coração não sente... fica a sensação que com tal ação rasteira, tudo estará resolvido. Mas não estará. Enquanto isso, o local vai sendo preenchido por restos da construção civil e depósito de lixo embalado. E tudo isso em área de preservação permanente e em local de inúmeras nascentes. Por enquanto, somente as costumeiras declarações de “estamos monitorando”, tanto por parte da Diretoria de Obras, quanto por parte da Diretoria de Meio Ambiente. Por enquanto, temos apenas a placa “Em Obras” e suas doze marcas de bala disparadas por alguém com sua cota de paciência já esgotada.

  • Você conhece a teoria do “Sempre tem um para incomodar?”. Serve para o carpinteiro, e serve para o mecânico. Meu pai dizia que, de cada dez pregos, sempre tem um que nasce torto para incomodar o carpinteiro. Para o mecânico, de cada dez parafusos, sempre tem um que dá problema. Nasce torto. Sentimos essa teoria na prática num dia desta semana.

  • O mundo está realmente em mudança constante e imprevisível. Nesta semana, o meu amigo desde a adolescência, Luiz Carlos Piva, filho de meus padrinhos de Crisma,Valmor Piva e Zulma Spillere, saiu da aposentadoria da Ilha da Magia e veio para o Rio Maior efetuar a poda das parreiras do sítio “PPR – Piva-Pilotto-Romeu” . Ele contou com o apoio do ex-epagriano Armando Della Vedova. Dizem que a Ronedy custou a acreditar nesta ação do Piva, mas milagres acontecem.

  • Portal da Transparência foi o tema do técnico da Prefeitura Municipal, e colega colunista do Jornal Panorama, Mauro Paes Correa. Convidado pelo Poder Legislativo, ele arrolou problemas, limitações, falhas, omissões e suscitou algumas indagações, havendo muitos “mas” a serem consertados e aprimorados.

  • Na ordem do dia, na sessão legislativa desta semana, o projeto de lei que declarava de utilidade pública a “Associação Trilheiros Lama na Veia” bateu na trave e não foi aprovado.

  • A moção de aplausos por iniciativa do vereador Ademir Bonomi aos integrantes da Polícia Militar Sargento Edno Carmelio Dutra, Soldado José Flavio Marques Malgarise e soldado Cauê Mota Ramos, em virtude do cumprimento do dever, colocando suas vidas em risco, em recente operação num incêndio para salvar vidas, produziu aplausos dos presentes de pé. O comandante Tenente Coronel Sandi Muris de Medeiros Sartor afirmou que reinava o sentimento do dever cumprido e que ele como comandante manifestava respeito e honrosa continência aos homenageados. Em nome dos homenageados, falou o sargento Edno, natural de Rio América.

  • Moção de Aplausos também ao Presidente da Coopercocal, Lourival de Mello, o Belha, pela conquista do título de 3ª melhor distribuidora de energia elétrica pela ANEEL. A iniciativa foi do vereador Luan Francisco Varnier. O Belha, cujo apelido remonta ao seu período de trabalho na empresa CEUSA, afirmou que ao trabalhar não busca homenagens, mas, sim, desempenhar com responsabilidade sua missão e anunciou mais uma obra. A partir de hoje à noite, a rodovia que liga Rio América a Belvedere receberá 60 luminárias LED. Então, a noite se transformará em dia naquela rodovia.

  • Como afirmou aquele, se Brasília tem a ANEEL, Urussanga tem o vereador NEL. Tudo empatado. E por falar em energia elétrica, querem tirar a “energia” do Zé Bis.

  • Palestra intitulada “O Caos Contemporâneo e a Era da Ansiedade” do professor e escritor Luís Felipe Pondê constitui um assunto muito apropriado para os nossos dias.

  • Estamos vivendo a fase do “Combo”. Em nossas festas religiosas, não tem mais essa de “reservar ou encomendar o churrasco”. Agora, a moda é reservar ou adquirir o seu “Combo”. Combo é uma palavra de origem inglesa. É abreviação do termo “combination”. Em português seria sequência, combinação. No caso, a combinação de churrasco, salada, maionese... E viva o nosso colonialismo cultural.

  • Urussanga tem inúmeros desafios e, agora, se acrescenta mais um. Edith Crema Fontanella desafiou o Paiolon do Programa Esteiro de Aroeira a subir o Morro da Brasília, leia-se Rua Marcolino Trombim, correndo. “Aceito o desafio”, disse Paiolon, “desde que você desça a mesma rua numa carretilha ou num skate”. Parece que o desafio vai ser monitorado pela Diretoria de Esportes.


ATTENTI RAGAZZI

Dona Giselda Trento Mazon, uma das mulheres do vinho urussanguense, ex-presidente da Associação ProGoethe e proprietária da Vigna Mazon, passou o dia com cróstoli, ouvindo o tim-tim das taças com o vinho Goethe Augusta e o estouro de espumantes pela passagem de seu aniversário. Nos registros históricos do Padre Agenor, a Giselda é mencionada como uma das mulheres urussanguenses mais lindas de sua geração. Então, beleza, simpatia, vinho e longevidade fazendo parte dela e de sua família. Tanti Auguri, Dona Giselda.



Leitor nos remete uma foto da Rua Almirante Barroso, envolvendo a falta de educação ambiental. Troncos de árvores servindo de suporte para o nosso lixo de cada dia. Esse péssimo exemplo que viceja e prospera na Praia da Esplanada não pode se disseminar e vigorar em nossa cidade. Assim sendo, solicitamos à Diretoria de Meio Ambiente que faça o corte desses troncos na rua Almirante Barroso. Não é necessário “cortar o mal pela raiz”, apenas cortar rente ao solo já resolveria. Desse modo, eliminaria aquele visual indesejado e deprimente. Essa ação não leva nem 11 minutos para ser efetivada e não requer licitação. Aliás, não entendemos o porquê esses troncos foram mantidos. Perguntar não ofende, apenas esclarece. O autor do serviço inacabado poderia esclarecer.

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