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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

SÉRGIO MAESTRELLI




JAHIR MENEGHEL


Falar sobre o ser humano Jahir Meneghel não é falar de uma página de jornal, de um áudio da Rádio, de um livro. É falar de uma enciclopédia. Jahir foi referência em muitas áreas de Urussanga, na economia, na religião, na cultura, na educação, na política. Mente e memória invejáveis. Foi um empreendedor nato, uma grande energia. Não foi vela e nem lamparina. Nem 110 e nem 220 volts. Foi 200 mil volts, de segunda a segunda. Jahir, e Jair com H, deixa para Urussanga uma história de grande densidade política (fundador, vereador, presidente da Câmara, candidato a prefeito, presidente do MDB), econômica e cultural como muito poucos deixaram. Foi um grande arquivo histórico. Empreendedor nato, ele deixa um grande legado, um grande exemplo, uma grande obra não apenas para sua família, mas para Urussanga como um todo. Deixa a Chapam, Empresa Cidadã reconhecida pelo Rotary Club, deixa a empresa mais antiga em atividade em Urussanga funcionando como uma orquestra sinfônica a seus filhos e netos. Seus antepassados, seus nonos, seus pais, do céu devem olhar para baixo, para a terra e sentir enorme orgulho de seus descendentes. Jahir, ao lado de sua esposa Maria Scarpato, teve os olhos voltados para o futuro e também para o passado. Ele evitou um dos grandes desastres culturais de nossa história. A demolição da Igreja de Pedra de São Gervásio e São Protásio em Rio Maior, que continha e contém a religiosidade e o espírito arquitetônico dos imigrantes italianos, dos cassanos de Erto-Casso. O guincho da CCU já estava a caminho para demolição da igreja. Jahir, raposa política com lastro e visão cultural, na época da vereança, numa manobra da boa política entrou com um projeto de lei para definir a Igreja como patrimônio histórico municipal. Ele evitou que esse patrimônio viesse ao chão. E hoje, a igreja de pedra de arenito do Rio Maior é patrimônio tombado pelo IPHAN. Na última confraternização da Chapam - 85 anos, em maio passado, aos 91 anos e com grande lucidez, utilizou os microfones afirmando estar totalmente realizado, pois ele conseguiu transmitir o empreendedorismo para seus filhos e netos. Jahir se disse “feliz e realizado pois os filhos pegaram firme e os netos vem na mesma direção. E com garra”. Em seu semblante identifiquei o olhar apaziguado daquele que tem a consciência do dever cumprido. Chapam levando o sobrenome Meneghel e o nome Urussanga para o Brasil e fora dele. Jahir não apenas soldou peças, soldou o futuro de muita gente. E porque existe gente assim é que existem vencedores. Grande Jahir Meneghel, Urussanga se orgulha de ter tido um cidadão deste quilate, ou na linguagem popular dos antigos, desta bitola. Urussanga seria bem menor se não houvesse a sua passagem e as suas marcas. Jahir e seus filhos com a Chapam literalmente fizeram e fazem La Benedetta rodar sobre duas rodas. Por isso a comunidade o homenageou. Ao lado dos amigos João de Pellegrin e Abílio Vendramini, ele recebeu justa homenagem do 2º Moto Praça em plena Praça.

O incansável Jahir Meneghel é um exemplo para as novas gerações. Quando o visitamos no início deste ano, não estava na Chapam e sim no horário de “folga e lazer” limpando a rua em frente a sua empresa com a idade de 91 anos, completados no último dia 2 de janeiro. Exemplo de cidadão.

Dele é o registro: “Como é bom ser bom”.

Foi um homem do bem e quem fez e faz o bem, não corre o risco de no futuro sentir na alma o mais amargo dos castigos - o castigo do arrependimento, pois o presente e o futuro podem ainda ser mudados, mas o passado nunca mais.

Falei um pouco sobre seu Jahir Meneghel. Faltou muito.

Que seus familiares recebam o nosso carinho, o nosso abraço e o carinho e o abraço de Urussanga. Como é bom ser bom.

Uma homenagem do Jornal Panorama.


9ª SINFONIA DE BEETHOVEN COMPLETA 200 ANOS


Foi em Viena, na noite de 7 de maio de 1824.

Ludwig queria que a sinfonia fosse um hino com a força do Deus salve o Rei da Inglaterra ou da Marseillaise da França.

Segundo o italiano Emmanuele Baldini, trata-se deu uma obra tão fundamental que, se os ETs chegassem à Terra, a Nona Sinfonia seria a melhor maneira de mostrar o que é a nossa civilização.

Em 1989 ela foi lembrada na queda do Muro de Berlim pelo maestro americano Leonard Bernstein.

Atualmente essa sinfonia é o Hino da União Europeia.

Foi trilha sonora dos filmes Laranja Mecânica de Stanley Kubrick e de Duro de Matar.

Surdo, Beethoven não conseguiu ouvir a orquestra tocando a sua Nonna Sinfonia.





Uma paisagem do nosso Meio Rural. Uma imagem de fazer brilhar os olhos azuis, verdes, castanhos e pretos lá na localidade de São Pedro. Por mais incrível que pareça, tem alguns que não gostam do verde, não gostam do granito. Eles preferem a árvore caída, o manto preto do asfalto sempre esburacado. Para aliviar, entender e explicar esses casos paranoicos nasceu Freud na Áustria.


PÍLULAS


  • “Tombo da Polenta” prestes a se tornar patrimônio cultural e imaterial de Urussanga e de Santa Catarina. Se o ato for concretizado, um golaço do deputado Pepê Colaço.

