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SÉRGIO MAESTRELLI

Foto do escritor: MARCIA MARQUES COSTAMARCIA MARQUES COSTA



2024- Um ano sem Festa do Vinho e sem Ritorno Alle Origini. Um ano senza “vin” e senza “massa”. Pra relembrar, nosso amigo Janinha - o Vânio José De Bona Sartor, cansando os braços na cozinha nas Festas do Vinho, nas Ritorno e também nos 90 anos do Monsenhor Agenor Neves Marques.


PÍLULAS


  • Muito se fala em “Economia Solidária”. Seria porventura aquela em que há uma combinação entre marido e mulher para se economizar ou nada a ver?

  • Dizem alguns, como o ex-vereador Omero, que a política é a arte de dialogar, de conversar. Já outros afirmam que a política é a arte de enrolar. E agora José, João, Jair, Jorge, com quem vocês concordam?

  • A Rede Globo foi hostilizada na cobertura das enchentes do RS. Não sabemos o que tem de fato e de fake, mas as redes sociais andam questionando também a ação das Forças Armadas na tragédia do RS. Muitos indagando onde está o braço forte e a mão amiga? Um internauta afirmou que não observou soldados em ação, mas uma gurizada zoando. Um vídeo mostra um caminhão militar sendo rebocado por tratores civis seguido do comentário de: “Se houver uma guerra, nós precisamos nos esconder debaixo da cama”. Gurizada ou piazada são termos muitos utilizados pelos gaúchos para designar pessoas jovens e sem experiência.

  • Outro vídeo bem mais cômico registra a logística do Exército Brasileiro para carregar um caminhão com garrafas de água. “Porque não aproximaram mais o caminhão, vivente”. O ministro da Defesa irritado e indignado registrou: “vamos sair das trincheiras ideológicas”. As cenas cômicas viraram memes, rendendo uma onda de críticas no Twitter. Quer nos parecer que o Exército saiu chamuscado desses episódios. Chamuscado não pelo fogo e sim pela água. Coisas do Brasil.

  • Olhe, observe, reflita e tire suas conclusões sobre este paradoxo: enquanto municípios como Cocal do Sul lutam por milhões junto ao Governo, Urussanga busca nos cofres estaduais, pífios recursos para buracos sobrando e o mato vicejando na Rodovia Genésio Mazon. Enquanto municípios vizinhos são agraciados com recursos estaduais na ordem dos milhões, Urussanga vai recebendo recursos na ordem dos “mil”. Mil para isso, mil para aquilo, mil para aquele outro. O nosso município sempre com as migalhas que caem das mesas do poder.

  • Como diria aquele de Bellun: “Vai que me toca ir prá Criciúma, com todo o serviço que tenho em casa. Dio Santo”.

  • Tempo bom era aquele tempo de “roubar” carambola e limãozinho, duas frutas exóticas do Retiro Pamir. Era o nosso percurso depois das aulas. Logo as Irmãs Beneditinas suspenderam o percurso e o caminho foi fixado apenas pela rua General Osvaldo Pinto da Veiga. Chegar a pé ao Colégio Rainha do Mundo e dele sair era a regra e o momento adequado para muitas peraltices entre os colegas.

  • “Hoje é dia 10. Não vá se esquecer dos boletos” – Jornalista Joel Bernardo. Já com relação às obras de duplicação da SC-108, por enquanto não passam de um ensaio, disse ele. E nós acrescentamos: um ensaio seguido de um balaio de transtornos e de perigo iminente para motoristas afoitos e desavisados. Quanto às lagoas, acho que teremos peixe na próxima Semana Santa a preços módicos.

  • Radiche pão virou a vedete dos quintais em Urussanga. Repolhudo e crocante. É o almeirão pão. Não importa o nome científico, os nomes comuns ou os apelidos pelos quais ele é conhecido. O importante é ele estar na mesa numa bacia com azeite de oliva e vinagre de vinho. Na mesa, com um bom vinagre, ninguém resiste.

