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Nandi diz que Folha da PMU chega a 43%, gerando grande economia

Foto do escritor: MARCIA MARQUES COSTAMARCIA MARQUES COSTA

Prefeito Jair Nandi e Secretária de Administração Andresa Baldessar - Foto Panorama


Prefeito Jair Nandi concedeu entrevista ao Panorama e falou sobre leilão de bens inservíveis, reativação do sistema de monitoramento de veículos da municipalidade, diminuição de gastos com folha da PMU e sua expectativa quanto ao futuro.


ENTREVISTA


Panorama: Prefeito, soubemos que a garagem da PMU foi interditada. O que aconteceu realmente?

Jair Nandi: Na sexta-feira da semana passada, pegamos uma interdição parcial da garagem, por ordem do Ministério Público. Neste local fica o pátio das máquinas, oficina e almoxarifado.

Desde que assumimos, fomos na garagem e observamos que é lamentável o estado em que está. Já havíamos solicitado junto ao Deplan um projeto de cobertura, haja vista que há um risco iminente de queda do telhado. Este projeto deve ficar pronto até o final do mês e o investimento a ser feito, num cálculo aproximado, é de cerca de R$ 200 mil.

Lembro que no ano de 2022, quando assumi pela primeira vez na interinidade, foi feito um leilão de bens inservíveis e, se não me engano, naquela época foi arrecadado cerca de R$ 316 mil que foram depositados em conta específica com o objetivo exatamente de promover uma reforma na garagem. Posteriormente eu saí, a obra não foi feita, o motivo eu não sei.

Agora veio esta inspeção do Ministério Público do Trabalho sobre a falta de condições de trabalho naquele local.

Então, terminado o projeto no Deplan, daremos início ao processo de licitação para depois executar esta obra.


Panorama: E qual a surpresa encontrada nesta garagem?

Jair Nandi: Bom,encontramos 10 carros bastante danificados, dois caminhões que foram tombados há bastante tempo , estão muito avariados e não receberam manutenção. Além de uma retroescavadeira e um outro caminhão. Todos, na minha opinião, que não compensa mandar arrumar. Mas já estamos trabalhando para criar uma Comissão de Avaliação para, posteriormente, enviar para a Câmara Municipal. Nossa expectativa é que todo este processo esteja concluído em 90 dias para que possamos fazer o leilão dos bens que forem considerados inservíveis.


Panorama: Nossa reportagem foi informada que teria passado 20 mil km da troca de óleo de um veículo da municipalidade. Isso é verdade? Como a administração pretende fiscalizar estes procedimentos que acabam causando prejuízos ao erário municipal?

Jair Nandi: Eu não posso afirmar que houve isso, mas pode ter ocorrido. É bom registrar que a última inspeção preventiva no transporte escolar foi em 2022.

E isso, creio, não seja culpa dos servidores, mas sim do próprio gestor municipal, que acabou abandonando setores fundamentais para bem atender ao cidadão. Quando assumimos este ano, não foram poucos que nos solicitaram manutenção dos veículos utilizados pelas secretarias.

Sobre o controle de frota, nós estamos com uma pessoa que está cuidando deste setor e com grande experiência deste assunto. Inclusive, aos poucos, estará sendo reativado para todas as secretarias o sistema de monitoramento dos veículos pertencentes à PMU.


Panorama: E a situação financeira da Prefeitura?

Jair Nandi: Está tudo sob controle. Estamos pagando em dia nossos compromissos e sempre trabalhando com responsabilidade para não ficar devendo.

Recebemos muitos problemas. Temos uma dívida de cerca de R$ 400 mil de manutenção de veículos que está tudo protocolado, há certificação da prestação de serviço, mas não foi pago. Mas temos outras, uma de aproximadamente R$ 40 mil da Secretaria de Agricultura sem certificação, e uma de quase R$ 70 mil de manutenção na Saúde, mais outra de aproximadamente R$ 22 mil que precisaremos ainda comprovar se houve ou não a prestação de serviços para a municipalidade. Uma por vez e buscando sempre agilidade, vamos resolvendo as pendências.


