MAURO PAES CORREA

Novidade eletrizante

Para os que ainda “torcem” o nariz contra os carros eletrificados, argumentando que suas baterias não teriam vida útil o suficiente para compensar o impacto ambiental quanto a sua adoção, a Tesla comprovou com averiguações reais de que muitos veículos da primeira geração, conseguiram manter a qualidade da bateria entre 80 e 90%, mesmo após mais de duzentos mil quilômetros, média europeia de descarte de grande parte dos veículos no velho continente.

A boa notícia traz um alento para o Brasil, principalmente quanto à uma possibilidade de durabilidade atingir a vida útil de um veículo no país, considerando que grande parte da frota roda vinte anos ou mais, pois por aqui, os carros são vistos como bens de investimento e mesmo que a bateria fique com carga de 50%, na maioria das situações, é ainda uma boa opção.

A longa durabilidade, também pode ser um fator crucial para que a indústria, neste meio tempo, consiga desenvolver novas baterias e em uma eventual substituição, elas garantirão o uso do veículo até o fim de sua vida útil real, que antes era baseada na durabilidade das baterias e de quebra, o próprio governo finalmente trazer regras amplas para a adoção em massa dos veículos elétricos, realidade vivenciada com sucesso na China, onde até então a Volks era líder de mercado no segmento de veículos à combustível e agora vê seu reinado ser ameaçado pela própria indústria local, que traz boas opções para os consumidores, com a notável economia da energia elétrica.

E finalmente, quando os carros elétricos se tornarem comuns nas ruas, pode-se ter uma consequência interessante para o consumidor: o valor dos carros à combustão usados, sofrerem diminuição de valores, em uma saudável concorrência entre diferentes tipos de motores e criando um mercado aquecido de veículos elétricos usados. Que venham os novos dias.