Não adiantou reclamar, não adiantou pedir apoio junto aos representantes no governo estadual, assembleia legislativa ou no congresso nacional.
Novas praças de pedágio foram instaladas em Santa Catarina, passando de 4 para 8 o número de paradas para deixar o suado dinheirinho do contribuinte aos terceirizados que estão aí cobrando por aquilo que os Governos deveriam ter feito com os impostos que foram arrecadados da população.
Mais uma vez a conta será paga pelo contribuinte, o mesmo que viu seu dinheiro dos impostos sumir no Planalto Central, nos palácios estaduais ou ser exposto em cuecas ou malas de corruptos nos corredores dos poderes constituídos.
A história é antiga e triste.
O trecho da BR 101 que corta o estado catarinense sempre foi esquecido, com seu povo precisando reagir ao menosprezo promovendo mobilizações gigantescas e paralisações da rodovia com o objetivo de conquistar a duplicação.
A história se arrastou por anos, com promessas que chegavam em vésperas de campanhas eleitorais e eram rapidamente esquecidas.
Quando a duplicação finalmente foi anunciada, já veio com deficiência para atender a demanda que seria de uma terceira pista para acabar com as longas filas e congestionamentos em vários trechos.
Foi um sofrimento desumano, com a obra sendo fatiada entre várias empreiteiras, muitas vezes mal feita e em alguns locais até hoje inacabada.
E quem está preocupado com isso?
Certamente, quem faz das estradas catarinenses o seu ganha pão, como os caminhoneiros, ou a utiliza para os negócios de sua empresa ou indústria com o transporte de passageiros ou escoamento da produção.
A partir do próximo domingo 2/05, a conta irá aumentar. Além das praças que já estão em operação no trecho Norte: em Garuva, Araquari, Porto Belo e Palhoça, passarão a funcionar as da Via Costeira com praças em Laguna, Tubarão, Araranguá e São João do Sul.
O gasto por veículo para quem vai de Norte a Sul do estado é de R$ 24,50 . Isso se a empresa que pelos próximos 30 anos comandará o trecho Sul mantiver o preço de R$ 2,10 anunciado em seu site.
Para ter noção do peso a ser acrescentado nas costas dos caminhoneiros, transportadoras e empresas de ônibus, basta lembrar que estes veículos de grande porte pagam por eixo.
Assim, um rodotrem (com 9 eixos e capacidade para 74 toneladas) pagará R$ 220,50 nos oito pedágios para atravessar Santa Catarina. Para quem sai de Porto Alegre (RS) com destino a Curitiba (PR), a partir de domingo precisará efetuar o pagamento em 12 pedágios.
Com uma distância total de 741 quilômetros entre as duas capitais, a média ficará de uma praça a cada 61 quilômetros.
É para ninguém esquecer da fraca representatividade dos catarinenses nos poderes legislativo e executivo.
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