  • O jornalista Sérgio Costa anunciou em sua coluna o fechamento do jornal Diário Popular de Pelotas/RS depois de 133 anos circulando ininterruptamente.

  • Por cinco anos, na época da universidade, fui leitor deste jornal e passamos a tesoura em muitas notícias e artigos. Vivíamos o período militar, mas não era a tesoura da censura e sim a tesoura do arquivo histórico.

  • “A Casa da família Brognoli na localidade de Rio Caeté tem o que se denomina de capricho europeu”. Olha aí, não o Janguinha Esportivo e sim o Janguinha Cultural. Ele que, segundo consta, deve muito a Santo Antônio.

  • Sobre a Rodovia dos Mineiros. Na visão de Fabiano Murialdo De Bona, presidente da Câmara de Vereadores, o político só acorda quando o povo vai para a rua e até agora sobre o asfalto, “muita galinha, muito canto e pouco ovo”.

  • Então, que os nossos representantes políticos se concentrem no ovo e deixem o canto para o Aldo Baldin, Cantando Si Vá, Coral Santa Cecília, Quarteto de Itália, Banda Campari, Bandalheia, Dado e Kuki Savi Mondo, João Cechinel...

  • Rio Maior celebrou no último domingo a festa em honra aos padroeiros São Gervásio e São Protásio na igreja de pedra, patrimônio cultural.

  • Após a missa, o tradicional “completo serviço de bar e cozinha”. Pela primeira vez pelo interior, além do fiado ou do pagamento em dinheiro ou cheque, a opção cartão e PIX. Deve ser iniciativa do amigo super tecnológico Basílio Mazzucco.

  • Logo, logo, teremos o atendimento assim: Churrasco magro disque 1, churrasco gordo disque 2, lombinho de porco disque 3, gasosa disque 4, maionese disque 5, linguiça disque 6. Porção de sacol ou torresmo disque 7. Vinho disque 8, cerveja disque 9 e finalmente dízimo disque 10.

  • É a informática te colocando no cabresto, quer você queira, quer não queira.

  • Brasil tem 24,3 milhões de endereços sem número e 2,7 milhões de ruas sem nome. O carteiro sofre e como sofre. O amigo Rui, que agora cuida da Birra del Nonno, escapou dessa.

  • No dia 13 de junho em Rio Caeté, nas preces da missa, foi esquecido um pedido a Santo Antônio: olhai pela Escola Alda Brognoli Marcon. Esperávamos que a procissão com o padroeiro ocorresse no sentido de Rio Caeté/Rio Deserto, como manda a tradição, e não na direção Rio Caeté/Urussanga. Assim o santo teria a oportunidade de voltar o seu olhar para aquela escola. Mas nada disso foi preciso.

  • São Antônio fez o seu milagre. No final daquele dia, o Prefeito Nandi anunciou nova ordem de serviço para se “tentar” terminar aquela reforma. Pelo menos roçada e retirada de entulhos já tiveram início. Nem a Muralha da China demorou tanto.

  • Sobre esta obra pública, símbolo da incompetência pública aliada à safadeza de empresas irresponsáveis, a mesma poderia ser pauta de TCC dos alunos da UNESC ou UNISUL como exemplo de Gestão Pública que debocha do cidadão pagador de impostos.

  • Em janeiro do ano passado, o então prefeito Gustavo convocou a imprensa e no Salão de Atos anunciou um pacote de obras para sacudir Urussanga. Afirmou, inclusive, que um servidor seria designado com a missão exclusiva de acompanhar e fiscalizar tal pacote. Ao lado do Paço, a Câmara também anunciava a criação de uma Comissão de Fiscalização das Obras Públicas. Alguém poderia nos informar qual o CPF desse servidor fiscalizador e em que estágio a respectiva Comissão se encontra? Perguntar não ofende, apenas esclarece situações.

  • William Anders, astronauta autor de “Earthrise”, a foto histórica da Terra vista da Lua no ano de 1968 com a missão Apollo 8, morreu aos 90 anos pilotando um avião num acidente aéreo no estado de Washington.

  • Na festa do Sagrado Coração de Jesus, co-padroeiro de Urussanga, que aconteceu no início deste mês, na celebração religiosa o Coral Santa Cecília cantou um dos mais tradicionais hinos do mundo católico, o “Coração Santo, tu reinarás”. Depois, foi da Matriz para a fortaia no Centro de Pastoral completamente lotado. Uma boa ideia que deveria se repetir na festa da Padroeira N. S. da Conceição em dezembro. Transformar o almoço em janta. Transforma salão vazio em casa cheia.

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil é uma “encrenca”. E emendou: “as decisões de políticos e grandes empresários nem sempre são pensando no país”. Vale para Brasília, Florianópolis e Urussanga, Sucupira e Tubiacanga.

  • Do vereador Arcângelo De Noni Filho, o Caio – “Vamos ver se a fumaça sobe ou desce. Ou se nem tem fumaça”. E se não tem fumaça, Caio, muito menos o fogo.

  • Eis que repentinamente adentra no recinto da Casa Legislativa o Secretário Bráz Ciseski dirigindo palavras ao vereador Luan. Está criada nova polêmica, um novo terremoto político. Parece que os vulcões Etna e Vesúvio entram novamente em erupção na Benedetta, distribuindo lava para todos os lados. Um fósforo foi riscado e as faíscas podem provocar um grande incêndio.


ATTENTI RAGAZZI

Como diria o engenheiro agrônomo Henrique Preve, atual Diretor de Meio Ambiente, “em caso de dúvida ou pendência, venha conversar conosco”. Então, nós iremos, aliás, já fomos. Agora é aguardar, a curto prazo, as medidas cabíveis de interesse da comunidade.

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