“ O cidadão tem o direito de saber a verdade”.
Está foi parte de uma declaração dada em fevereiro de 2022 pelo então presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Urussanga - Elson Roberto Ramos (Beto Cabeludo), quando foram instauradas duas Comissões para investigações na primeira sessão ordinária daquela legislatura.
Uma visava investigar atos administrativos do prefeito Gustavo Cancellier, e outra sobre a possível prática de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar por parte dos vereadores Odivaldo Bonetti (Bonettinho) PP, Rozemar Sebastião PDT e Fabiano De Bona PSDB, os quais estavam afastados do legislativo em virtude da Operação Hera deflagrada pela polícia civil.
A Comissão que iria analisar o caso do prefeito afastado Luis Gustavo Cancellier com base em denúncias da Operação Benedetta conduzida pela Polícia Federal, foi composta pelos vereadores Braz Ciseski (PSDB) como presidente, Luan Francisco Varnier (MDB) relator e Thiago Mutini (PP) como membro.
Já, a comissão que trataria das denúncias contra os três vereadores com base em informações reunidas pela Polícia Civil na operação Hera, teve como presidente Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD), relator Ademir Bonomi (MDB) e membro José Carlos José (PP).
A reação dos que seriam investigados foi ágil.
Vereador Odivaldo Bonetti, que havia sido afastado em dezembro de 2021, viu seu pedido de Habeas Corpus ser aprovado por unanimidade pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina e retornou ao legislativo para, então, entrar com um Mandado de Segurança e ver aprovado pelo juiz Roque Lopedote, da Comarca de Urussanga, seu pedido para suspensão do processo disciplinar contra ele e os outros dois vereadores.
O Juiz considerou haver vício na denúncia acusatória, por não detalhar as acusações contra o vereador Bonettinho, o que, na avaliação do magistrado, prejudicava a atuação da defesa.
Já a Comissão instaurada naquele fevereiro de 2022 e que investigaria as suspeitas com relação ao prefeito Gustavo Cancellier continua esperando a decisão judicial para saber se dá continuidade aos trabalhos ou se também será anulada.
Vale ressaltar que a CIP anulada não é a que cassou o mandato do vereador Rozemar Sebastião em 9 de junho de 2022, muito embora este vereador também tenha entrado com recurso para tentar reverter a decisão do legislativo e retornar ao seu cargo. Pelas informações repassadas ao Panorama, a decisão da Justiça sobre este processo de cassação de Taliano, que seria proferida neste mês de junho, acabou sendo adiada para o próximo mês de agosto.
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