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O que pensam urussanguenses sobre a Praça Coberta na Praça Anita Garibaldi


Embora ainda não tenha sido claramente exposta à população, a proposta de construção de uma praça coberta na Praça Anita Garibaldi, localizada no centro de Urussanga, tem gerado debates entre os cidadãos. A seguir, apresentamos as opiniões de alguns moradores influentes da cidade sobre essa iniciativa.



Ruberval Pilotto

Ex-prefeito e Engenheiro Civil


Ruberval Pilotto, que exerceu a função de prefeito por duas vezes e foi ex-deputado constituinte, expressou sua total oposição à construção da praça coberta. Em sua visão, a prioridade deve ser dada à melhoria do saneamento básico e dos espaços públicos existentes. “Precisamos buscar soluções que melhorem todos os aspectos do parque municipal e da própria praça. Temos outras prioridades em termos de recursos para investimento. Isso não é uma obra adequada para o momento”, declarou Pilotto.












Lindomar Cacciatori Jr.

Engenheiro Químico


O engenheiro químico Lindomar Cacciatori Jr. também se posicionou contra a construção da nova praça. Ele argumenta que existem questões mais urgentes a serem tratadas na cidade e critica a falta de originalidade na proposta.

“Acredito que temos locais que já recebem as pessoas e que não estão sendo devidamente cuidados. A construção da praça coberta parece ser uma imitação do que foi feito em outras cidades, como Orleans e Criciúma. Precisamos ter mais identidade e cuidar do que já temos”, afirmou Cacciatori.








Manuel dos Santos Neres

Comerciante da Área de Informática


Por outro lado, Manuel dos Santos Neres, comerciante atuante na área de informática e que realiza eventos na praça, manifestou seu apoio à revitalização da área. Para ele, a construção de uma praça coberta poderia proporcionar melhores condições para a realização de eventos, independentemente das condições climáticas. “Sou a favor da revitalização da praça, pois isso permitiria que mais eventos aconteçam sem depender do tempo. Precisamos de um espaço aconchegante onde as pessoas possam se reunir”, destacou Neres.






Jacir Paulo da Gani

Aposentado


Jacir Paulo da Gani expressou sua oposição à construção da praça coberta. Em sua visão, a implementação de um espaço coberto poderia resultar em um abandono semelhante ao que se observa em outras áreas da cidade, como o parque municipal.

“Se é para deixar a praça coberta em Urussanga igual ao que acontece com o parque municipal, eu sou contra”, afirmou. Jacir destacou a falta de um projeto concreto e a preocupação com a derrubada das árvores na praça.

Ele também mencionou a necessidade de cuidar das estruturas existentes, citando a rótula de acesso a cidade danificada que permanece sem reparos há um mês.

Para ele, o cuidado com os espaços públicos deve ser uma prioridade.



José Vânio Piacentini

Ex-Prefeito


O ex-prefeito José Vânio Piacentini trouxe à tona questões relacionadas à prioridade e à gestão de recursos públicos. Ele recordou que, durante sua administração, foi realizado um projeto para a restauração completa da Praça Anita Garibaldi, que incluía um calçadão.

“Naquela época, fiz uma audiência pública e os comerciantes acharam que não devia ser feito”, lembrou. Vânio considera que, no momento atual, Urussanga tem outras prioridades que precisam ser atendidas antes de investir em uma nova construção. Além disso, ele ressaltou a existência de um projeto elaborado pelo engenheiro Hildo Tegner e o arquiteto Bortolotto para melhorias na praça, alertando para os custos adicionais que poderiam surgir se um novo projeto fosse desenvolvido sem aproveitar o existente.


Juceli Francisco

Ex-Vereador


Juceli Francisco fez uma reflexão sobre o passado, mencionando que, se retrocedêssemos aos anos 1955 e 1960, a construção de um espaço coberto seria considerada essencial.

“Naquela época, de segunda a sexta, o jardim ficava repleto de pessoas.

Era o ponto de encontro das famílias urussanguenses”, recordou.

No entanto, ele aponta que com o advento da televisão e outras mudanças culturais, esse padrão de convivência foi se perdendo ao longo do tempo.

Juceli ressalta a necessidade de uma análise cuidadosa para verificar se essa construção é realmente uma prioridade nos dias atuais.

Ele sugere que, antes de investir em uma nova estrutura, seria mais prudente focar na ativação de equipamentos turísticos ao redor da Praça Anita Garibaldi.

De acordo com Juceli, esta abordagem poderia revitalizar o espaço sem comprometer recursos em um projeto que talvez não atenda às necessidades atuais da comunidade.


Padre Giliard Gava

Ex-Secretário de Cultura de Nova Veneza


O Padre Giliard Gava, que tem experiência como ex-secretário de cultura, esporte e turismo em Nova Veneza, expressou sua visão cautelosa sobre a construção da praça coberta. Ele ressaltou que ainda não possui um parecer formado sobre o projeto, devido ao seu recente ingresso na cidade. No entanto, destacou a importância de considerar a vontade da população e a viabilidade técnica do projeto.

Gava propôs uma alternativa à ideia original: a construção de uma rua coberta em uma via pública menos movimentada.

Segundo ele, essa abordagem poderia preservar a beleza e a utilidade da Praça Anita Garibaldi, que já é tombada como patrimônio histórico.

O padre mencionou que a implementação de uma cobertura em uma rua menos movimentada poderia permitir o uso do espaço para eventos em datas específicas, sem desfigurar o patrimônio histórico da praça central.

Ele também fez uma analogia com a praça da igreja matriz em Cocal do Sul, que atualmente enfrenta problemas de poluição visual devido à excessiva ocupação do espaço público.

Para Gava, é fundamental evitar que a Praça Anita Garibaldi se torne um local saturado por estruturas que possam prejudicar sua harmonia arquitetônica e paisagística.


Da Redação


As opiniões sobre a construção da praça coberta na Praça Anita Garibaldi refletem preocupações com a gestão do espaço público e as prioridades da cidade. Enquanto alguns moradores temem que a nova estrutura possa ser negligenciada, outros ressaltam a importância de respeitar projetos anteriores e direcionar recursos para áreas mais urgentes. O debate continua aberto e é fundamental que a voz da comunidade seja ouvida nas decisões que impactem o futuro deste espaço urbano em Urussanga.

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