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Corpus Christi - coronavírus impede mais uma manifestação da fé católica

Foto do escritor: MARCIA MARQUES COSTAMARCIA MARQUES COSTA



Nas fotos que ilustram esta matéria, pode-se observar que enfeitar as ruas com tapetes no dia de Corpus Christi é costume bem antigo em Urussanga, com registros fotográficos mostrando essa tradição desde o tempo em que Cocal era um pequeno Distrito.

Essa procissão que acontece sempre 60 dias após a Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia, era preparada com muito carinho pelas famílias católicas.

Galhos de ciprestes se transformavam em pequenas folhas que, juntamente com borra de café guardada por meses, serragem, flores e farinha tingida de várias cores, faziam surgir nas ruas desenhos coloridos.

Havia até uma certa disputa entre os moradores que enfeitavam o trecho defronte suas residências, com cada qual procurando inovar a cada ano e utilizando novos tipos de materiais.

Não poucos guardavam tampas de refrigerantes para cobrí-las com papeis brilhantes dando um ar de destaque nos tapetes.

Imagens lindas, feitas com farinha tingida e hábeis mãos de artistas locais, dignas de estarem numa tela, surgiam no chão mostrando a face de Jesus ou momentos de sua história.

Como também pode-se observar na foto ao lado, no Distrito de Cocal do Sul, a procissão de Corpus Crhisti era evento muito importante e levava os senhores a usarem seus ternos para participar do evento.

Com o passar dos anos, os materiais utilizados foram mudando e em alguns anos, roupas e cobertores a serem doados para as famílias carentes serviram de tapete para a passagem do Padre com o Santíssimo Sacramento.

Este ano, toda essa tradição católica será deixada de lado em virtude das leis de afastamento social ocasionada pelo novo coronavírus.

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