Sobrevida aos motores a combustão?
Os carros elétricos, os híbridos e finalmente os movidos à hidrogênio parecem ter um futuro promissor na estrada sustentável. As fábricas, os governos e principalmente os consumidores sabem muito bem que em algum momento, as mudanças precisam ocorrer, não apenas para preservar a natureza, e sim deixar de depender de matrizes não renováveis.
Porém, algumas fábricas não acreditam que o processo vai ocorrer milagrosamente ou do dia para a noite, pois a bilhões de consumidores não terão a possibilidade de adquirir seu novo veículo, principalmente se as novas tecnologias continuarem com este patamar de preços. Alguns governos por exemplo, podem subsidiar a conta para o consumidor. Para tanto, algumas fábricas estão aperfeiçoando o aproveitamento energético do motor, para que ele seja cada vez mais eficiente.
Um motor à combustão, normalmente possui 30% de aproveitamento energético, ou seja, você abastece seu veículo e vê centavos esvaírem-se à cada quilômetro rodado. Se aumentar a eficiência energética para 40%, por exemplo, o motor será mais econômico e contribuirá para amenizar os impactos no ambiente. Economicamente por agora, é muito mais fácil (e rápido) colocar no mercado carros com estes novos motores, pois o custo será praticamente o mesmo, sem grandes investimentos à longo prazo.
É uma sobrevida programada, segundo alguns especialistas, por não concordarem que uma rápida transição vá acontecer. Em nosso país por exemplo, é praticamente inviável para um cidadão de classe média baixa conseguir comprar um carro elétrico ou até mesmo um híbrido. Quase um sonho, digamos.
Antes de trazer a matéria deste semana, resolvi fazer um estudo sobre a atual frota de veículos emplacada em Urussanga. Apenas para que você tenha uma idéía, temos 19630 veículos na cidade. É praticamente quase um veículo por habitante, se considerarmos que o IBGE nos trouxe uma população aproximada de 23 mil pessoas.
Mudar toda esta frota, que deve ter uma vida média de dez à quinze anos de idade em sua maioria, aposentá-las não parece ser a melhor ideia do momento. Principalmente que parte dela, ainda estará rodando em 2040.
Até lá, muita tecnologia pode ser desenvolvida e que traga benefícios ao consumidor, para esta troca que em algum momento será necessária. Se fosse hoje, eu mesmo não teria condições de comprar um híbrido, ou elétrico, ainda que financiasse em 30 anos.
Por fim, grande lição que fica é que as fábricas entenderam o recado. Trazer economia para o bolso do consumidor e menor degradação ao ambiente, é indispensável. Continuo na torcida para que surjam novos gênios para baratear todos os processos e que o planeta ganhe saúde.
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