Robôs, nossa faca de dois gumes
Vamos esquecer os filmes futurísticos que exibem robôs em forma de androide (imitação de um ser humano em forma de máquina). Os robôs são também programas de computadores com o objetivo de realizar qualquer tarefa, da mais básica até mesmo a mais avançada. De forma básica, os robôs são programas que automatizam tarefas simples, como o que você vê na versão do WhatsApp Business, que pode checar a hora e dizer se pode atender você ou não. Ou ainda, capturar dados da própria organização para tomada de decisões por parte da diretoria e proprietário, quando trata-se de pequeno negócio.
A grande verdade é que os robôs já fazem parte da nossa vida há anos quanto a pequenas tarefas. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, criou-se robôs em forma de programa que fazem a automação de processos (a indústria automobilística é pioneira), movimentando equipamentos reais, como braços de montagem, cortadores de metais e uma infinidade de outros processos. Aqui, a complexidade é bem maior.
Para completar, nos últimos anos, começamos a desenvolver de forma maciça, robôs que trabalham com inteligência artificial. E é aqui que estamos falando do que ocorre no presente e no futuro. O pote de ouro, pois agora os robôs deixaram de ser meramente executadores de tarefa e podem tomar decisões baseadas em dados que capturam.
Por qual motivo cito que é uma faca de dois gumes? No lado positivo temos evolução em todos os campos de atuação humana, com melhoramentos para a medicina, trabalho, educação, meio ambiente, controle de desastres, análises financeiras, prognósticos estatísticos, diminuição da burocracia, diminuição gradual e ascendente do trabalho rotineiro em quase todas as áreas.
Super valorização de profissionais que desenvolvam robôs, com ou sem conhecimentos de Inteligência Artificial. Se tem domínio avançado do assunto, é disputado à tapa pelo mercado. Muita procura e baixa capacitação por parte das universidades e instituições sobre o assunto. Inclusive, parte dos profissionais são autodidatas e buscam especialização em centros de ensino específico sobre o assunto.
O lado que ninguém quer ver e crer: previsão para que em 30 anos, os robôs com inteligência artificial e até mesmo androides autônomos, substituam a força de trabalho humano em uma infinidade de tarefas. Taxa de desemprego mundial pode oscilar em até 50%. O uso nada benéfico desta evolução, que já vemos com os robôs que disparam fake news (notícias falsas) ou o enorme risco de que tomem decisões erradas a partir de dados errados ou falha na programação.
Há um velho ditado que diz: o homem não é perfeito, logo tudo o que cria, não será perfeito. É uma grande verdade, incontestável. Cabe-nos não chegar à perfeição, e sim buscar melhoramentos para que nesta área, não tenhamos que conviver com o lado negativo dos robôs.
Na discussão sobre o assunto, há defensores de que caso exista essa alta taxa de desemprego, causada por robôs, crie-se um imposto com o objetivo de combater a desigualdade e fome. Nada mais justo. Os robôs, não sente fome, frio e sequer ficam doentes e podem ser atualizados. O único beneficiado com esta tecnologia é o detentor de seu uso.
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