Neste início de ano com novo governo, expectativa é conseguir manter os mesmos índices de produção e vendas do ano passado
Toda mudança gera uma certa ansiedade quanto aos resultados.
Pelo que se pode perceber na entrevista concedida esta semana ao Panorama, este é o sentimento do industrial Jaimar Meneghel, que administra a empresa da família, a Chapam Motopeças.
Ao ser questionado sobre sua expectativa para 2023, Jaimar disse: “ a nossa expectativa é que se consiga manter a média dos últimos anos. Nós tivemos em 2022 um ano até excelente, com bom faturamento. Mas estamos meio pessimistas este ano. Até mesmo pela troca de governo em nível federal, com muita indefinição ainda, principalmente na área trabalhista. Além disso , a matéria prima que utilizamos é bastante oscilante no mercado, principalmente o aço e o plástico, que são produtos dolarizados.
Mas a Chapam tem uma história de mais de oito décadas e, certamente, continuaremos a história da nossa empresa” pontuou ao acrescentar que a falta de mão de obra especializada é um grande problema.
“Atualmente nós estamos com cerca de 100 funcionários. Só nesta virada de ano 7 pediram demissão para irem trabalhar na Europa.
Veja bem, é um percentual expressivo o número de demissões. Então, acabamos adicionando mais um concorrente na nossa lista, pois o pessoal vai em busca de salários melhores, ou seja, de moeda que trocada pela nossa vale mais.
E repor as vagas que se abrem não é fácil, pois a mão de obra disponível não é especializada, não serve para o que a nossa indústria necessita com urgência. Contratar pessoas que não tem conhecimento no nosso ramos significa ter que aguardar bastante tempo, até que elas aprendam o que precisa ser feito para que o ritmo de produção volte ao normal” afirmou Jaimar.
Atualmente a Chapam, indústria urussanguense que produz peças e acessórios para motocicletas, tem representantes em todo o território nacional.
“Nós temos representantes em todos os Estados brasileiros. Não exportamos, embora se tenha muita proposta para exportação, pois nós não temos capacidade produtiva para ampliar o espaço neste nicho de mercado” concluiu o industrial urussanguense.
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