O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) publicou neste mês de agosto seu relatório anual referente ao ano de 2022. O documento oferece uma visão abrangente das estatÃsticas, tendências e informações relacionadas a intoxicações e envenenamentos no estado.
Conforme o relatório, no ano de 2022 foram realizados 20.748 atendimentos, dos quais 20.340 (98,0%) foram casos de exposição em que a vÃtima era humana, 88 (0,5%) casos de exposição com vÃtima animal e 320 (1,5 %) solicitações de informação sem vÃtima.
Os dados disponibilizados incluem: quais são os agentes tóxicos mais frequentes, registro de atendimentos por municÃpios catarinenses, local, via e circunstância da exposição, gravidade, desfecho e letalidade das exposições humanas, entre outros.
Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos em 2022 foram os Medicamentos (35,15%), seguidos pelos Animais Peçonhentos/Venenosos (21,75%). Na maior parte dos dos casos atendidos (46,7), os pacientes sofreram exposições acidentais aos agentes tóxicos.
Além disso, são apresentados no relatório alguns eventos toxicológicos em destaque no ano de 2022, que incluem:acidentes humanos envolvendo aranhas com registro de 2.231 atendimentos. Os tipos armadeira e marrom foram as campeãs. As exposições envolvendo drogas mostram que nos últimos 9 anos de atendimentos do CIATox/SC, houve aumento no número de atendimentos envolvendo CocaÃna. Em 2022 esse aumento foi de 56,4% (366 casos) em relação ao ano de 2021 (234 casos). O maior número de registros ocorreu entre os homens (73,6%). As faixas etárias de 20 a 39 anos representaram a maioria dos registros (69,8%). Quanto à gravidade dos casos, 2,7% foram fatais.
Também foram registrados 511 casos envolvendo Agrotóxicos. O herbicida Glifosato, utilizados no controle de plantas daninhas, esteve presente em 25,1% dos casos registrados no ano. Erros de medicação também estão na lista, com os principais tipos sendo: erro de dose (183 casos); troca de embalagens (170 caso); erro de via (22 casos) e troca de nomes (19 casos). Os principais medicamentos envolvidos foram clonazepam, paracetamol e risperidona.
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