  • O Diagnóstico Socioambiental, visando redefinir as distâncias para construções às margens de rios e córregos, deve seguir para a análise do Conselho de Meio Ambiente. Atualmente a legislação prevê que as construções devem obedecer ao distanciamento de 50 metros dos cursos d’água. As alterações para reduzir essas distâncias, como eram esperadas pelos proprietários dos terrenos, poderá sofrer um esfriamento global. Depois do desastre ambiental no Rio Grande do Sul, o assunto irá provocar novas polêmicas. O momento é de um “pé atrás” e a tendência é da aplicação de uma legislação mais rigorosa em determinadas áreas.

  • Depois das cheias do Rio Grande do Sul, começa-se a compreender que o aquecimento global e suas consequências é uma realidade a dois metros de você. Não é mais uma miragem. Culpar apenas a natureza é burrice. Desrespeito à legislação, construções irregulares, ocupação irregular do solo são itens que precisam ser “indiciados” no processo.

  • Tik e Tok já foi apenas o barulho do som de um relógio. Hoje o TikTok, a rede chinesa, incendia o mundo e provoca um barulho bem maior. A rede está no centro de uma disputa entre americanos e europeus contra os chineses. Tem muito mais que apenas “videozinhos curtos”.


ATTENTI RAGAZZI


“O sempre não existe para ninguém.” – Pe. Carminati.






Zampra e Derdi, uma dupla da Rua do Sapo sempre presente no Salão de Festas de Rio América Baixo, não dispensando o churrasco, o vinho, a cerveja e a roleta. Já com relação à presença de ambos nos bancos da igreja, no momento da missa, não posso confirmar.


AO PL URUSSANGUENSE


Rodovia dos Mineiros - A obra é estadual. Por isso o PL, o partido do Governador catarinense, deve ser envolvido no processo. O Diretório do PL de Urussanga formado há pouco tempo por um grupo entusiasta de jovens políticos, reforçado com a filiação de ex-pepistas, poderia, ou melhor, deveria deixar de lado as questões varejistas das planícies, tão comuns em nosso meio político e assumir uma bandeira de peso que precisa tremular. O asfaltamento de Urussanga/Lauro Muller, via Rio Carvão/Santana/Itanema.

O assunto voltou a ser discutido no Paço Municipal com lideranças comunitárias, mas entendemos que o assunto é do Partido Liberal. O PL não pode surgir apenas para abraçar questões varejistas e sim questões macro que promovam o desenvolvimento de Urussanga. Não pode mais entrar na vala comum dos demais partidos, anunciando operação tapa-buracos, roçadas em rodovias estaduais, 200 mil para 200 metros de pavimentação com ou sem lajotas, 150 mil para um telhado de escola, 100 mil para hospital, 50 mil para um abrigo de ônibus, 30 mil para um parque infantil, 10 mil para tubos de drenagem, anúncio de veículo popular para algum setor da administração pública. São recursos pulverizados que mal fazem cosquinha e contribui muito pouco ou quase nada para o efetivo desenvolvimento do município.

São ações pulverizando recursos que não resolvem a equação “Urussanga”. Cabe ao PL mudar este roteiro.

Fazer política vai além de promover essas ações de pequeno porte. Assim sendo, o diretório do partido, através de seu presidente, Clezinho Fréccia, e demais integrantes, Sérgio Maccari Júnior, Stevan Arcari, Rafael Sandrini, Victor Favro, Jades Gastaldon, Jaderson Roque, sem maiores delongas devem se atirar ao lavoro. Porque passado um ano e meio, o placar eletrônico para Urussanga entre o ex-governador Moisés e o atual Jorginho não sai do 0 x 0. Até o fechamento desta edição do jornal, em termos da atuação do Governo Estadual “Nella Nostra Benedetta”, em nada se alterou. O que é, é, o que não é, não é. Simples assim.