Panorama:Quando o Sr. assumiu afirmou que contava com pouco dinheiro em caixa. Baseando-se nisso, houve quem questionasse a contratação de vários Secretários e até seus salários. O que tem a dizer sobre este assunto?

Jair Nandi: Eu posso dizer que estávamos vivendo um período de crise institucional muito grande e com problemas bastante graves. E é lógico que um prefeito não consegue dar conta de resolver tudo sozinho.

Era preciso uma equipe para resolver as pendências. Só para ter noção de como estava a situação, na saúde faltavam cinco médicos. Na educação, mais de 150 alunos estavam sem professor em sala de aula e todo dia havia comissão de pais exigindo soluções, além das questões nos demais segmentos. Foi uma atitude necessária, é preciso uma equipe com garra e desejo de bem servir a população. E nós estamos na prefeitura para isso, para trabalhar diuturnamente pelo bem da nossa população.

Quanto aos salários, é preciso ser condizente com a responsabilidade que cada um assume. Mas é preciso frisar que estamos com um limite muito bom na folha de pagamento, com um percentual baixo, na casa dos 43%, enquanto em outras administrações este percentual chegou até a 56 ou 57%.

Estamos com 718 servidores, representando uma redução de folha para 43% acumulando Executivo e Legislativo. Tinha 815 servidores. Hoje, se for só Executivo, estamos com 42%.

É importante frisar que há quase 15 meses, estava tudo parado em setores importantes e que dão suporte às indústrias, agricultura e até na própria infraestrutura e manutenção dos equipamentos e patrimônios do Município. Eu diria que considero necessário a contratação destas pessoas para nossa equipe, haja vista a alta demanda existente de atendimentos à população por conta da má gestão do antecessor.

Em uma situação normal, até poderíamos falar em diminuição, o que não é o nosso caso. Nós não temos quatro anos, temos apenas poucos meses para trabalhar, e muito, para tentar colocar uma casa bagunçada em ordem. E para isso precisamos de pessoas nos auxiliando. Se fizermos uma correlação com orçamento do ano, veremos que este índice de 43% nos traz uma economia de cerca de 4%, o que dará em torno de R$ 15 milhões por ano de economia. Se multiplicarmos por quatro anos, daria cerca de R$ 60 milhões de economia.

Panorama: Sem Ritorno e sem Festa do Vinho, o que Urussanga terá de evento este ano?

Jair Nandi: Bom, após tomar conhecimento da situação econômica do município de Urussanga, percebemos que não havia condições de fazer investimentos para realização das festas Ritorno e do Vinho sem prejudicar, e muito, outros setores de prestação de serviços aos urussanguenses, a exemplo da área de saúde, educação, agricultura e infraestrutura.

Mas, embora não tenhamos estes dois eventos tradicionais, a Prefeitura estará apoiando a Corrida do Vinho, teremos o Moto Praça, que acontece no próximo mês de julho e, em agosto, acontecerá o Skate Park no Parque Municipal. Também em setembro teremos a Sagra della Polenta e a Sagra de La Pietà.


Panorama SC: Para finalizar, qual sua expectativa para o futuro?

Jair Nandi: Atualmente estamos trabalhando arduamente para imprimir nosso modo de governo neste pouco tempo que temos. Há, certamente, fatores que podem ocasionar dificuldades ou até mudanças.

Por exemplo, temos a legislação eleitoral que dificultará muitas ações que a municipalidade precisa implantar e até mesmo há a possibilidade de um retorno do prefeito afastado, cujo caso está na Justiça. Nosso pensamento é: trabalhar e trabalhar.

Fazer o melhor que pudermos, no tempo que tivermos.

Essa é a nossa meta e o nosso compromisso com o povo de Urussanga.

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