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PÁGINA TRÊS




O Vinho Goethe e o enoturismo da região Sul de Santa Catarina foram destaque no Empreende SC 2025, evento realizado em Criciúma que reuniu mais de dois mil participantes em dois dias de intensa programação voltada à inovação, ao empreendedorismo e ao fortalecimento de marcas regionais.

O case dos Vales da Uva Goethe contou com a participação da empresária Patrícia Mazon - Vinícola Mazon, do sommelier Marcelo Bongiolo e da jornalista Janine Limas, que conduziu a mediação.

Durante o painel, os convidados ressaltaram a importância da Indicação Geográfica como instrumento de valorização do Vinho Goethe


CURTAS

  • O cardeal italiano Angelo Becciu, condenado por fraude financeira no Vaticano, comunicou na terça-feira (29) que não vai participar do conclave que revelará ao mundo o nome do novo Papa. Por desvios financeiros, entre eles a aquisição de um imóvel de luxo em Londres com dinheiro de uma coleta anual para obras de caridade, Becciu - o antigo conselheiro de Francisco, foi condenado no final de 2023 pela Justiça da Santa Sé, em primeira instância, a cinco anos e meio de prisão . O cardeal recorreu da sentença e aguarda em liberdade o recurso.

    Parece que o mal também habita onde o bem devia reinar absoluto.

  • Foi sancionada a Lei nº 19.286, que prorroga até 31 de dezembro de 2026 a dispensa da apresentação da Certidão Negativa de Débitos (CND) para hospitais filantrópicos e municipais firmarem convênios com o Governo do Estado de Santa Catarina. A medida, assinada pelo governador Jorginho Mello, atende a uma demanda da rede hospitalar com forte respaldo da Assembleia Legislativa, através Frente Parlamentar da Saúde, presidida pelo deputado Zé Milton (PP), que é o autor da emenda que ampliou o prazo de vigência da norma.

  • No final de semana passado, cerca de 350 fiéis se reuniram para um abraço simbólico à Catedral Diocesana de Tubarão, interditada desde dezembro de 2024 devido a falhas estruturais. A ação integrou a campanha “Eu Abraço a Catedral”, que busca arrecadar recursos para a recuperação de um dos patrimônios religiosos mais importantes da cidade.


OPINIÃO


JOSÉ ZEFERINO PEDROZO

Presidente da Faesc e do Senar/SC


O agronegócio passa por profundas transformações no Brasil e no mundo, e uma das mudanças mais relevantes é a ascensão das mulheres como protagonistas no meio rural. Cada vez mais qualificadas, elas assumem funções estratégicas em toda a cadeia produtiva, liderando projetos, gerenciando propriedades e operando equipamentos agrícolas com excelência. Este movimento não apenas redefine a estrutura do campo, mas também impulsiona o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais.

Durante décadas, o meio rural foi marcado pela divisão de tarefas e pela predominância masculina nas atividades produtivas. Contudo, a realidade contemporânea é outra. As mulheres rurais hoje mostram uma capacidade admirável de adaptação, inovação e liderança, conquistando seu espaço com competência e determinação. Com acesso crescente à educação e à formação técnica, ampliam suas possibilidades de atuação e fortalecem a sustentabilidade do agronegócio.

A qualificação profissional surge como um dos pilares dessa transformação. Programas de treinamento específicos para o público feminino têm aberto portas para que mais mulheres operem maquinários agrícolas, realizem a manutenção de equipamentos, dominem técnicas de inseminação artificial e liderem iniciativas de gestão e inovação nas propriedades. Essa preparação técnica não apenas amplia as possibilidades de atuação, mas também gera maior autonomia, autoestima e capacidade de tomada de decisão entre as mulheres do campo.

Ao se apropriarem do conhecimento técnico, as mulheres demonstram que a modernização do agronegócio depende da inclusão de diferentes talentos e visões de mundo. Sua presença em atividades operacionais, antes vistas como exclusivamente masculinas, prova que competência não tem gênero. Além disso, a mulher rural traz uma gestão mais humanizada, atenta à sustentabilidade e à inovação, elementos fundamentais para um futuro agrícola mais equilibrado e consciente.

O fortalecimento feminino no campo também provoca uma transformação cultural significativa. À medida que as mulheres ocupam novos espaços, elas rompem com estereótipos e inspiram novas gerações. O campo deixa de ser apenas um espaço de produção e passa a ser também um território de inclusão, diversidade e possibilidades. A mulher rural contemporânea é agente de mudanças sociais, econômicas e ambientais, promovendo um novo olhar sobre o desenvolvimento rural.

Valorizar e apoiar essa presença feminina é essencial. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Santa Catarina vinculado à Faesc, intensifica o investimento em formação e qualificação, na promoção de políticas públicas inclusivas e no fortalecimento de redes de apoio. As mulheres do campo não devem apenas participar do futuro do agronegócio — elas devem liderá-lo, imprimindo sua visão de sustentabilidade, inovação e justiça social.

A sociedade contemporânea precisa reconhecer a mulher rural como protagonista de um novo tempo, no qual a força produtiva se alia à sabedoria, à sensibilidade e à capacidade de adaptação. Cada conquista feminina no meio rural é uma vitória para toda a sociedade, pois revela que a verdadeira transformação ocorre quando oportunidades são criadas e talentos são plenamente reconhecidos.

A mulher rural já não é coadjuvante: ela é protagonista da nova agropecuária brasileira. A sua força, competência e inovação são essenciais para moldar um campo mais próspero, justo e sustentável para todos.

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