Já passou da hora de ser mexido neste placar. Moisés com Urussanga não fez gol, perdeu gol feito, perdeu pênalti. Foi somente bola na trave. Um governo tão incompetente nas obras e no traquejo político. Tanto é que mesmo como a máquina na mão, nem no segundo turno chegou, entregando a vaga e a missão para o PT no estado mais bolsonarista do Brasil. O outro Moisés conseguiu cruzar o mar vermelho, o nosso não. Que o diga o deputado Zé Milton, então líder do governo, e os vereadores urussanguenses a ele ligados. Segundo eles, o dinheiro da obra já estava reservado. Balela pura, pura balela. Nesta trajetória histórica percorrida pelo asfalto, o que se constata nas entrelinhas, foi uma união multipartidária num bem bolado processo político visando enrolar a comunidade e empurrar o problema para o futuro. Então, como diria o italiano, “em fati” o diretório deve correr atrás do apoio explícito do deputado Jessé Lopes, depois deputados estaduais do PL catarinense e também da deputada federal Júlia Zanatta e, quem sabe, esse nó ela desata. Agora que não venham anunciar o início dos trabalhos em setembro, véspera da eleição. Aí, meu amigo e meu inimigo: nem a Tansinha, a vaca símbolo do nosso sítio em Rio Carvão que viveu incríveis 25 anos, vai acreditar. A bandeira do PL de Urussanga deve ser o asfalto de Rio Carvão e o pedido ao Governo ser somente este. Prioridade única. Quando se levanta muitas prioridades, não se tem nenhuma prioridade. Os demais pleitos até podem existir, mas para o partido deverão ser apenas bandeirolas e bandeirinhas. A Bandeira é a Rodovia dos Mineiros. Urussanga não sairá do atoleiro, do “pântano” como diz o italiano, e da areia movediça em que se encontra, com ações varejistas e pulverizadas ao máximo. Como diria um grande amigo meu quando sempre encerra o seu discurso – “Tenho dito” e no nosso caso, “tenho escrito”.


QUEM É MAIS IMPREVISÍVEL? O CLIMA OU A POLÍTICA?

Que a política não tem lógica, não é algo racional, isso se sabe há milênios. Ela é mais imprevisível que o próprio clima. Ela desafia a física, a química e a matemática, juntas. Em política, a regra normal é que quando o bloco adversário vai mal, o outro bloco vai bem. Assim, o que é desgraça para um lado se transforma em graça para o outro. Parece que sim, mas não é bem assim, principalmente se tratando de Urussanga. Não foi o que ocorreu por aqui. O afastamento do prefeito impacta o PP, mas também de certo modo atingiu o MDB, tradicional adversário com alguns estilhaços e mudou substancialmente as peças do tabuleiro do xadrez político que se movimenta de modo cada vez mais imprevisível. Quem se desenhava como vice numa possível coligação com o MDB, virou cabeça de chapa. Tal realidade força o partido Rosso/Nero, na expressão do PPK, a redefinir caminhos. Como diria o Monsenhor, os caminhos da política são mais misteriosos que os caminhos do Senhor. É vero. Na política aqui na Benedetta, até as eleições, vai passar por baixo da ponte do Rio Urussanga e do Rio dos Americanos tanta água quanto a que infelizmente inundou o Rio Grande do Sul trazendo dor, sofrimento e desgraça.


RODOVIA DOS MINEIROS

Novas reuniões no paço entre Poder Público e lideranças comunitárias tendo por tema a Rodovia dos Mineiros. Nada de barulho de máquinas. O barulho continua apenas e tão somente no papel. Continua imperando a burocracia. Agora o mote é que os estudos de impacto ambiental estarão concluídos pela UNESC dentro de um mês. Estão nos reajustes finais das chamadas “medidas compensatórias”, afirmou o diretor de Meio Ambiente, Henrique Preve. Sou defensor radical do meio ambiente, e mesmo com a formação de engenheiro agrônomo, não consigo vislumbrar quais impactos ambientais a estrada pode causar numa área com água, terra e vegetação totalmente degradadas pela mineração inadequada do carvão no passado. A rodovia dos Mineiros voltou para as manchetes dos jornais e continua no sistema “enrola-enrola”. Nem as fábricas de papel higiênico saberiam enrolar tão bem esse processo quanto os nossos políticos de todos os partidos. Falta vontade política de alocar recursos. Esse sim é o fator que causa grande impacto ambiental.



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