MAURO PAES CORREA
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  • Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

MAURO PAES CORREA

Clubhouse?



A rede social baseada em conversação, que viralizou após o seu lançamento com convites quase que exclusivos disputados por quem tinha a curiosidade de conhecer e usar a nova plataforma, está quase que em um limbo high-tech.

A rede funciona bem, principalmente por permitir que anônimos possam eventualmente participar de salas com influenciadores ou você mesmo pode criar a sua e começar a trocar ideias, opiniões e adquirir conhecimentos através de do aplicativo da rede social.

O grande problema é que a rede não “decolou”, como o planejado.

Mesmo com a estreia do aplicativo para Android, o fim dos convites exclusivos, há pouca interação entre os participantes. É um ótimo aplicativo para adquirir conhecimentos ou nos momentos de folga, interagir aleatoriamente com pessoas?

Com certeza, papel que a rede social faz muito bem, permitindo seguir pessoas e ser seguido, bem como manter um perfil atualizado na rede.

É uma rede que pode permitir uma reunião via voz entre amigos, pessoas familiarizadas com vários assuntos e principalmente, permite buscar ou criar salas tematizadas. Com todas estas qualidades, o que fez exatamente a rede não emplacar o mesmo sucesso que outros aplicativos?

Ainda que a rede social não tenha concorrentes diretos, os produtos da Meta e da Alphabet (Google), monopolizam quase que a integralidade do tempo disponível do usuário, que no passado tinha o hábito de frequentar o que chamávamos de pré-redes sociais, como o IRC (rede social baseada em canais de textos, via Internet), para fazer novos amigos e trocar informações.

E há o contraste entre o Facebook e Instagram, por exemplo. Por padrão, as redes são privadas e você aceita somente quem quiser para conversar, o que tira o ânimo do usuário em procurar alguma ideia fora da curva, como é o Clubhouse. É uma ideia que deu certo? Sim. Pode dar ainda mais certo? Possivelmente, desde que criem algum chamativo irresistível para o usuário. Nos dias de hoje, em que tudo é viral, criar algo irresistível e que conquiste milhões de usuários, é totalmente possível.

Depende basicamente de dois fatores: persistência e sorte. Dinheiro para alavancar o negócio, é assunto para outro dia...


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