Panorama: Prefeito, como está sendo este primeiro mês do seu segundo mandato?
Gustavo: Estamos num ritmo muito forte. Demos uma reformulada no secretariado, como já foi anunciado. Pequenas mudanças, mas mudanças que entendíamos serem necessárias.
Nesse segundo momento estamos fazendo um planejamento do nosso segundo mandato levando à risca todos os nossos compromissos passado para a nossa população durante nossa campanha. Estamos fazendo um levantamento orçamentário para sabermos como fazer todas as obras lançadas em nosso Plano de Governo e mais outras demandas que nós tínhamos aqui e que não conseguimos terminar em função da Covid em 2020.
Enfim, estamos na fase de planejamento financeiro para que o segundo mandato se torne mais produtivo e mais
realizador ainda do que o primeiro mandato.
Panorama: Falando em planejamento e finanças, quanto pesa no balancete da PMU o financiamento feito na administração passada?
Gustavo: Esse financiamento, na época, nós já tínhamos feito este estudo financeiro. O Município iria encerrar algumas grandes dívidas que nós tínhamos, a exemplo do Parque Municipal.
Então, toda a estimativa na época de percentual de endividamento da prefeitura veio a se concretizar, sendo que hoje o endividamento da prefeitura fica abaixo de 3% ano. E isso faz com que tenhamos tranquilidade para com o pagamento deste financiamento.
Estamos até fazendo uma avaliação dentro deste levantamento orçamentário, da possibilidade, inclusive, de buscar uma nova linha de crédito.
Panorama SC: Soubemos que há um valor aproximado de 40 milhões para as obras que devem ser feitas nesse seu segundo mandato. Há possibilidade de se buscar mais um financiamento para realizá-las?
Gustavo: Nós temos grandes ações e, dentro dessas que estávamos falando sobre demandas e compromissos de campanha, um orçamento rápido que fizemos e que ficou em torno de R$ 45 milhões. Muitas dessas ações irão reverter em renda para o município, com o caso de uma segunda área industrial, o caso de uma aquisição da terceira, enfim, várias dessas ações vão também gerar renda ao Município. Há sim um estudo e a possibilidade de fazer um novo financiamento para acelerarmos, ou seja, anteciparmos essas benfeitorias e estas geradoras de empregos e renda no município de Urussanga, na mesma linha de raciocínio do primeiro financiamento.
Panorama SC: A Câmara e a maioria que, em tese, o Senhor traz tranquilidade? Muda algo em relação à sua primeira administração no relacionamento com o legislativo?
Gustavo: Hoje temos um bom relacionamento com a Câmara de Vereadores e isso é importante para a cidade. Um exemplo claro foi esse projeto do parcelamento do Alvará, quando todos os vereadores foram favoráveis.
Enfim, esse pensamento quase coletivo de penar no que é melhor para a cidade, eu não tenho dúvidas de que teremos um segundo mandato talvez mais tranquilo do que o primeiro, com relação ao relacionamento com a Câmara de Vereadores.
Panorama SC: Com relação ao vice-prefeito Jair Nandi, qual realmente será seu papel na atual administração?
Gustavo: O vice-prefeito está praticamente em tempo integral aqui na prefeitura. Logo após as eleições nós conversamos e ele falou sobre sua disponibilidade de tempo para ter uma participação efetiva na administração, então estamos aí com um gabinete para o Nandi colaborar no dia a dia.
Neste primeiro momento estamos definindo algumas atividades para ele, entre elas está a elaboração de um estudo para elaboração da nova Lei do Alvará, a
qual estará sob a responsabilidade do vice-prefeito. Vamos dividir algumas atividades e além disso, ele está participando de reuniões para que comece a se ambientar dentro do Executivo, haja vista que a experiência dele foi no legislativo.
Então, esta participação nas reuniões faz com que ele tome conhecimento e possa nos ajudar cada vez mais dentro da administração municipal.
Panorama SC: Fala-se muito em turismo e cultura. Mas o que realmente a administração municipal pensa em fazer para alavancar estes setores?
Gustavo: Nós temos o Plano Municipal de Turismo, realizado no ano passado, e abrange uma série de ações. Isso é o que está sendo feito agora com este planejamento orçamentário, onde todos os Secretários e Diretores vão apresentar as prioridades definidas anteriormente junto à sociedade civil. Neste Plano do Turismo contempla um Museu do Vinho, alguns investimentos na área de infraestrutura do turismo e passa, dentro desse planejamento dos R$ 45 milhões, a aquisição de um local, possivelmente uma cantina, para criação do Museu do Vinho.
Panorama SC: Qual a expectativa nesse segundo mandato na progressão de asfaltamento das rodovias municipais?
Gustavo: Nós temos um compromisso de 40 quilômetros de asfalto e, dentro deste orçamento, já computamos esses valores. Vamos em busca de fazer isso.
O anel viário é a obra mais vultosa em termos financeiros e está prevista no Plano Diretor da cidade desde 2008 e ficou na prioridade na revisão do Plano Diretor no ano passado. Então, assim, em termos de acesso ao interior, essa é a obra que deve acontecer de maneira mais rápida. Tirando essas do Morro da Lagoa que já terminamos, vamos terminar em São Pedro que liga lá até a Vinícola Mazon e já estamos fazendo a primeira parte do anel viário e na sequencia vamos terminar. Alí dá uma extensão de 4,3 km, 4,5 km assim arredondando a extensão do anel viário. Essa será a nossa grande prioridade de pavimentação para o interior do município.
Panorama SC: Com o comércio reclamando das vendas, as indústrias sofrendo falta de matéria prima, os preços dos produtos subindo vertiginosamente, o que o senhor,, como cidadão que atuou no setor empresarial, projeta para esse 2021, em especial para Urussanga?
Gustavo: Eu tenho uma expectativa muito boa com relação a economia do Brasil. Estudos apontam que a economia se alicerçou em três grandes fatores. Um deles, segundo os estudos nos apresentam, foi o auxílio emergencial que todos os governos deram e isso fomentou a economia evitando o caos total da economia mundial. Isso é um item que vai se encerrar, é questão de tempo e não só no Brasil mas em todos os países.
Outro fator que teve influência foi a questão do turismo. Embora esse setor tenha amargado prejuízos, o dinheiro que as pessoas tinham guardado para fazerem suas viagens de turismo, elas gastaram em outras coisas, não deixaram esse dinheiro parado. Começaram a comprar bens de consumo, principalmente para reforma de casas, utensílios domésticos e carro.
Outro fenômeno importante que já é histórico quando ocorrem grandes acontecimentos mundiais como pandemias ou guerras, é que as pessoas começam a fazer uma reavaliação de suas vidas, deixando de guardar tanto e satisfazendo seus desejos na aquisição de bens e serviços. E isso também, em última análise, significa menos dinheiro em banco e mais dinheiro circulando.
Acredito que estes fatores, conforme apontam os estudos, manterão a economia aquecida nos próximos dois anos.
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