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Foto do escritorJORNAL PANORAMA SC

CIDADANIA ITALIANA- brasileiros foram condenados na Itália


Segundo notícias divulgadas na imprensa italiana, dois brasileiros foram condenados pelo Tribunal de Vercelli, em primeira instância, por corrupção no processo do reconhecimento da cidadania italiana. O caso aconteceu no Piemonte, no norte da Itália.

O julgamento, presidido pela juíza Enrica Bertolotto, aconteceu na quarta-feira da semana passada 13/04 e a sentença foi de vinte e três anos de pena total.

Segundo o jornal La Voce, os funcionários do município de Crescentino, Annalisa Aresi e Stefano Masino, foram condenados a 6 anos de prisão. A mesma sentença foi imposta para a assessora Simone Frassini e 5 anos para o filho Raphael Bussolo, proprietários da Arena Cidadania Italiana, de Criciúma, em Santa Catarina.

A condenação é por corrupção em 79 atos oficiais, falsificação de documentos (residência falsa) e associação criminosa.

Foi ordenado o banimento perpétuo de cargos públicos para Aresi e Masino e foi solicitada a extinção do vínculo empregatício com a prefeitura de Crescentino.

Para os brasileiros, além da prisão, o tribunal ordenou ainda o pagamento imediato, e provisório, de 25 mil euros – cerca de R$ 127 mil.

Na acusação, o procurador Carlo Introvigne pediu 19 anos de prisão e multa de 100 mil euros por 80 crimes de corrupção.

O representante do Ministério Público italiano reiterou que o mecanismo de concessão da cidadania Iure sanguinis se baseava em um sistema corruptor: “os dois funcionários recebiam benefícios econômicos indevidos para facilitar a concessão de residência para brasileiros aguardando a cidadania, em desacordo com a lei”.

As investigações começaram em 2020, e segundo publicou o jornal Gazzetta Torinense, a polícia italiana descobriu que o funcionário público recebia um aluguel “negro” no valor de 700 euros por mês por cada apartamento oferecido para a assessora.

Stefano Masino admitiu que alugou um sótão e um apartamento ilegalmente e que recebeu dinheiro. As investigações revelaram que, no mesmo período, pelo menos 30 cidadãos brasileiros residiam no mesmo local.

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