A SÍNTESE DOS DIAS QUE ESTAMOS VIVENDO Recebemos de uma mensagem do Roberto Lopes, o Peixe, aliás, o único peixe que vive fora d’água, essas linhas transcritas a seguir cujo autor desconhecemos: “Difícil administrar um reino onde uma parte tem medo da morte, outra tem medo da fome... e a terceira quer atear fogo no castelo. Só espero que, ao final de toda esta crise, os que estão com medo da morte e os que estão com medo da fome se unam contra os que querem atear fogo no castelo.” Parece que vamos precisar muito dos bombeiros oficiais e voluntários.
Enquanto a vida segue num isolamento social preconizado pelo bom senso, a natureza dá um show de cores na Rua Barão do Rio Branco, no estacionamento da Panificadora Mazon/Restaurante Longarone. Quem por lá passa se depara com um grande espetáculo da natureza.
Percorrendo o nosso glorioso, bucólico e inesquecível interior... Nem só de pasto vive o gado, mas, também, de sal mineral. Observe a inteligência, a criatividade e a praticidade de nosso agricultor. Com meio pneu, aproveitou o poste da cerca como suporte e, cortando um tambor, transformou-o num eficiente telhado. O boi agradece.
PÍLULAS Devido à ameaça do coronavírus, soltaram o publicitário Marcos Valério do Mensalão e dois dos principais presos da Lava-Jato: Eduardo Cunha e o doleiro Dário Messer. Perguntar não ofende, apenas esclarece. Os figurões liberados e os outros presos ditos “comuns” na mesma condição de saúde e idade também serão soltos pela Justiça? E depois dizem que é o presidente que com suas falas e atos atenta contra à democracia brasileira. Vai nessa que você vai bem. Bem mal. A pandemia do coronavírus-Covid-19 está fazendo com que o urussanguense não se aprimore na língua portuguesa, mas, sim, na língua inglesa; Agora ouvimos, constantemente, que ele é “home office” no lugar de se dizer que “está trabalhando em casa”; entrega “delivery” para dizer que será “entregue” em casa; vacina no sistema “drive thru”, para dizer que vai ser vacinado dentro do carro. O brasileiro tem vocação para fazer o papel de “babaca”. Gosta de um colonialismo cultural. Dá charme. Ah! paro por aqui, porque vai haver uma pausa na escrita para um um “coffee break” caseiro e, na sequência, vou fazer uma “live”. Estamos em “stand by”. Esse Brasil é muito engraçado. Sobre o “Nhônho e o Bozo” - Alguns setores da imprensa registraram que tratar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pelo apelido de “Nhonho”, é uma atitude de falta de respeito. Também acho que as autoridades, quer você goste ou não, devem ser respeitadas. Agora, quando chamam o nosso presidente de “Bozo”, aí eles silenciam. Essa queda de braço entre Jair Bolsonaro e a grande imprensa ainda vai render muito. Formule sempre a sua opinião, seja ela sim, ou não. Saia daquele vício do “Me deixa fora dessa”, “não tenho nada com isso”... Não entre para o time do “sem opinião formada” ou na cômoda posição de “em cima do muro” ou da cerca. Cuidado para não ficar em cima da cerca, porque hoje, além das cercas comuns, temos as cercas elétricas. E descargas elétricas matam. “Estivemos juntos por 5 anos e para onde a vida nos levar, mesmo distantes uns dos outros, estaremos todos espiritualmente unidos” - Discurso de formatura em Engenharia Agronômica em 1981, perante os colegas formandos da Universidade Federal de Pelotas/RS. Depois de quase três décadas, encontrei um desses colegas aqui em Urussanga nas voltas que o mundo dá. PÍLULAS Atrás da mesa de um funcionário público aqui em Urussanga, constatei arquivos com documentos identificados como Caixa 1 e Caixa 2. Como enxergo mal, fui chegando mais próximo e pude constatar a sequência: Caixa 1, Caixa 2, Caixa 3, Caixa 4.... Ah! bom. Eram apenas uma sequência de caixas armazenando documentos. Nada do que você inicialmente também pensou. No hino à Bandeira Brasileira, cuja composição é de autoria de Olavo Bilac e Francisco Braga, há o verso “Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil.”. Em Santana, devido ao amigo Juvenal Barbosa, eles, os escolares, cantavam: “Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenal”. Foi o que disse Sérgio Costa. Já em nosso belíssimo e inesquecível Hino Nacional, com o mal interpretado verso “Deitado eternamente em berço esplêndido”, a composição é de autoria de Joaquim Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva. A amiga Terezinha Possenti sempre se emociona quando com o ‘Cantando Si Va canta o “Merica Merica”, ao relembrar que nossos antepassados “abbian dormito sul nudo terreno”. Bem... bem, eles poderiam ter ido na Pousada Dona Alice, a Pousada da Terezinha, disse um leitor. Todas as pessoas deveriam ter espírito de humor, bom senso e espírito critico. Algumas não tem nenhuma dessas três virtudes. Esse trio, humor, bom senso e crítica fazem com que se evite que muitas coisas saiam dos trilhos. Para descarrilhar não é preciso ter a profissão de maquinista de trem na Ferrovia Thereza Christina, dizia o amigo ex-ferroviário da Estação Pedro Rita. Não há nada neste país