Amigo do pároco Giliard, Michal foi recepcionado em Urussanga

Michał Oleksowicz.
Este é o nome do jovem polonês que esteve em Urussanga no último final de semana.
O objetivo? Visitar o amigo Giliardi Cesconetto Gava, pároco de Urussanga, o qual conheceu durante seus estudos em Roma-IT.Segundo Michal, sua viagem para a América se deu em virtude de um congresso sobre Filosofia da Ciência e da Lógica, no qual participou como palestrante. Este congresso acontece a cada quatro anos em países diferentes e o da Argentina reuniu mais de 600 participantes de vários cantos do mundo.
“Eu pensei: estou tão perto do meu amigo, porque não vou visitá-lo? E foi o que fiz.
Vim de avião da Argentina até Porto Alegre-RS e de lá para cá vim de ônibus até Criciúma” explicou o jovem padre ao acrescentar que levará boas lembranças de Urussanga.
Ao ser questionado pela reportagem de Panorama SC, Michal disse: “ é muito bom conhecer a cultura, o modo de viver das pessoas e a cordialidade que observo é algo fraterno para mim.

A minha impressão é que há muito da Europa por aqui. Não é um cultura diversa daquela que conhecemos e, certamente, se deve em parte da gama de nacionalidades que se forma boa parte da população brasileira, ao menos desta parte Sul, na qual os traços e heranças das imigrações pode-se dizer permanecem bem característicos.
São italianos, alemães, poloneses e muitas etnias que aqui se fixaram e hoje, apesar das adaptações culturais na nova terra, nos dá a sensação de estarmos em casa na Europa”pontuou o padre polonês que diz ter adorado o churrasco brasileiro e a tainha assada.
“Eu nem tinha falado ainda do churrasco que vocês sabem fazer muito, muito bem, quase só comi churrasco e em Laguna o peixe, a famosa tainha,” afirmou.
Ao ser questionado sobre a atual situação da Polônia, haja vista que faz fronteira com a Ucrânia (país em guerra com a Rússia), o padre que atualmente é vice diretor do Seminário Diocesano de Torun, um dos responsáveis pela formação dos novos padres da Diocese e professor da Universidade Wydział Teologiczny UMK, diz que a situação por lá é bastante preocupante.
“Estamos passando momentos difíceis em função da Guerra na Ucrânia, que nos deixa muitas preocupações, pois somos vizinhos.
Já acolhemos, dizem as estatísticas, cinco milhões de pessoas que por temor da guerra estão fugindo e buscando asilo nos países limítrofes . A guerra é sempre um mal para todos , nós já chegamos a acolher na nossa paróquia cerca de 120 pessoas, hoje habitam conosco 25 pessoas e é uma obra de caridade e solidariedade que nos é dado a fazer.
Não sabemos quando isto vai acabar. Rezamos para que termine logo, mas percebemos que é um drama para a população ucraniana que continua a perder suas casas, suas vidas, seus trabalhos. Nós rezamos pela paz em todo o mundo porque sabemos que não é só na Ucrânia que temos guerras” afirmou Machal ao finalizar agradecendo o espírito de amizade e a receptividade.