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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

Procurador da República fala de recuperação das áreas degradadas em Urussanga

“Urussanga sozinha tem mais rejeitos do que todas aquelas barragens que desabaram em Minas Gerais” afirmou o Procurador


O procurador da República Dermeval Ribeiro Vianna Filho esteve na Câmara de Urussanga na reunião desta terça-feira, dia 21, e detalhou o andamento da recuperação ambiental das áreas degradadas pela exploração do carvão no município, principalmente na comunidade de Santana. O representante do Ministério Público Federal (MPF) esteve no Legislativo atendendo a um convite feito pela Câmara por meio de requerimento apresentado pelo então vereador Jailton De Bona Sartor (PP).

Vianna Filho foi direto ao ponto e disse que não trazia boas notícias. Segundo ele, a recuperação ambiental ainda caminha a ritmo lento e muitas pessoas não têm noção da importância de avançar com mais celeridade nesse sentido.

“Urussanga sozinha tem mais rejeitos do que todas aquelas barragens que desabaram em Minas Gerais. Para o desastre de Mariana, a Samarco estava aprovisionando R$ 150 bilhões. Não se gastou até hoje, na região, nem R$ 1 bilhão. E o que a região perdeu em atividade econômica por conta dessa degradação? Isso tudo nunca foi calculado”, detalhou o procurador.


O futuro

Dermeval Ribeiro Vianna Filho demonstrou preocupação sobretudo com as áreas de responsabilidade da União.

“A União quer jogar para 2040, praticamente. Não podemos esperar tanto. Eu estou debatendo em juízo e, também, com essa mudança de governo recente, pedi audiência com o Ministério de Minas e Energia e com o Ministério do Meio Ambiente”, relatou. “Minha maior briga hoje é levantar efetivamente o tamanho do problema que a gente tem aqui”.

O representante do MPF destacou a necessidade de envolver todos os interessados na solução do problema, em especial as administrações municipais e as comunidades. Ele avalia que o Governo Federal deveria assumir as consequências de um programa governamental que incentivou a mineração e deixou os resíduos depositados na região. O procurador pede um programa eficaz de recuperação ambiental, que também seja capaz de transformar economicamente a região. “Não adianta apenas ter uma área bonita para mostrar. A gente precisa ter ganhos ambientais significativos”, afirmou.

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