que você não possa comprar com o dinheiro. Menos a paz de espírito e a consciência tranquila. Dona Lola em “Éramos Seis” sempre abençoava a saída de seus filhos de casa com o sinal da cruz na testa dos mesmos. Uma bela história que, na TV, já teve cinco versões. Temos muitas Lolas em Urussanga. Ah!, se temos. O amigo e vereador Julio Bonetti é proprietário de um Jeep com placas do Bairro da Estação. Dizem as más línguas que ele num passado recente só não emprestou o referido Jeep para o filho do Bolsonaro fechar o STF, porque é do PT. Seria considerado um caso de “infidelidade partidária ao extremo” e, portanto, sujeito a cassação de mandato. Esse Júlio que, além de Júlio, também é Cesar, tem faro para a análise e discernimento dos fatos. Honra a cadeira que senta. Consultando o Livro de Atas do Praesidium Juvenil da Legião de Maria, do qual fui membro e secretário, e cuja guardiã é a Dona Nadir De Brida Ferraro, deparei-me com o seguinte registro: 23-9-1967 - Início do Programa Legionário na rádio local, dirigido e apresentado pelo Praesidum Juvenil Nossa Senhora da Anunciação. Esteve no ar por três anos e a sua última edição ocorreu em 10-10-1970. Enfrentar o microfone aos 12 anos ao lado do Padre Agenor, Vanderlei Ferraro, Ida e Irmã Anunciata foi uma experiência preocupante e empolgante. No fim de um casamento só restam duas opções: separar as infelicidades. A dele e a dela. Foi o que comentou um amigo meu desiludido com os rumos da vida. Se você em prisão domiciliar consciente e necessária já está com grande nível de estresse, imagine os condenados do Mensalão, Petrolão e outos “ãos”, todos acostumados a grandes mordomias, bons restaurantes, viagens prá lá e prá cá, confinados há meses e anos, dividindo cubículos com desconhecidos numa cadeia. É de arrepiar os cabelos de quem tem, e é de arrepiar também os carecas. A antiga geração dizia “devagar se vai ao longe”. Já a geração nova diz “rápido se chega antes”. A antiga dizia que a “pressa é inimiga da perfeição” e que o “apressado come cru”. A nova afirma que o “devagar fica sem comer”. O mundo só avança devido ao conflito das gerações. Mundo paralisado, ruas em silêncio, cidades sem movimento. De uma aldeia chamada Urussanga até metrópoles como Madrid, Paris, Roma, Londres, New York. Somos quase 2 bilhões de pessoas em prisão domiciliar, aguardando o apito final, e não se tem noção de quando o mesmo soará. O coronavírus surgiu na China e se espalhou pelo mundo. O Covid-19 chegou ao Brasil vindo da Itália, justamente da região de nossos antepassados. Esse vírus provocou o maior e mais marcante mudança de comportamento na história do homem. A posteridade irá comentar muito sobre o ano de 2020. O homem com sua inteligência realizou proezas inimagináveis: voou, chegou à bomba atômica, foi até a lua, inventou o rádio, a televisão, o telefone, o Zap e se tornou refém de um mísero vírus, ajoelhando-se e morrendo frente a ele. O Coronavírus - Covid-19 provoca o toque de recolher e o isolamento social de bilhões de seres humanos, numa mudança de comportamento global, nunca antes vista na história. O coronavírus fará o ser humano repensar melhor o seu tempo, fará com que ele volte a pensar um pouco menos em materialidade e um pouco mais em espiritualidade. Vai dar um sacudão na mente humana, ah!, isso vai. A imagem do Papa Francisco, sozinho, rezando uma missa diante da Praça de Sant Pietro totalmente deserta, impressionou o mundo.O Papa, que concedeu perdão aos católicos de todo o mundo, por meio da benção “Urbi et Orbi” - à cidade e ao mundo vai entrar, ou melhor, já entrou para a história contemporânea. Disse o pontífice, junto a imagem de Cristo Crucificado, que foi utilizada pela igreja na grande peste de 1522, o seguinte: “é ilusão pensar que continuaríamos saudáveis num mundo doente e que abraçar o Senhor era abraçar a esperança”. Estava sozinho, porém em sintonia com milhões de fiéis pelo mundo, através da tecnologia da comunição. Acabou o mês e para onde foram as famosas “Águas de Março?”, deve estar indagando Filipo De Brida, diretor do SAMAE. E entramos em abril, iniciando com o dia 1º, o dia internacional da mentira, que nos últimos anos perdeu totalmente a graça e o humor, devido às centenas de notícias falsas que circulam diariamente nas redes sociais.
Nesta imagem três elementos que integram a história e a cultura de Urussanga. Ademar Faquin, integrante do Grupo Amici Della Polenta, representando a polenta, Vandionei De Noni representando o vinho e Áires Valentin Frosi, o gaúcho mais caipira de Santa Catarina, personificando o testemunho vivo da nossa hospitalidade.
ATTENTI RAGAZZI
Mentira é algo que você encontra naquelas receitas gastronômicas que enumeram diversos ingredientes e temperos e no final acrescentam a frase: uma porção dá para quatro pessoas. É mentira. Dá para uma e olhe lá, não é mesmo Jaimar Meneghel? Também aprendi isso nessa semana em prisão domiciliar voluntária e sem tornozeleira eletrônica, Jaimar.
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