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Relógio da torre volta a funcionar

Foto do escritor: MARCIA MARQUES COSTAMARCIA MARQUES COSTA

Um vendaval no final do mês de janeiro deste ano mostrou a fragilidade dos patrimônios históricos urussanguenses diante das destrutivas intempéries climáticas e, ao mesmo tempo, a força reconstrutiva que o amor pela história e a união são capazes de revelar.

Após o vento ter arrancado a ponta de um dos ponteiros do relógio que desde a década de 1920 está afixado na torre ao lado da igreja matriz Nossa Senhora da Conceição, no centro de Urussanga, uma equipe de sentinelas do passado passou a trabalhar para que o relógio voltasse a funcionar.

Para averiguar a situação Fernando Copetti, José Carlos Saccheti, Gilson Fontanella e Adelchi Cecchinel estiveram visitando a torre.

Adelchi, um dos sócios da Estrametal, juntamente com os irmãos Lúcio e Cleber, tomou para si a responsabilidade da retirada dos ponteiros. Uma semana após a verificação inicial do problema, foi utilizado um caminhão munck com uma gaiola para dar segurança ao funcionário da Estrametal que fez a retirada dos ponteiros.



Nascia outro problema: os ponteiros estavam completamente corroídos pela ferrugem e não havia condições de recuperá-los. Surge, então, a necessidade de confeccionar peças novas e, por intermédio da Família Meneghel e sua empresa ligada à metalurgia também desde a década de 1920 - a Chapam, a esperança de ver o relógio voltar a funcionar se fortificou.

A tarefa não foi fácil e, para recuperar algo tão antigo, foi necessária a utilização de modernas tecnologias e muitos cálculos feitos em programas de computador. Isso porque era imprescindível que os novos ponteiros tivessem o mesmo peso e tamanho dos antigos, além de o design continuar sendo o da época de sua fabricação.

Tarefa dada, tarefa cumprida.

Cortados a laser, os ponteiros em alumínio com pintura eletrostática foram entregues pelo patriarca da família- Jhair Meneghel ao pároco Giliard Gava, em ato simples e histórico para a Chapam.

Mais uma vez a Estrametal foi chamada e respondeu enviando seu caminhão munck e funcionários para firmar os ponteiros de volta na torre, fazendo com que o relógio colocado a 19 metros de altura do chão volte a informar as horas para os urussanguenses.

Praticamente um mês e meio de dedicação e trabalho conjunto, para recuperar mais de oito décadas de história do relógio que foi adquirido pelo segundo pároco de Urussanga - Padre Luigi Gilli e que simboliza a saga imigratória vivida pelos italianos que construíram a Benedetta Capital do Bom Vinho.




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