Prefeitura de Urussanga pagou para molhar
cerca de 35 mil quilômetros de estradas em um ano
Duas denúncias contra a administração municipal de Urussanga foram entregues na Polícia Civil e no Ministério Público.
A primeira está sob os cuidados da delegacia da comarca de Urussanga e trata-se de horas de trator de esteira que foram pagas pela PMU a uma empresa prestadora de serviços.
A segunda é sobre o pagamento para o caminhão pipa, feito pela PMU, também para a mesma empresa .
Segundo Andressa Baldessar, assessora parlamentar do PSD na Câmara de Vereadores, “os dois assuntos contam com a participação de seis vereadores tidos atualmente como de oposição à administração municipal, sendo que o vereador Erotides Borges vem tomando para si a sustentação das denúncias e os devidos encaminhamentos”.
Andressa afirma que já foi solicitado à administração municipal de Urussanga o relatório das horas de trator esteira e os locais em que foram prestados os serviços pagos para a empresa Correia Nunes.
Mas a resposta enviada pela PMU é de que não há condição de saber com exatidão onde e para quem foram pagas horas de trator de esteira porque houve troca de Secretário.
“Eles alegam que o serviço foi usado no Programa Porteira Aberta, mas este programa prevê uma quantidade de horas por agricultor, onde a Prefeitura subsidia uma parte e o agricultor paga a outra. Esta informação deveria estar dentro do sistema da PMU. Existe um sistema que gera um boleto e deveria estar contabilizado, mas eles dizem que não é possível prestar esta informação. Na verdade, há uma grande suspeita de que o serviço não foi prestado e, por isso, entregamos tudo para o delegado Ulisses Gabriel investigar. Agora, o delegado notificará a empresa Correia Nunes para que a mesma se explique e mostre as provas de que os serviços foram feitos.
A denúncia do caminhão pipa é a mesma coisa. Há uma quantidade que espanta. Em 2019, a PMU pagou cerca de 35 mil quilômetros para o caminhão pipa molhar as estradas do município. Um fato que chamou a atenção é que foi a mesma empresa que prestou serviços com o trator esteira que molhou os 35 mil quilômetros de estradas. Só que, para aumentar as suspeitas de irregularidades, esta empresa não tinha caminhão pipa e não existe na contabilidade da PMU nada que comprove a sublocação de um caminhão pipa por parte da Correia Nunes.
Além disso, temos testemunhos de urussanguenses que residem em locais onde eles informam que o caminhão pipa passou, que afirmam nunca terem visto um caminhão molhando a estrada defronte suas residências.
São questões bem suspeitas e que devem ser investigadas pelos órgãos específicos .
Estamos fazendo isso porque consideramos importante esclarecer estas situações e para saber se os urussanguenses realmente receberam os serviços pelos quais todos ajudaram a pagar”, explicou a advogada assessora parlamentar do PSD de Urussanga.
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